Sobre o Blog.

Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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sábado, 3 de dezembro de 2011

Como escolher o cão ideal

Comprar um cão e escolher a raça, ou mesmo adotar um vira-latinha, como acertar?

Escolha o seu cão ideal 

Cães não são como carros, que se pode visitar nas concessionárias, entrar dentro e até fazer test-drive. Cães também não são como outros bens que se compra e caso não funcionem direito joga-se fora. Cães que latem demais ou nada latem vêm com defeito? E cães de guarda que nada guardam? Enfim...“nós devolvemos e trocamos por outro”. É o que se ouve do vendedor…e o pior de tudo, o comprador troca mesmo a “mercadoria” se precisar. 

 

Por tudo isso, a escolha tem que ser precisa, milimétrica e certeira. Não posso comprar um Pastor Alemão e depois pensar: - puxa, preferia um Chow Chow! Gostaria de frisar um ponto importante, não estou dizendo que existem cães que devem ser descartados, pelo contrário, pra todo dono há um cão compatível e mesmo se o que você adquiriu não for como desejava, com um bom adestrador comportamental tudo entra no eixo. Prém resolvi falar sobre esse tema para facilitar a vida das pessoas que querem um cão e por falta de compatibilidade de “gênios” se arrependem depois, ou melhor, o cão se arrepende por ter sido escolhido pelo dono errado (risos)!!!!!!!


De qualquer modo, a escolha é árdua, podendo consumir horas e até dias de pensamentos ansiosos. No fim das contas terá se passado um ano e você nem sabe se o Totó será preto, branco, castanho, sal e pimenta (essa é uma das cores do Schnauzer...) ou ferrugem (cor de alguns Terriers), se terá orelha pontuda, como a dos lobos (chamamos esses animais de cães tipo Spitz) ou caídas, como a do Basset Hound, se será atlético como um Weimaraner ou atarracado como um Buldogue Inglês.

 

Enfim, como escolher?

Elaborei 6 ítens que irão facilitar a seleção do seu cãozinho.

1- Macho ou fêmea? Isso vai de acordo com seu conceito. Digo isso pois há pessoas que não querem macho por fazerem xixi pela casa toda e outros não querem fêmeas pelo fato de terem cio e sujarem o chão. Muito simples, castra-se os dois e o “problemas” está resolvido.

2- Adulto ou filhote? Ao meu ver, nada muda se for um cão adulto ou filhote, os prós e contras se anulam e o que vai pesar mais e será praticamente igual entre um e outro é o período de adaptação de ambos.

3- Aspéctos físicos I (mais importantes): Porte (mini, pequeno, médio, grande ou gigante), é bom verificar o espaço que o cão terá para se locomover dentro de casa. Quanto maior o espaço, maior pode ser o cão. Porém não se enganem, existem cães pequenos que precisam de muito espaço e cães grandes que vivem bem em apartamento. Esse ítem coloquei como mais importante, pois requer uma pesquisa minuciosa sobre o temperamento e necessidade da raça.

4- Aspéctos físicos II (menos importante): Pelagem (curto ou longo), sendo que pelos longos requerem banhos e rasqueamento mais frequentes do que curtos. Orelhas, focinho, olhos…enfim, características mais especificas, (particularmente esses são meros detalhes, mas tem gente que prefere cães de orelhas caídas, por exemplo).

5- Função: ALÉM DA COMPANHIA (todo cão quer e precisa de companhia do dono e não é só o dono que precisa disso), seu cão terá outra função? Como: Guarda, faro, trabalho com crianças, adestramento para apresentações, concurso de beleza….ou será seu cão de companhia sem outra função específica? 

6- Energia (esse é o  mais importante): Primeiro passo, como é a SUA energia: Alta, média ou baixa. “Mas o que isso quer dizer Marina????”….Muito simples…você gosta de sair pra correr, divertir, tá sempre disposto = ALTA; você tem dia que não está muito animado, mesmo assim faz um exerciciozinho, mas não é aqueeeela disposição e por outro lado tem dia que está mais animado = MÉDIA e por fim….você adooora um sofá, televisão, dormir, ver filme em casa = BAIXA. Parece engraçado, mas é a forma mais didática que encontrei para exemplificar níveis de energia, já que isso vigora nos cães também. Tem raças que exigem mais gasto energético, e outras que uma boa almofada é suficiente. Lembrando que todo cachorro precisa caminhar, a diferença é que uns mais outros menos.

 

OBS.: Esses 6 ítens são apenas para orientação.

 

Há espaço para todas as raças em todos os cantos do mundo, como há, ainda, espaço para todos os donos. Cabe a cada um de nós escolher o futuro “melhor amigo”, não com base em testes ou tabelas, mas por AFINIDADE. Não é mesmo possível, entre os homens e também entre os não-humanos, “selecionar” e “comprar” lealdade, fidelidade e amor. Isso vem com a empatia e com muitos e muitos anos de intensa CONVIVÊNCIA.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vamos adotar um amigo?

Pessoal de Ponte Nova que sempre estão acompanhando meu Blog, o CCZ está repleto de cães para adoção. Precisando de um lar, carinho, precisando de família, proteção. Vamos fazer o bem, adotando um amigo! Com certeza, garanto que ele será grato por toda sua vida.

 

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Você que pensa em comprar um cão, REPENSE…. ADOTE!!!!! Esse ato não tem preço.

 

Existe ainda raça pura entre os humanos??? Pra que exigir isso em um cão??? Sendo que um animal de rua precisa mais de seu apoio social e humano!!!

 

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Teste de QI

 

O teste a seguir foi desenvolvido por treinadores para avaliar filhotes de 6 semanas a 6 meses de idade.

Este teste apenas qualifica algumas aptidões do cão. Pela minha experiência de trabalho analisar simplesmente 6 questões é muito pouco perante ao que o cão tem a oferecer. Existem outras características que avalio durante  a consulta afirmando com mais certeza sobre o nível de concentração do cão. Porém, como forma didática segue o teste:

 

1 - O filhote gosta de carregar objetos pela casa?

a- nunca ou quase nunca

b- somente comestíveis

c- comida e brinquedos prediletos

d- qualquer coisa que ele encontra pelo caminho

 

2- O filhote usa suas patas dianteiras para:

a- somente para correr e andar

b- para tocar objetos e brincar

c- para segurar objetos

d- para alcançar objetos que rolaram para debaixo dos móveis

 

3- Quando o filhote ouve um som desconhecido ele:

a- sai correndo e se esconde

b- sai correndo e só então procura saber de onde vem o som

c- procura saber de onde vem o som, as vezes late, mas não chega perto

d- chega perto para investigar de onde vem o barulho

 

4- Quando você joga uma bola ou quando um brinquedo passa pelo filhote, ele:

a- parece que não nota o brinquedo

b- fica olhando o brinquedo passar, mas não vai atrás

c- vai atrás do objeto e começa a brincar com ele

d- vai buscar o objeto e traz de volta para você (mesmo não entregando)

 

5- Quando o filhote vê alguém com quem ele já havia brincado antes, ele:

a- não chega perto

b- tenta chegar perto com um pouco de receio

c- chega perto e faz a maior festa

d- tenta brincar com a pessoa da mesma maneira de antes (traz o mesmo brinquedo, começa a se comportar como na primeira brincadeira, etc.)

 

6- Quando você mostra ao filhote um brinquedo, e depois esconde debaixo de uma toalha, ele:

a- perde o interesse

b- olha para você e choraminga ou late

c- cheira a toalha, e aí olha para você

d- tenta achar o brinquedo debaixo da toalha

 

PONTUAÇÃO:

Letra "a"= 5 pontos

Letra "b"= 10 pontos

Letra "c"= 15 pontos

Letra "d"= 20 pontos

 

Para encontrar o QI do seu filhote: some os pontos, diminua a idade do filhote (contada em semanas), e multiplique o resultado por 2.

