Sobre o Blog.

Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cão e o calor

 

- Não deixe seu cão exposto ao sol
- Libere área ventilada e com sombra para o cão se abrigar
- Disponibilize água fresca para o cão
- Somente saia com o cão em horários cabíveis para caminhada (início da manhã e final da tarde ou noite)
- Cuide com amor e dedicação daquele que te ama incondicionalmente

 

 

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Interpretando os rótulos da ração

 

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*Errata (imagem): Informações*

 

Pessoal, quem nunca se deparou lendo os rótulos da ração do seu peludo e ficou sem entender o que significavam tantos nomes e números? São muitas coisas escritas que não sabemos sua real importância. Dessa forma decidi postar simplificadamente para facilitar a interpretação e com isso, melhorar a escolha da ração para o seu cachorro.

As rações são agrupadas em três categorias quanto ao seu teor nutritivo, que são as rações: super- premium, premium e standard ou econômicas.

Além dessas classificações de qualidade também é interessante avaliar a finalidade da ração, por exemplo; ela será consumida por um filhote, por um cão adulto, idoso, obeso, ou de alta performance (cães que praticam atividade física)? Existem ainda outras subdivisões, como qualificar quanto ao porte do cão. Rações específicas para cães mini, pequenos, médios, grandes e gigantes.

Vamos entender um pouco sobre a qualidade de cada ração:

Premium:

A ração Premium é uma ótima opção de alimento para o cão. É interessante avaliar a questão de ser nacional ou importada, pois podem mudar seus níveis de garantia e existem ainda rações desse porte que quase se equivalem a uma ração inferior e o contrário também acontece, algumas marcas são tão boas quando uma Super Premium, nesse caso são classificadas como Premium especial.

A ração Premium é mais barata no mercado já que utiliza em maior porcentagem a proteína vegetal e não processam em grande quantidade as carnes nobres, mas sim partes menos favoráveis. Com isso o consumo diário dessa ração deve ser maior para suprir as carências nutricionais do cão.

Mas mesmo contendo uma porcentagem menor de carnes nobres a ração Premium é considerada ótima, pois agrega ingredientes de origem animal, dessa forma o metabolismo digestivo do cão é beneficiado.

São rações com excelente teor de palatabilidade, digestabilidade, proteínas e demais referencias nutricionais. Ou seja, seu cão irá se alimentar bem, irá gostar do sabor da ração e em contrapartida terá uma digestão mais saudável. As fezes dos animais que fazem consumo de rações de alto nível são mais duras, com menos odor e em menor quantidade, ou seja a absorção nutricional é em grande escala favorecendo o seu cão em todos os sentidos.

Mesmo assim opte sempre por uma ração pouco colorida dessa forma você exclui, da ingestão, os corantes artificiais que podem ser agregados ao alimento industrializado e não é de boa valia ao cão.

Super Premium:

São rações consideradas excelentes no mercado nacional e internacional. Utilizam puramente a proteína animal em seu processamento e escolhem principalmente peças nobres a serem manipuladas, oferecendo maior digestabilidade e palatabilidade ao cão. São alimentos ricos em proteína e nutrientes, ou seja, a digestão e absorção de todos os componentes advindos da ração Super Premium é muito mais vantajoso e de qualidade nutricional ao cão. Quanto maior a absorção melhor para a saúde e bem estar animal.

Esse tipo de ração é disposta ao cão em pequenas quantidades, pois seu teor nutricional é muito mais concentrado e ele não precisa se alimentar exageradamente para se sentir satisfeito.

Com esse alimento rico em proteína animal não é necessário o uso de palatabilizantes artificiais em altas proporções, pois o próprio alimento já é atrativo ao cão. O que o torna ainda mais benéfico a saúde do seu animal.

Dentre as rações, existem três tipos que podem ser confeccionadas:

ração seca (contendo 10% de umidade), ração semi-úmida (contendo de 22 a 26% de umidade) e a ração úmida (contendo de 70 a 75% de umidade). A ração úmida vem enlatada, é mais saborosa, a ração semi-úmida é fácil de estocar, saborosa e de fácil digestão devido ao fato de ser mole, já a ração seca é a mais dura e de custo mais baixo, porém possui as necessidades nutricionais em maior índice.

Clique no link a seguir para visualizar a tabela

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=417018895070788&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

Fonte: Nutrição Animal, volume 2, ano 1983, pág. 366.

ENTENDA O QUE SIGNIFICA OS TERMOS VINDOS NO RÓTULO DE RAÇÃO:

De acordo com as Normas e Padrões de Nutrição e Alimentação Animal, revisão em 2000, o tipo de alimento do cão deve ser uma ração equilibrada que combina diversos nutrientes que se adequem ao seu metabolismo.