Por exemplo: se a soma dos pontos deu 60 e o filhote tem 20 semanas de vida, o resultado é (60-20)x2=80

 

AVALIANDO A PONTUAÇÃO DO FILHOTE:

0 a 50 - Este filhote precisará de encorajamento e repetição gentil para aprender os comando de obediência e se comportar. Faça longas caminhadas e procure sempre brincar utilizando jogos didáticos, mas espere até que ele tenha confiança na sua liderança para coloca-lo em um treinamento formal. Socialize-o e treine-o de forma gentil e paciente, e este filhote irá desenvolver pouquíssimos hábitos indesejáveis e quando crescer será um companheiro calmo, gentil e amigo.

51 a 100 - Seu filhote vai apreciar atividades e jogos, especialmente brincadeiras com crianças e adultos que o tratarem de forma cuidadosa e gentil. Este filhote, quando treinado, responderá melhor se forem usadas técnicas de recompensa e uma disciplina consistente. Ajude o seu filhote a evoluir deixando-o sentir o gostinho do sucesso antes de iniciar uma nova lição. Ele será muito divertido e carinhoso, além de grande companheiro, se for treinado e socializado adequadamente.

101 a 150 - Este filhote é muito esperto e irá adorar ser treinado. Para ele o treinamento do tipo "vamos nos divertir" é o mais indicado. Competições de obediência, agility, e rastreamento podem ser atividades muito apreciadas por ele. Tente manter seu senso de humor quando estiver trabalhando com ele, já que provavelmente ele irá tentar achar alternativas para um exercício de rotina. Também é quase certo que ele tenha momentos de teimosia. Quando são socializados propriamenete e treinados com métodos positivos, disciplina e consistência, estes filhotes são simplesmente adoráveis.

151 ou mais - Parabéns, você tem muita sorte e seu filhote é um "gênio"! Procure uma escolinha de filhotes o mais cedo possível, ou então estimule-o com todo o tipo de experiência positiva. Como estamos falando de treinamento para filhotes, tenha certeza de só usar técnicas gentis e positivas, caso contrário seu filhote poderá desenvolver atitudes indesejadas se tratado com excesso de disciplina e trabalho. Estimule-o com jogos e atividades esportivas, bem como obediência básica. Mas, atenção, este filhotinho pode ser um verdadeiro desafio de tempos em tempos, testando sua autoridade e sua capacidade de se comunicar com ele. Se você fizer seu papel de socializá-lo e treiná-lo corretamente, com certeza será um ótimo cão.

A INTELIGÊNCIA DOS CÃES

 

                Testes aplicados foram capazes de demonstrar que os cães possuem instintivamente múltiplas inteligências sobre diversas situações. A primeira inteligência é denominada de Espacial, ou seja, o cão compreende a organização do mundo que o cerca. Demonstram essa capacidade ao localizar no ambiente sua coleira, seu pote de ração ou seu local de dormir, por exemplo. A Inteligência de Coordenação Motora dita a capacidade do cão em se mover e coordenar seus movimentos com destreza como em esportes de agilidade, saltos e obstáculos. Inteligência Intrapessoal refere ao conhecimento que o cão tem sobre si mesmo, suas capacidades e limitações. Esta inteligência pode ser observada quando um cão recusa pular uma cerca que seja muito alta. O animal demonstra conhecimento sobre suas reais capacidades e limitações naquele momento. A Inteligência Interpessoal é vista nas inter-relações que o cão mantém com outros animais e pessoas, afirmando ser uma criatura social. Inteligência Musical mostra que o cão é capaz de reconhecer harmonia e tom. A vocalização como latidos e uivos seria uma forma de manifestação desse tipo de inteligência. A Inteligência Lógica, refere-se a capacidade dos cães em resolver problemas e aplicar estratégias racionais quando se deparam com novas situações. Por fim a Inteligência Linguística, cães são capazes de se comunicar, uma vez que são animais sociais. Na natureza, é possível observar cães selvagens e lobos se organizarem para caçar, administrar posições sociais e divisão de tarefas, o que sugere um sistema de comunicação complexo. Além disso os cães são capazes de entender comandos, condicionados por treinamento ou aprendidos no dia-dia. Todas essas inteligências citadas foram comprovadas por testes científicos de forma a adquirir conclusões satisfatórias para tal certeza, o cão é sim racional, inteligente e capaz de memorizar.

                    

 

De acordo com Stanley Coren, a inteligência dos cães pode ser medida com relação à sua obediência e ao seu trabalho, porém a inteligência instintiva não está em questão nesta tabela. Em seu livro "A inteligência dos Cães" da editora Ediouro, Stanley Coren dividiu os cães em 6 grupos, os quais mostramos de forma resumida a seguir.

 

racas-caes-inteligentes

 

  • Graduação de 1 a 10 - Melhores cães em termos de inteligência e obediência para o trabalho.
  • Graduação de 11 a 26 - Excelentes cães de trabalho. Treinamentos de simples comandos assimilados após 5 a 15 repetições.
  • Graduação de 27 a 39 - Cães de trabalho acima da média. Assimilam o comando após 15 a 20 repetições.
  • Graduação de 40 a 54 - Obediência e trabalho intermediários. Assimilam um comando após 25 a 40 repetições.
  • Graduação de 55 a 69 - Capacidade de obediência e trabalho razoáveis. Assimilam um comando após 40 a 80 repetições.
  • Graduação de 70 a 79 - São raças muito difíceis de assimilar um comando, necessitando de mais de 100 repetições.

 

GRUPO I

GRUPO II

GRUPO III

1 Border Collie

2 Poodle

3 Pastor Alemão

4 Golden Retriever

5 Doberman

6 Pastor de Shetland

7 Labrador

8 Papillon

9 Rottweiler

10 Australian Cattle Dog

11 Welsh Corgi (Pembroke)

12 Schnauzer Miniatura

13 Springer Spaniel Inglês

14 Pastor Belga
--- Tervuren

15 Groenland
---Schipperke

16 Collie
---Keeshond

17 Pointer Alemão de Pelo Curto

18 Cocker Spaniel Inglês
---Flat-Coated Retriever
---Schnauzer Standard

19 Brittany

20 Cocker Spaniel Americano

21 Weimaraner

22 Bernese Mountain Dog

23 Spitz Alemão - Pomerania

24 Irish Water Spaniel

25 Vizsla

26 Cardigan Welsh Corgi

27 Yorkshire Terrier
---Chesapeake Bay Retriever
---Puli

28 Schnauzer Gigante

29 Airedale Terrier
---Bouvier Des Flandres

30 Border Terrier
---Briard

31 Welsh Springer Spaniel

32 Manchester Terrier

33 Samoieda

34 Field Spaniel
---Terranova
---Terrier Australiano
---American Staff Terrier
---Gordon Setter
---Bearded Collie

35 Setter Irlandês
---Cairn Terrier
---Kerry Blue Terrier

36 Norwegian Elkhound

37 Pinscher Miniatura
---Affenpincher
---Silky Terrier
---English Setter
---Pharaoh Hound
---Clumber Spaniel

38 Norwich Terrier

39 Dálmata

 GRUPO IV

GRUPO V

GRUPO VI

40 Soft-Coated Wheaten Terrier
---Bedlington Terrier
---Fox Terrier Pelo Liso

41 Curly-Coated Retriever
---Irish Wolfhound

42 Kuvasz
---Pastor Australiano

43 Pointer
---Saluki
---Finnish Spitz

44 Cavalier King Charles Spaniel
---Pointer Alemão de Pelo Duro
---Black & Tan Coonhound
---American Water Spaniel

45 Husky Siberiano
---Bichon Frisé
---English Toy Spaniel

46 Tibetan Spaniel
---Foxhound (English)
---Otterhound
---Foxhound (American)
---Greyhound
---Wirehaired Pointing Griffon

47 West Highland White Terrier
---Deerhound Escocês

48 Boxer
---Dogue Alemão

49 Dachshund
---Stafforshire Bull Terrier

50 Malamute do Alasca

51 Whippet
---Shar-pei
---Fox Terrier Pelo Duro

52 Rhodesian Ridgeback

53 Ibizan Hound
---Welsh Terrier
---Irish Terrier

54 Boston Terrier
---Akita

55 Skye Terrier

56 Norfolk Terrier
---Sealyham Terrier

57 Pug

58 Bulldog Francês

59 Griffon de Bruxelas
---Maltês

60 Greyhound Italiano

61 Chinese Crested

62 Dandie Dinmont Terrier
---Petit Basset G Vendeen
---Terrier Tibetano
---Japanese Chin
---Lakeland Terrier

63 Old English Sheepdog

64 Cão dos Pirineus

65 São Bernardo
---Scottish Terrier

66 Bull Terrier

67 Chihuahua

68 Lhasa Apso

69 Bullmastiff

70 Shih Tzu

71 Basset Hound

72 Mastim Napolitano
---Beagle

73 Pequinês

74 Bloodhound

75 Borzoi

76 Chow Chow

77 Bulldog

78 Basenji

79 Afghan Hound

quarta-feira, 16 de março de 2011

ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE A CASTRAÇÃO

 

           A principal doença reprodutiva das cadelas, e a neoplasia mais comum, é o tumor de mama. É provado que a sua incidência cai para 0,5 % quando a cadela é castrada antes do primeiro cio. Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas.

          Além dos tumores de mama, a castração precoce previne quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas. Por exemplo, uma doença muito comum em cadelas e gatas, principalmente naquelas que receberam hormônios para evitar o cio, é o Complexo Hiperplasia Endometrial Cística, PIOMETRA, doença que se não for tratada a tempo, ou seja, se não for realizada a retirada do útero, pode levar a morte.

           Economicamente, a cirurgia em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e materiais em geral, sem ainda falar na evolução pós cirúrgica, que é bem mais rápida.

           Outra vantagem em se castrar filhotes é fazer com que após a adoção, não exista o risco destes animais se reproduzirem e agravarem problema da superpopulação. Infelizmente a maioria dos proprietários não está consciente do problema e deixa seus animais se reproduzirem sem critérios.

            A maturidade do esqueleto está muito relacionada a puberdade e sofre ação direta dos hormônios sexuais. Embora não essenciais, os hormônios sexuais influenciam em todo o metabolismo do esqueleto. Dessa forma foi constatado que a castração precoce atrasa o fechamento das epífises ósseas, o que quer dizer que o animal permanece em fase de crescimento por mais tempo e com isso tem estatura ligeiramente maior do que teria se não fosse castrado. Esse fato não é regra, podendo não ocorrer em todos os animais castrados antes da puberdade.

            Quanto ao maior risco de fraturas, nada foi comprovado a respeito e, na experiência dos autores onde mais de 13 filhotes castrados, entre cães e gatos, nenhum apresentou qualquer alteração significativa.

           Cientificamente foi provado que aproximadamente 30% das cadelas castradas engordam devido ao aumento do apetite, e parece que o mesmo ocorre em gatas. Porém, se a ingestão de alimentos for controlada após a cirurgia esse problema tende a diminuir, ou não ocorrer.

            É da crença popular que animais castrados ficam “bobos” e preguiçosos. Vários trabalhos tem sido feitos comparando em competições o comportamento e performance dos animais que foram castrados após a puberdade, mas quando receberam a mesma alimentação e cuidados que os animais inteiros, não mostraram nenhuma diferença.

           Por outro lado, o hábito dos animais principalmente machos (cães e gatos) viverem fora de casa, procurando fêmeas no cio ou brigas com outros machos, diminuem em 90 % dos casos após a castração, além de reduzir consideravelmente a agressão entre machos e a marcação de território com a urina. Vale ressaltar que outros tipos de agressividade, principalmente no caso de cães de guarda treinados não é afetada.

 

O que ocorre são melhorias no comportamento do animal como segue abaixo

Efeitos da Castração sobre machos

COMPORTAMENTO

ALTERAÇÕES OBSERVADAS

Agressão a outros machos

Redução em 60 %   
Redução rápida em 25 %   
Redução gradual em 35 %  

sem efeito em 10 %

Dominância sobre o dono

Redução ao redor de 50 %

Marcação com urina

Redução em 50 %  
Redução rápida em 20 %  
Redução gradual em 30%

Predisposição para montar outros cães e pessoas

Declínio para montar em fêmeas no cio

Marcação com urina na casa

Redução em 50 % dos casos  
Redução rápida em 20 %  
Redução gradual em 30 %

Tendência para fugir e andar solto (andarilho)

Redução em 90 % dos casos  
Redução rápida em 45 %  
Redução gradual em 45 %  
sem efeito em 10 % dos casos

 

Efeitos e vantagens da castração – Fêmeas

  • Ausência de comportamentos sexuais (cio, prenhez, pseudociese) 
  • Evita prenhez indesejada
  • Evita superpopulação
  • Evita eutanásia
  • Evita o risco de infecção e trauma do coito
  • Evita complicações de gestação e parto
  • Evita infecções uterinas
  • Diminui consideravelmente o risco de tumor de mama (principalmente se castrada antes do primeiro cio)
  • Evita stresse físico e emocional de cio e pseudociese repetidos

 

De maneira geral vemos que a castração precoce só traz vantagens e que é necessária a ajuda de todos aqueles que gostam de animais para que possamos acabar com esse quadro horrendo que povoa nossas ruas e canis municipais, sempre lotados de cães a espera da morte.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Cadelas que matam e comem filhotes.

 

 

Algumas dicas e orientações são muito importantes nesse caso. Muitas cadelas ao parirem ficam inseguras, amedrontadas e podem se mostrarem agressivas por conta disso. Cadelas muito possessivas também apresentam esse comportamento.

É necessário muito cuidado ao manusear os filhotes antes do 3º dia de vida deles, e se possível não tocá-los nesse período. Apenas coloque comida e água para a mãe e não olhe fixamente para a cria, observe rapidamente se todos estão bem e vivos, caso tiver algum filhote morto, deve-se chamar a cadela para outro local de forma amigável e retirar o filhote sem vida, sem que ela veja. A atenção nesse “período de segurança” é exclusiva para a cadela. Outro ponto importante é somente a pessoa que possui mais afinidade com o animal fazer esse processo de alimentação e interação, no caso de recidivas é importante não deixar crianças, estranhos ou familiares de menor convívio se aproximar da ninhada.

A cadela não come os filhotes por sentir fome, como muitas pessoas pensam. O canibalismo ocorre por vários fatores isolados ou agrupados, a rejeição da ninhada (mães que de alguma forma não estavam preparadas para a gestação, ou a privacidade dos 3 dias foi violada), filhotes com problemas físicos (instinto de proteção da matilha), a existência de outros animais que a ameaçam (mesmo se os animais já conviviam juntos por alguma motivo a mãe se sente ameaçada, sendo interessante sempre a interação correta de cães), o medo de invasores e a própria proteção dos filhotes com a intenção de retorná-los para dentro de si (muitas pessoas no local, falta de segurança e privacidade). São esses itens que associados aos erros humanos podem induzir a cadela a este ato.

Portanto o mais importante é passar confiança desde a gestação da cadela, já providenciando um local adequado para a cria, de forma que nada possa afetar sua segurança. Orientar todos da família, e seguir de acordo com as dicas acima citadas. Feito isso o risco é menor.

Neste mesmo assunto gostaria de ressaltar que a castração deve ser feita antes do primeiro cio, para assim impedir crias indiscriminadas e problemas como este. Caso a gestação tenha sido um “acidente”, que ao meu, ver sempre pode ser evitada seguindo a ética de posse responsável, ela deve ser tratada da forma correta para precaver grandes problemas. Após o nascimento dos filhotes a mãe deve ser castrada no tempo determinado pelo médico veterinário e já programando também a esterilização dos filhotes.