Clique no link a seguir para visualizar a tabela

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=417018898404121&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

Fonte: NORMAS E PADRÕES DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL, ano 2000, pág. 144.

Segundo o Inmetro, os parâmetros que tendem a comprometer a qualidade, caso sejam adicionados em excesso, têm limites máximos: Umidade, fibra bruta, cinza e cálcio. Outros, cuja falta poderia acarretar problemas para a saúde dos animais, possuem limites mínimos: proteína bruta, gordura e fósforo. Em ambos os casos, os limites são obrigatórios e devem ser respeitados.

Proteína Bruta PB

A Proteína está diretamente ligada a formação dos ossos, músculos, e estruturas nervosas. Dessa forma é um componente importantíssimo para o dia dia do seu cão. Escolha por uma ração que tenha maior percentual de PB. Essa indicação é fundamental para verificar sobre a utilização de carnes nobres durante o processamento da ração. Quanto melhor a ração for mais carne foi utilizada e com isso terá a porcentagem maior de proteína, rações de qualidade inferior utilizam de partes pobres em proteína deixando o alimento fraco nutricionalmente falando. Opte por rações que tenham pelo menos 18% de PB, eu particularmente escolho sempre as que informam 22% ou mais.

Rações com o termo expresso no rótulo, como: carne de animal, soja, milho são excelentes, já com o termo, “farelo de” são de baixa qualidade.

Umidade UM

Toda ração necessita de água em sua composição e esse teor de água é a UM. Umidade em excesso pode favorecer a proliferação de micro-organismos nocivos no alimento, dessa forma rações enaltadas devem ser consumidas assim que manuseadas a primeira vez. Além disso, significa que o consumidor está comprando mais água e menos ração (caso ela for seca). Teores baixos de água tornam a ração extremamente seca e indigesta ao cão. Portanto opte por rações com níveis de garantia entre 8% a 12%.

Fibra Bruta FB

A FB é um componente necessário à saúde intestinal de cães e gatos. São de origem vegetal e não são metabolizadas pelo sistema digestivo animal, porém auxiliam em todo o processo digestivo do cão. A inclusão de farelos vegetais em excesso pode elevar o nível de fibra bruta além do recomendado. Isso pode comprometer a digestão e absorção de proteínas e minerais, causando desnutrição. A FB como coadjuvante no processo digestivo faz com que o alimento digerido seja mais absorvido por todo trato intestinal desacelerando o processo de agregação nutricional, favorecendo sempre a entrada maior de nutrientes. O percentual ideal é de 3% a 6%.

Energia Metabolizável EM

A energia metabolizável nada mais é do que a energia liberada pelo alimento assim que consumido. Ou seja, logo após o consumo tudo o que favorecer o funcionamento de órgãos e atividade física ao cão. Por exemplo, uma porção de 100g de ração (Energia Bruta) vai liberar ao animal, assim que digerida x% e essa energia metabolizável é tudo o que o organismo metabolizou, ou seja, digeriu e está sendo absorvido e não excretado. Rações top de linha necessitam de uma quantidade menor de grãos para liberar uma maior quantidade de EM, ou seja, opte por uma ração que exija uma menor quantidade em gramas diárias, pois terá uma maior quantidade de EM. Em média gira em torno de 2.700cal/kg

Extrato Etéreo EE

Didaticamente falando são as gorduras presentes na ração (se chama etéreo porque é extraído através de éter). A gordura é uma das principais fontes de energia, além disso, são importantes para o crescimento e para a agregação de vitaminas. Ainda auxiliam também na palatabilidade do alimento, portanto, quanto maior o percentual de EE melhor será a ração. O percentual mínimo sugerido é de 8%, e uma excelente ração pode chegar a 16% ou mais.

Matéria Mineral MM

É tudo o que sobrou do procedimento de fabricação da ração, são denominados como as cinzas do processo. A MM Não tem nenhuma importância nutricional, porém é preciso constar no rótulo de ração, pois quanto menor sua porcentagem melhor aproveitamento do alimento. Rações feitas com peças nobres liberam pouco MM, em contrapartida alimentos que utilizam partes animais pobres em nutrientes liberam mais MM, não devendo ultrapassar os 10%.

Resumidamente esses seriam os pontos principais para avaliar uma marca de ração. Nacional ou importada o que vale são os níveis de garantia e qualidade do produto. Por isso opte sempre por uma ração de melhor qualidade, seu cão bem alimentado certamente será um animal mais saudável.

*Errata (imagem): Informações*

 

 

Fonte de pesquisa

Normas e padrões de nutrição e alimentação animal, ano 2000

Nutrição Animal, volume 2, ano 1983.

http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=5623716485812286522&cmm=111714268&hl=pt-BR

sexta-feira, 19 de julho de 2013

SEU CÃO TE LEVA PARA PASSEAR?