 

 

Irei falar sobre os benefícios da castração mais adiante.

Foto Blog 15

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O início de uma Obra!

 

 

          É COM MUITA ALEGRIA QUE INICIO MEU TRABALHO COMO COLUNISTA. PRETENDO COM ESTA CONQUISTA, CONSCIENTIZAR AS PESSOAS SOBRE VÁRIOS ASSUNTOS PERTINENTES, RELATIVOS AO UNIVERSO CANINO. É O INÍCIO DE UM LONGO CAMINHO EM PROL DOS ANIMAIS. OBRIGADA A DEUS SEMPRE, E AOS QUE ACREDITAM EM MEU TRABALHO TORNANDO POSSÍVEL ESSE GRANDE PASSO. digitalizar0001

Matéria publicada no jornal impresso - O Municípo- cidade Ponte Nova, (MG). 21/02/2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Como escolher um verdadeiro adestrador

Foto Blog 13
 
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, adestrar significa "tornar capaz, hábil; habilitar; preparar". Assim, o adestrador é o profissional que habilita o animal a conviver melhor com o ser humano, ou seja, torna o cão capaz de entender o que o dono deseja e muito mais do que apenas isso, ensina ao proprietário do cão a “ler” as mensagens enviadas pelo animal, tornando a convivência mais harmoniosa.
Adestrar, portanto, resume em criar um canal de comunicação com o cão, já que ele entenderá o que seu dono deseja e este, por seu turno, naturalmente começará a observar melhor o comportamento de seu animal.
Muitos profissionais atualmente preferem ser conhecidos como educadores caninos, psicólogos de cães, professores de cães, para fugir da qualificação "adestrador", já tida como pejorativa. Mas o termo correto e que define bem o trabalho é adestrador. Este é o profissional que torna os cães (e animais em geral) aptos a obedecerem comandos, respeitarem limites, serem mais sociáveis. Porém adestrar é diferente de educar. Educar é algo mais interno, onde os problemas comportamentais são mais vistos, evidentes e tratados, e não apenas o ensinamento de comandos. Portanto, adestramento e educação canina devem andar juntos.
Quanto a técnica, basta uma rápida pesquisa para constatar que o reforço positivo (método onde o cão aprende com base em recompensas valorizadas) é a forma mais eficaz, segura, tranquila, respeitosa e correta de ensinar um animal. E mais: os resultados aparecem rapidamente e o cão sente prazer em aprender. Um adestrador atualizado usará o reforço positivo como método de aprendizado. Frisando que cada cão é individuo único, com suas particularidades e experiências vividas, dessa forma o treinamento também será individualizado. O bom profissional se adapta ao cão, e não o contrário. A bagagem de conhecimento sendo ampla e correta condiz com o resultado positivo e satisfatório.
O maior problema é que, no Brasil, não existe regulamentação para a profissão. Assim, não há quem fiscalize o trabalho deste profissional. Dessa foram é preciso atenção ao contratar o melhor profissional, de preferência com referência e histórico curricular.
 
Segue algumas dicas:
· O adestrador sério adora cães e animais em geral. E isso é algo que não se consegue fingir. Portanto, é importante verificar como o profissional trata o cão;
· O adestrador sério respeita os limites físicos do cão, e não irá forçá-lo a executar movimentos que possam comprometer sua saúde, nem submetê-lo a exercícios exaustivos;
· O adestrador sério é muito paciente. Paciência é o maior segredo do adestramento. Cada cão, tem seu ritmo de aprendizado, e isto pouco tem a ver com raça, mas sim com a individualidade de cada animal. Um adestrador que se irrita quando o cão não obedece ou não aprende logo não é um bom profissional;
· O adestrador sério se preocupa com a segurança dos cães, das outras pessoas e com a sua. Não se deve confiar em adestradores que garantem que o cão pode andar solto na rua: acidentes e tragédias acontecem aos montes por este motivo. Além disso, para lidar com um cão agressivo, o adestrador se cercará de cuidados para que ninguém saia ferido e jamais entrará em confronto físico com o cão;
· O adestrador sério sempre quer a presença do dono nas aulas. Não há nada mais gratificante para um profissional do que ver o cão e o dono interagindo, o cão executando comandos e sendo alegremente recompensado;
· O adestrador sério fez e faz constantemente cursos para se manter atualizado sobre as melhores técnicas de treinamento;
· O adestrador sério estuda o comportamento canino e ensina ao dono a linguagem do cão, que é diferente da nossa. Assim, identificando os sinais, fica muito mais fácil entender as reações dele e saber como agir;
· O adestrador sério disponibiliza referências sobre o seu trabalho;
· O adestrador sério cumpre com horários e com o objetivo proposto para aquele período;
· O adestrador sério possui equipamentos de trabalho;
· O adestrador sério possui uma empresa regularizada;
· O adestrador sério jamais usa de meios violentos para treinar o cão.
· O adestrador sério registra o seu trabalho com fotos e fichas cadastrais.
· O adestrador sério cumpre com seus deveres éticos.
· O adestrador sério ama o que faz e demonstra isso o tempo todo, de forma natural e sincera.
 
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Finalizo com uma afirmação, feita com muita sinceridade:
Eu sou ADESTRADORA, com muito orgulho!




















sábado, 12 de fevereiro de 2011

Diferença de Toque e Bloqueio

 

O toque pode ser aplicado com os dedos e com o calcanhar, este último, salvo em alguns casos.

Primeiramente vamos falar do toque com os dedos. O objetivo principal é chamar a atenção do cão para você, retirar o foco do animal para algo considerado errado ou indevido no momento, portanto é um toque sem dor, e não precisa de força, é o jeito certo no local certo. Os cães possuem em seus pêlos raízes sensoriais muito aguçadas. Um exemplo, seu cachorro pode estar relaxado e se devagar encostar algo em seus pêlos ele imediatamente olhará. Bom, os locais mais adequados para o toque com os dedos, são virilha (entre as últimas costelas e a coxa) e parte alto do pescoço. No primeiro local as fibras nervosas de tato e pressão são muito superficiais, então qualquer estímulo o cão sentirá com muito mais facilidade, já no pescoço existem raízes mais grossas que saem da medula cervical funcionando da mesma forma, e a informação do toque, passa pelas fibras e chegam mais rápido para a codificação nervosa.

O toque com o calcanhar, no traseiro do cão, ou coxa, é usado com a mesma finalidade, porém aplica-se durante a caminhada onde o condutor não teria tempo de se abaixar para corrigir com os dedos.

O bloqueio é feito com todo o corpo, onde nos posicionaFoto Blog 12mos de forma convincente perante ao cão e reivindicamos o espaço, podendo ser para o território, comida, brinquedo, enfim, o que estivermos trabalhando naquele momento. O processo é feito parando-se de frente ao cão e andando em sua direção, um passo de cada vez, o cão irá recuar, mostrando com isso que rendeu o espaço solicitado. Esse bloqueio é com o objetivo de vencer o cão por meio da psicologia canina para que ele ceda o espaço, mostrando assim a liderança perante o animal.

 

Importante que seja orientado em jamais aplicar em cães desconhecidos ou agressivos. O ideal é conhecer a técnica e aplicá-la na presença de um profissional na área de comportamento canino.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

MAUS TRATOS CONTRA ANIMAIS É CRIME!

 

Muitas vezes nos deparamos com cenas de maus tratos contra animais, infelizmente não é raro, deixando-nos estagnados e até mesmo revoltados.

Engana-se quem pensa que só os vira-latas são alvos de crueldade, muitos cães de raça, dentro das próprias residências, sofrem abandono interno e negligencia dos seus “donos”, jogados à própria sorte, sem comida, acorrentados ao relento e violentados de todas as formas. Outros são apenas para reprodução de ninhada, muito encontrados em lojas, mas por trás dos lindos filhotes, existe a realidade das “fábricas de cães”, onde os animais só procriam, não tem o mínimo de estrutura higiênica e humana.

Essa triste realidade pode ser eliminada se cada um fizer a sua parte. Muitos não sabem que existem leis que pregam o cumprimento da ética, bem estar e proteção ao animal.

A legislação no Brasil protege os animais desde 1934, data do decreto 24.645, de junho daquele ano, que resguarda os animais domésticos, os pertencentes à fauna brasileira ou os exóticos, além dos animais de trabalho ou produção alimentícia.

Mais recentemente, a lei federal de crimes ambientais nº 9.605 de 1998 reforçou o decreto de 1934 especificando várias violações e penalidades para aqueles que praticam crimes contra os animais. Segundo o artigo 32 desta lei, maus-tratos de animais são classificados como qualquer ato de ferir ou mutilar animais domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos tendo pena de detenção e multa.

A mesma lei prevê que o abandono do animal também é crime. Aquelas pessoas que abandonam ninhadas ou mesmo seus cães idosos, cegos ou doentes, estão ferindo a lei. Idem para a prática de experimentos científicos que incorram no sofrimento do animal. A cada dia os animais ganham adeptos à sua defensoria, dada a sua importância no conjunto das relações humanas, porém ainda é preciso mais união entre os defensores e ativistas. Não há estatísticas sobre os números de animais que sofrem maus-tratos no Brasil, pois muitos deles não são apontados. Portanto, ao deparar com situações onde o animal está, visivelmente, sendo vítima de negligência e sofrendo, é possível denunciar usando a legislação.

Em caso de violência, maus tratos e abandono de animais denuncie imediatamente através do 190, onde será feito um Boletim de Ocorrência (BO) e as medidas cabíveis serão cumpridas como prevêa lei. Foto Blog 11

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS PODEM SALVAR UMA VIDA.

 
Quem tem animal de estimação em casa pode, algum Foto blogdia, passar por um susto no qual precisa tomar a atitude certa e imediata. O objetivo desse artigo é informar sobre as medidas básicas de primeiros socorros que devem ser adotadas em caso de emergência até que chegue à Clínica Veterinária.
A primeira e fundamental medida que se deve tomar é manter a calma e verificar os parâmetros gerais do animal, citados a seguir:
 
1. TEMPERATURA: Pode ser avaliada introduzindo parte do termômetro no ânus do animal e aguardando 3 minutos. Os parâmetros normais estão entre 38,5°C e 39°C.
2. BATIMENTOS CARDIACOS: Colocando-se a mão do lado esquerdo do cotovelo do animal localizamos o coração e contamos por 1 minuto. Os parâmetros normais são 70 a 130 batimentos por minuto.
3. MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS: Conte por 1 minuto as incursões inspiratórias. Os parâmetros normais são de 10 a 40 movimentos respiratórios por minuto.
4. REFLEXO PALPEBRAL: Toque delicadamente o canto das pálpebras, nunca o globo ocular. Se o cão estiver consciente ele piscará automaticamente.
5. COLORAÇÃO DAS MUCOSAS: A coloração deve ser sempre vermelho-rosada. Coloração muito clara ou quase branca, significa que o animal perdeu muito sangue, seja por processo crônico, ou agudo.
6. VERIFICAR SE O ANIMAL ESTÁ EM ESTADO DE CHOQUE: Ocorre a falta de suprimento sanguíneos para os órgãos vitais e pode levar o animal a morte se não for socorrido a tempo. Os sintomas são, hipotermia (temperatura abaixo do normal e extremidades como as pata e orelhas geladas), batimento cardíaco e respiração acelerados, e mucosas pálidas.
 
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MEDIDAS DE EMERGÊNCIA A SEREM ADOTADASFoto blog 2
 
Lembrando que são medidas imediatas, após serem feitas deve-se chamar o atendimento veterinário rapidamente.
 
· CHOQUE: Deve-se deitar o animal de lado e aquecê-lo. A cabeça e tronco devem ficar num nível mais baixo do que o corpo do animal, para garantir o suprimento de sangue aos órgãos vitais. Se houver obstrução das vias respiratórias, faça a desobstrução tirando toda a secreção presente. No caso de hemorragia, devem ser estancada rapidamente.
· MASSAGEM CARDÍACA: Deitar o animal sobre o lado direito e fazer leve pressão com a mão sobre o coração do animal. Faz-se 1 compressão por segundo, durante 60 segundos e observar se os batimentos voltam.
· RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL: Deite o cão sobre o lado direito, eleve sua cabeça, segurando sua boca fechada, e assopre nas suas narinas até inflar os pulmões (o tórax do animal se eleva). A seguir abaixe a cabeça de cão e pressione o torax delicadamente para tirar o ar dos pulmões. Faça esse procedimento de 8 a 10 vezes por minuto, até o animal voltar a respirar. Se o cão tiver uma parada cardiorespiratória (parar de respirar e o coração para de bater ao mesmo tempo) faça uma respiração artificial intercalada com 6 massagens cardiacas, até os parâmetros voltarem ao normal.
· HEMORRAGIA: No caso de hemorragia externa, deve-se fazer uma pressão no local com uma compressa limpa, afim de parar o sangramento.
· CHOQUE ELÉTRICOS: Se o cão permanecer conectado após o choque desligue a rede elétrica e avalie os parâmetros gerais. Se necessário faça os procedimentos de emergência (massagem cardíaca e/ou respiração artificial). Verifique boca e língua, pois podem sofrer queimaduras.
· QUEIMADURAS: Nunca utilize produtos químicos para passar sobre a queimadura. Apenas lave o local com solução fisiológica fria.
· ATROPELAMENTO: Avalie os parâmetros gerias, se necessário adote as medias de emergência. Em caso de fratura e de muita dor, improvise uma maca e manipule o mínimo possível o animal até a clinica veterinária.
· ENVENENAMENTO: Em caso de suspeita de envenenamento leve imediatamente ao médico veterinário, não dê nada ao cão. Se possível leve o nome do veneno, ou material suspeito encontrado no local.
· PICADAS DE COBRA E ARANHA: Jamais faça o torniquete, pois o veneno pode necrosar a região. Deixe o animal mais imóvel possível coloque gelo no local da picada até chegar a clinica veterinária.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ILUSTRAÇÃO DA OBEDIÊNCIA BÁSICA

 

Esta é a obediência básica ilustrada abaixo, onde o cão aprende comandos que serão essencias para seu dia-dia e principalmente com o objetivo primordial, a obediência.

 

ANDAR JUNTO

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SENTA

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DEITA

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FICA E AQUI

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NÃO E PODE

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Agressividade uma questão mal resolvida

 

Um cão não nasce agressivo, ele se torna instável moldando seu caráter ao tipo de vida que a matilha humana oferece. Em uma ninhada é possível observar filhotes com características dominantes, mas não quer dizer que serão agressivos. Ser dominante em uma matilha de cães (sem interferência humana) não é ruim, quer dizer que esse animal será um líder no futuro, ou formará sua própria matilha. Foto Blog 9

Antes de mais nada, se você notar agressividade no seu cão, não pense duas vezes, contrate um profissional na área que trabalhe com comportamento canino.

Agressão é o resultado de uma questão não resolvida juntamente com energia frustrada. Ocorre por graves problemas comportamentais e estado de instabilidade.

Normalmente o cão se mostra agressivo com sutis comportamentos iniciais, um olhar diferente, amostra dos dentes dianteiros e gengivas, rosnados, pêlos eriçados, latidos e outras demonstrações nos quais o dono ou não reconhece, ou prefere ignorar. Mas o simples fato de não agir nesse momento dá ao cão a legitimidade de ocupar a posição de líder da matilha, o que não é saudável para ninguém.

 

Existem três tipos básicos de agressividade:

1. Agressividade por dominância: não existe raça de cão agressiva, existe raça “forte” em seu temperamento, e para esse tipo de cão deve ser estabelecida pelo dono uma liderança muito bem determinada. Se o cão rosna quando é submetido a algo que não gosta está mostrando o início da agressividade por dominância, o cão avisa rosnando que não admite certo contato. Geralmente a agressividade por dominância surge quando há conflitos de hierarquia, ou quando não está bem definida e o cão não vai admitir receber ordens de um membro inferior. Assumir a posição de líder deve ser feita aos poucos pelo humano, bater de frente não é a melhor opção nunca.

2. Agressividade por medo: é o famoso complexo de Napoleão, atacam e retraem por se sentirem acuados. São os cães que atacam para se defender, esses não avisam, simplesmente mordem e na maioria das vezes é por trás que atacam. Cães que não foram socializados ou sofreram traumas podem reagir agressivamente por insegurança. Não se deve punir o cão, muito menos fazê-lo sentir dor. O ideal neste caso é socializa-lo ao máximo.

3. Agressividade transferida: quando o cão sofre alguma dor física, apanha de alguém por exemplo, ele se submete por medo a essa pessoa, porém a agressividade será transferida para outro, que no julgamento do cão é mais fraco.

 

É bom enfatizar que os cães não premeditam seus ataques e nem se tornam agressivos derrepente. Não distinguem certo ou errado se tiram a vida de alguém. A qualquer demonstração de agressividade, deve-se bloqueá-la imediatamente e jamais fazer carinho em um cão agressivo, pois isso fortalece seu estado crítico, o que o cão precisa é de um líder justo. Socializar o cão conforme as orientações de um profissional experiente e treiná-lo da melhor forma possível é sempre o melhor caminho.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ADESTRAMENTO POR SINAIS

 

Lendo a revista cães e cia deste mês, me deparei com essa notícia muito interessante. Apesar da deficiência do cãozinho ele e sua dona e treinadora conseguem superar as dificuldades e serem campeões.

Cão surdo obedece a 20 comandos

Cães surdos podem se dar muito bem no adestramento, apesar de não ouvir comandos verbais. É o caso do Boston Terrier Zippy, de 2 anos, aprovado no teste máximo de obediência do The Kennel Club (TKC), do Reino Unido: o Good Citizen Dog Scheme Gold Award (Premio Ouro do Programa Cão Bom Cidadão). A proprietária de Zippy, Vicky Tate, inglesa do condado de Essex, inspirada nos sinais usados por deficientes auditivos e nos gestos utilizados no treinamento de obediência de cães, criou seu próprio repertório de sinais, feitos com as mãos, os braços e as pernas. “Zippy demorou cerca de 3 semanas para aprender a me dar a atenção de que necessito para me comunicar com ele com os comandos gestuais”, explica Vicky. “Trata-se do Olha pra mim – aponto na direção de Zippy e depois toco meu nariz.” A partir dai, em um ano e meio Zippy aprendeu 20 comandos por sinais. “Agora estamos tentando algo mais difícil: atender a 2 comandos dados em sequencia, como Zippy se afastar um pouco numa direção apontada por mim e depois parar”, conta Vicky. “Treinamos isso a 4 semanas e Zippy já acerta em cerca de 50% das vezes.”

Cães e Cia, Janeiro de 2011.

 

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Fobia de trovão, fogos de artifício e outros

 

cãozinho

Primeiramente vamos falar de fobia. A Fobia possui várias causas: traumas vividos pelo cão, onde ele associa um som, um movimento, uma pessoa ou um objeto ao trauma; pode se desenvolver por falta de socialização, cães superprotegidos e que não passam por experiências assistidas não sabem como agir e podem desenvolver o medo excessivo; e a fobia pode também estar ligada às atitudes que o próprio dono do cão toma perante a algumas situações, estimulando inconscientemente o medo e tornando o cão medroso e com baixa estima.
Os filhotes de uma mesma ninhada podem possuir temperamentos diferentes, claro que filhotes de pais equilibrados a chance de serem mais confiáveis é maior, porém cada indivíduo é diferente e particular. Existem os dominantes, os curiosos, os medrosos, os agressivos, isso numa mesma ninhada pode ocorrer. Se todos os filhotes forem expostos a uma mesma situação, cada um reagirá de uma forma diferente, e assim conseguimos separar e educar melhor cada um (Teste de Volhard). Pois um cãozinho que já nasce com um temperamento mais desconfiado e medroso, se passar por uma situação de estresse pode desenvolver um trauma enquanto o outro que é mais atirado não vai sequer se importar, pelo contrário vai aprender a agir.


Existem duas etapas na fase de desenvolvimento do cão que é chamada de Fase do medo 1 e fase do medo 2. A fase do medo 1 ocorre entre a 8ª até por volta da 11ª semana de vida. Períodos traumáticos nessa fase afetarão o cão pelo resto da vida, pois é a fase de maior desenvolvimento neuronal e quando o cão é mais vulnerável. Por isso é importante a socialização do cão, com barulhos, pessoas, animais e objetos, assim ele saberá que nada é ofensivo a ele. Com o tratamento de um cão traumatizado, que desenvolveu fobia adquirida nessa fase, poderá melhorar seu convívio, mas, talvez nunca esquecerá o trauma, apenas aprenderá a lidar com ele.

A segunda fase do medo se dá entre o 6º ao 14º mês de vida, é uma fase mais longa, porém não tão grave quanto a primeira. Nessa fase o cão começa a tornar-se dono do seu focinho, entra na puberdade e por conta de querer fazer novas descobertas, pode se ver frente a uma experiência nova onde não saiba como agir e sentir medo, mas não a ponto de traumatizar, apenas fica na dúvida e prefere recuar. Agora, é preciso tomar cuidado, pois o cão pode sim se traumatizar nessa fase e ser de difícil tratamento, porém o trauma não é permanente como na primeira fase. Vale ressaltar que mesmo existindo essas duas fases do medo, o cão pode sofrer algum acidente durante toda sua vida adulta e também ficar traumatizado.


Depois dessa breve explicação do que é a fobia, podemos enfatizar a que foi sugerido ao tópico, fobia de trovão, fogos de artifício e semelhantes.
Um cão com medo excessivo é capaz de tudo, entra em um estado de choque onde os sintomas variam e são nítidos, de fácil verificação como, tremores, corpo abaixado, rabo entre as pernas, podem hipersalivar, olhar fixo, olhos arregalados, podem se refugiar em algum canto, quando o medo é muito grande o esfíncter uretral e fecal se relaxam e o cão faz xixi ou evacua sem intenção, se tiver mais algum animal em casa esse pode virar alvo do cão traumatizado, ou até mesmo o dono, tentando pegar o cão pode ser mordido, enfim, são características variantes, como eu disse, e particulares de cada cão.
Constatada a fobia este cão deve ser tratado, de preferência pelo seu proprietário, recebendo orientações de um profissional. Como o cão e dono possuem um vínculo único, o profissional entra como coadjuvante, orientando e ensinando como o proprietário deve agir perante ás situações que o cão mais tem medo e fazendo com que o animal se foque no dono.

 

Primeiramente vou falar da postura humana. Como os cães nos analisam o tempo todo, nessa hora eles também verão como nos comportamos. Portanto sua postura deve ser firme, assertiva, calma, ombros e coluna bem alinhados, manter a respiração é muito importante, pois os cães observam muito o movimento do tórax, o nosso olhar deve ser sereno, e não devemos encarar o cão, (nenhum cão com medo deve ser encarado), não devemos demonstrar nem medo do barulho e nem dó do animal, pois isso só reforçará o mau habito dele, e nesse mesmo raciocínio evitar afagos e conversas com tom de voz infantil, tudo isso, feito de forma correta irá ter uma leitura bem simples para o cão, “meu dono é o líder, ele não tem medo”, lembrando que a liderança é executada durante todo o dia e não só nesse momento, assim o cão vai assimilar melhor. O cão irá perceber que o barulho nada causará a ele e passará a criar coragem, porém é de forma lenta e não é de um dia pro outro, pois se trata de uma nova adaptação e não um condicionamento.


O que se pode fazer com o cão no momento que iniciar uma chuva muito forte, por exemplo. Não espere vir o barulho do trovão, primeiro pensamento que devemos ter é de não deixá-lo entrar no modo histérico, sempre devemos agir antes do cérebro concentrar no estado paranoico. Como? Chamando a atenção do cão para nós, a forma que fará isso vai depender de cada cão, aconselho usar o que ele mais gosta, tanto de brincadeiras, como de petiscos (cães com medo não comem, mas antes disso acontecer pode focá-lo em algo que goste de beliscar).

 

Como a sequência do desenvolvimento dos sentidos num cão é, focinho, olhos, ouvidos, então tente sempre algo que ele possa cheirar primeiro, pois o faro ganha dos ouvidos e ele se interessará mais rápido. Converse pouco com o cão de forma verbal, mas utilize a técnica da conversa mental para acalmá-lo, pode parecer estranho, mas os cães preferem esse tipo de conversa. Nossa percepção é falha nesse ponto, mas quando imaginamos um bom diálogo, nossa expressão facial também acompanha e faz mímicas sutis, mas muito mais importantes do que a vocalização. O cão observando tudo isso, irá se acalmar e o mais importante focar em você que estará transpondo energia calma e assertiva com esse diálogo.


Com o tempo o cão irá associar a chuva com algo positivo, um momento de interação com o dono e não dará mais confiança para os barulhos. Agora caso o cão entre no estado de choque, não insista, apenas sente-se em algum lugar que o cão pense ser inseguro (cães são animais de toca, eles normalmente escondem debaixo de móveis, ou encolhem-se em algum canto, portanto sentar no meio da sala, por exemplo, para o cão é um lugar inseguro) e converse mentalmente com ele, não o encare, respire fundo, faça movimentos suaves, nunca bruscos, pode-se andar de forma firme, passando o máximo de segurança que conseguir, mostrando que você não se importa com barulhos, raios, ou o que for, mantendo a postura que descrevi antes.


Se o cão se aproximar, ótimo, deixe que ele fique perto, mas não afague ou converse, pois ele pode entender que é correto sentir medo, apenas permita ele ficar com você, nessa hora mostre mais seu semblante calmo e converse mentalmente com ele, podem tentar uma caminhada ou uma brincadeira, mas para isso é preciso sentir que o cão irá corresponder. Se o cão se soltar, aproveite para massageá-lo, relaxando os músculos, tocando em pontos que ele mais gosta.

A regra é a mesma para quem possui mais cães, porém muda o foco do cão, sempre um inicia a histeria, e esse deve ser o primeiro a ser tratado, e assim por diante, seguindo a ordem de atenção para cada cão. Sempre trazendo o foco de todos os cães para você. Fica mais difícil quando se tem mais cães, mas em muitos casos, tratando os que demonstram mais medo os outros acompanham.


Existem alguns CD’s com sons de foguete, trovões e outros, que podem ser utilizados para dessensibilizar o cão. Sempre iniciando num volume bem baixo, porém técnicas de dessensibilização é necessário também um profissional ao lado para acompanhar todo o comportamento do cão. A postura do dono perante as situações não foge as regras ditas acima. Pois algo feito errado pode piorar o estado do cão, ou regredi-lo.

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Então é sempre bom ficar de olho. Existem outros meios de dessensibilização nesse caso, mas só devem ser feitos por profissionais experientes em psicologia canina.
Se mesmo assim, aplicando toda a técnica, percebendo que o cão não melhora deve-se fazer uma avaliação veterinária, de preferência junto com o profissional comportamentalista, para serem feitos exames específicos, certificando sobre qualquer outra intercorrência e promovendo um resultado satisfatório para o cãozinho.

XIXI E COCÔ NO LOCAL CORRETO

 

Muitas pessoas tem problemas com xixi e cocô de seus cães, dessa forma elaborei esse texto, onde será abordado tanto o trabalho com filhote como com o cão adulto.

 

  • Os cães procuram locais para evacuar onde sentem que as fezes ou urina serão absorvidas, portanto se ele fizer sobre um tapete, e ser punido é como punir por algo correto na cabeçinha deles. Assim, não deixe tapetes durante o processo de aprendizado.
  • O banheiro do cão é sempre longe de onde ele dorme e come.
  • Filhotinhos até 4 meses não conseguem segurar a urina, já com 5 e 6 meses conseguem.
desenho

 


ENSINANDO A FAZER XIXI E COCÔ NO LOCAL CORRETO.cão xixi


1. Não dê atenção ao filhote depois que ele fizer a sujeira (não dê bronca, nem esfregue seu focinho no chão pois assim o cão entende que vc não gosta de fezes e pode, ou começar a segurá-las ao máximo gerando constipação intestinal grave, ou até coprofagia).


2. Finja que não viu as fezes, espere o cão ir para outro local (o cão não pode ver vc limpando o chão) e limpe muito bem, de forma que não fique nenhum odor naquele local, existem alguns neutralizantes de cheiro no mercado. Os cães sentem o cheiro de onde fizeram suas necessidades e ali fica marcado, se retirar todo o cheiro ele não “lembrará” ( o cheiro estimula o cão a evacuar ou urinar no local que já fez isso).


3. Se o cãozinho fizer as necessidades no local correto recompense-o imediatamente, assim ele aprende que ali receberá atenção e é correto defecar neste local.

4. Estabeleça rotina, horários para alimentar, e retirar a comida após o cão ter se saciado. Alimente o cão, e após ele ter comido espere 6 minutos (filhote) e 15 (adulto) leve-o para o local onde deve fazer suas necessidades, espere, se ele fizer ótimo o recompense.


5. Se o cão demonstrar que vai urinar ou evacuar em local errado e vc ver, poderá pegá-lo e levar rapidamente pra onde ele deve fazer, ou se não der tempo, ignore e faça o item 1 e 2.


6. O mais importante nesse caso é recompensar o ato correto.

 


MÉTODO DO CONFINAMENTO (FILHOTE)


1. Separar um cômodo onde o filhote ira dormir, comer e fazer suas necessidades.


2. Forrar todo o recinto com jornal, assim ele não terá opção e vai fazer sobre o jornal, troque sempre os jornais sujos, pois os cães rodam para evacuar e não vão fazer isso em locais sujos correndo o risco de pisar em cima das fezes.


3. Os cães não fazem necessidades perto de onde comem ou dormem, então ele escolhera um cantinho para dormir, próximo deve ser colocado água e ração e forrar para ele se aconchegar.


4. Aos poucos retira-se os jornais de perto de onde ele dorme e come. E a cada dia retira mais folhar de jornal, sempre deixando os mais longe da caminha.


5. Não solte o cão após as refeições.


6. Após ele aprender a fazer em cima da folha de jornal, vamos mudando o local aos poucos onde a folha de jornal vai ficar, até chegar no local que vc escolheu pra isso.


7. Depois que ele acostumou com o novo lugar e a idéia que seja definitivo, colocar a folha de jornal sobre uma caixinha.

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domingo, 23 de janeiro de 2011

Decifrando os rótulos de ração


Decifrando os rótulos de raçãocao
Decifrando os rótulos de ração

Pessoal, quem nunca se deparou lendo os rótulos da ração do seu peludo e ficou sem entender o que significavam tantos nomes e números? São muitas coisas escritas que não sabemos sua real importância. Dessa forma decidi postar simplificadamente para facilitar a interpretação e com isso, melhorar a escolha da ração para o seu cachorro.

As rações são agrupadas em três categorias quanto ao seu teor nutritivo, que são as rações: super- premium, premium e standard ou econômicas.
Além dessas classificações de qualidade também é interessante avaliar a finalidade da ração, por exemplo; ela será consumida por um filhote, por um cão adulto, idoso, obeso, ou de alta performance (cães que praticam atividade física)? Existem ainda outras subdivisões, como qualificar quanto ao porte do cão. Rações específicas para cães mini, pequenos, médios, grandes e gigantes.


Vamos entender um pouco sobre a qualidade de cada ração:

Premium:
A ração Premium é uma ótima opção de alimento para o cão. É interessante avaliar a questão de ser nacional ou importada, pois podem mudar seus níveis de garantia e existem ainda rações desse porte que quase se equivalem a uma ração inferior e o contrário também acontece, algumas marcas são tão boas quando uma Super Premium, nesse caso são classificadas como Premium especial.
A ração Premium é mais barata no mercado já que utiliza em maior porcentagem a proteína vegetal e não processam em grande quantidade as carnes nobres, mas sim partes menos favoráveis. Com isso o consumo diário dessa ração deve ser maior para suprir as carências nutricionais do cão.
Mas mesmo contendo uma porcentagem menor de carnes nobres a ração Premium é considerada ótima, pois agrega ingredientes de origem animal, dessa forma o metabolismo digestivo do cão é beneficiado.
São rações com excelente teor de palatabilidade, digestabilidade, proteínas e demais referencias nutricionais. Ou seja, seu cão irá se alimentar bem, irá gostar do sabor da ração e em contrapartida terá uma digestão mais saudável. As fezes dos animais que fazem consumo de rações de alto nível são mais duras, com menos odor e em menor quantidade, ou seja a absorção nutricional é em grande escala favorecendo o seu cão em todos os sentidos.
Mesmo assim opte sempre por uma ração pouco colorida dessa forma você exclui, da ingestão, os corantes artificiais que podem ser agregados ao alimento industrializado e não é de boa valia ao cão.

Super Premium:
São rações consideradas excelentes no mercado nacional e internacional. Utilizam puramente a proteína animal em seu processamento e escolhem principalmente peças nobres a serem manipuladas, oferecendo maior digestabilidade e palatabilidade ao cão.  São alimentos ricos em proteína e nutrientes, ou seja, a digestão e absorção de todos os componentes advindos da ração Super Premium é muito mais vantajoso e de qualidade nutricional ao cão. Quanto maior a absorção melhor para a saúde e bem estar animal.
Esse tipo de ração é disposta ao cão em pequenas quantidades, pois seu teor nutricional é muito mais concentrado e ele não precisa se alimentar exageradamente para se sentir satisfeito.
Com esse alimento rico em proteína animal não é necessário o uso de palatabilizantes artificiais em altas proporções, pois o próprio alimento já é atrativo ao cão. O que o torna ainda mais benéfico a saúde do seu animal.


Dentre as rações, existem três tipos que podem ser confeccionadas:
ração seca (contendo 10% de umidade), ração semi-úmida (contendo de 22 a 26% de umidade) e a ração úmida (contendo de 70 a 75% de umidade). A ração úmida vem enlatada, é mais saborosa, a ração semi-úmida é fácil de estocar, saborosa e de fácil digestão devido ao fato de ser mole, já a ração seca é a mais dura e de custo mais baixo, porém possui as necessidades nutricionais em maior índice.

Clique no link a seguir para visualizar a tabela
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=417018895070788&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater
Fonte: Nutrição Animal, volume 2, ano 1983, pág. 366.



ENTENDA O QUE SIGNIFICA OS TERMOS VINDOS NO RÓTULO DE RAÇÃO:

De acordo com as Normas e Padrões de Nutrição e Alimentação Animal, revisão em 2000, o tipo de alimento do cão deve ser uma ração equilibrada que combina diversos nutrientes que se adequem ao seu metabolismo.

Clique no link a seguir para visualizar a tabela
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Fonte: NORMAS E PADRÕES DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL, ano 2000, pág. 144.

Segundo o Inmetro, os parâmetros que tendem a comprometer a qualidade, caso sejam adicionados em excesso, têm limites máximos: Umidade, fibra bruta, cinza e cálcio. Outros, cuja falta poderia acarretar problemas para a saúde dos animais, possuem limites mínimos: proteína bruta, gordura e fósforo. Em ambos os casos, os limites são obrigatórios e devem ser respeitados.

Proteína Bruta PB
A Proteína está diretamente ligada a formação dos ossos, músculos, e estruturas nervosas. Dessa forma é um componente importantíssimo para o dia dia do seu cão. Escolha por uma ração que tenha maior percentual de PB. Essa indicação é fundamental para verificar sobre a utilização de carnes nobres durante o processamento da ração. Quanto melhor a ração for mais carne foi utilizada e com isso terá a porcentagem maior de proteína, rações de qualidade inferior utilizam de partes pobres em proteína deixando o alimento fraco nutricionalmente falando. Opte por rações que tenham pelo menos 18% de PB, eu particularmente escolho sempre as que informam 22% ou mais.
Rações com o termo expresso no rótulo, como: carne de animal, soja, milho são excelentes, já com o termo, “farelo de” são de baixa qualidade.

Umidade UM
Toda ração necessita de água em sua composição e esse teor de água é a UM. Umidade em excesso pode favorecer a proliferação de micro-organismos nocivos no alimento, dessa forma rações enaltadas devem ser consumidas assim que manuseadas a primeira vez. Além disso, significa que o consumidor está comprando mais água e menos ração (caso ela for seca). Teores baixos de água tornam a ração extremamente seca e indigesta ao cão. Portanto opte por rações com níveis de garantia entre 8% a 12%.

Fibra Bruta FB
A FB é um componente necessário à saúde intestinal de cães e gatos. São de origem vegetal e não são metabolizadas pelo sistema digestivo animal, porém auxiliam em todo o processo digestivo do cão. A inclusão de farelos vegetais em excesso pode elevar o nível de fibra bruta além do recomendado. Isso pode comprometer a digestão e absorção de proteínas e minerais, causando desnutrição. A FB como coadjuvante no processo digestivo faz com que o alimento digerido seja mais absorvido por todo trato intestinal desacelerando o processo de agregação nutricional, favorecendo sempre a entrada maior de nutrientes. O percentual ideal é de 3% a 6%.

Energia Metabolizável EM
A energia metabolizável nada mais é do que a energia liberada pelo alimento assim que consumido. Ou seja, logo após o consumo tudo o que favorecer o funcionamento de órgãos e atividade física ao cão. Por exemplo, uma porção de 100g de ração (Energia Bruta) vai liberar ao animal, assim que digerida x% e essa energia metabolizável é tudo o que o organismo metabolizou, ou seja, digeriu e está sendo absorvido e não excretado. Rações top de linha necessitam de uma quantidade menor de grãos para liberar uma maior quantidade de EM, ou seja, opte por uma ração que exija uma menor quantidade em gramas diárias, pois terá uma maior quantidade de EM. Em média gira em torno de 2.700cal/kg

Extrato Etéreo EE
Didaticamente falando são as gorduras presentes na ração (se chama etéreo porque é extraído através de éter). A gordura é uma das principais fontes de energia, além disso, são importantes para o crescimento e para a agregação de vitaminas. Ainda auxiliam também na palatabilidade do alimento, portanto, quanto maior o percentual de EE melhor será a ração. O percentual mínimo sugerido é de 8%, e uma excelente ração pode chegar a 16% ou mais.

Matéria Mineral MM
É tudo o que sobrou do procedimento de fabricação da ração, são denominados como as cinzas do processo. A MM Não tem nenhuma importância nutricional, porém é preciso constar no rótulo de ração, pois quanto menor sua porcentagem melhor aproveitamento do alimento. Rações feitas com peças nobres liberam pouco MM, em contrapartida alimentos que utilizam partes animais pobres em nutrientes liberam mais MM, não devendo ultrapassar os 10%.



Resumidamente esses seriam os pontos principais para avaliar uma marca de ração. Nacional ou importada o que vale são os níveis de garantia e qualidade do produto. Por isso opte sempre por uma ração de melhor qualidade, seu cão bem alimentado certamente será um animal mais saudável.




ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!

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