 

POSTAGEM

 

Seu cão fica muito agitado quando vocês saem para passear? Ele se excita excessivamente apenas pelo fato de você falar a palavra mágica; “vamos passear??” ? Ele fica todo eufórico quando te vê trocando de roupa e pegando a coleira? E quando saem pela rua, ele pula, puxa, late de tanta “alegria”?

Se você respondeu SIM para a maioria das perguntas, não se desespere, grande parte dos donos passam por isso também.

Primeiramente vamos entender os motivos que levam o cão a agir dessa forma.

Todo bom cachorro adora passear é nato deles esse interesse pela rua, pois podem cheirar odores diferentes, explorar ambientes novos, observar outras criaturas, o passeio para um cachorro é repleto de informações e aprendizado. Juntando a vontade acumulada de sentir todo esse prazer com a ansiedade em sair logo de casa o seu cãozinho está prestes a explodir de tanta emoção.

Quando as caminhadas passam a fazer parte da rotina do animal esse comportamento tende a diminuir e desaparecer, porém, existem cães que mesmo saindo todos os dias ainda ficam ansiosos, essa situação é o que chamamos de comportamento aprendido, o cão simplesmente aprendeu que ele precisa ficar nesse estado emocional para ganhar a recompensa, que seria passear!

 

Tudo está ficando mais claro na sua cabeça certo?

 

Veja bem essa situação e avalie se por acaso é familiar: Você pega a coleira, seu cachorro te olha e levanta do sofá com as orelhas em pé e rabo abanando, você se aproxima para colocar a coleira nele, seu cão abana o rabo mais forte ainda, sai correndo e latindo pela casa, depois de alguns minutos, muitos minutos por sinal, você consegue com dificuldade, colocar a coleira nele, então, ambos vão em direção a porta, seu cão em êxtase de alegria, aos pulos e latidos é o primeiro a sair para a rua, como uma bala, ou melhor, como se ele fosse te levar para passear, o que não é mentira, convenhamos, e assim segue o passeio, cansativo e totalmente errado. Conclusão: seu cão foi recompensado com a diversão de sair para passear por estar eufórico e ansioso.

 

Identificou com o caso não é verdade???

 

Bom, então vamos às dicas?

1- Reserve um tempo maior para educar o seu cão.

2- Não faça o exercício correndo e sem paciência, a sua calma e tranquilidade ajudam nesse processo.

3- Verifique se a coleira que está usando para o seu cão é a indicada para o porte dele.

4- Prepare-se para sair com seu cão, faça todo o processo de costume, trocando de roupa, calçando tênis, fazendo o mesmo ritual de sempre.

5- Notando qualquer alteração no cão, não fale, não toque e não olhe para ele, simplesmente mude para outra atividade, por exemplo; vá fazer algo na cozinha, no quarto, ou ver TV.

6- Assim que o cão tranquilizar pegue a coleira novamente e ignore qualquer artimanha do cachorro. Mantenha a calma, e espere ele se acalmar também.

7- Eu sei que já se passaram alguns minutos, por isso lembre-se da etapa 1- Reserve um tempo para educar o seu cão, essa demora no início é normal. A cada dia de exercício esse tempo gasto ficará mais curto e o cão entenderá o que você quer.

8- Coloque com tranquilidade a coleira no cão e se nesse momento ele se agitar novamente, espere mais um pouco.

9- Pense que é um exercício de paciência para você mesmo.

10- Após colocar a coleira no cão vão em direção à porta e só abra quando o cão estiver se acomodado.

11- Saia com o cão e não permita que ele puxe a guia, inicie a caminhada com passadas mais rápidas.

12- Se mesmo assim o cão estiver puxando muito, pare, espere ele se acalmar e continue a caminhar.

13- Ao voltar para casa só abra a porta se o cão estiver calmo.

14- Procure não falar muito com ele durante o exercício, faça mais expressões corporais e faciais.

15- Repita esse procedimento todos os dias.... Siiiiiim todos os dias, dessa forma o seu cãozinho vai aprender e entender o exercício. Caso você execute esse treino hoje e volte a repeti-lo daqui 15 dias, o seu cão não conseguirá memorizar o aprendizado. Portanto esteja disposto a ensiná-lo.

Com as sequencias de repetições o seu cão tende a associar o comportamento calmo com a consequência de sair de casa para passear e passará a repetir mais esse desempenho.

Lembrando que a presença de um adestrador é fundamental para auxiliar em casos mais complicados.

 

Mais dicas de passeio acesse:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=365494440223234&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quando devo separar um filhote da sua mãe?

 

 

“Eu quero um filhotinho desmamado e novinho!” É normal escutar essa frase.
Levar um filhote para sua casa é uma das etapas mais importantes na educação e socialização do cãozinho. Essa mudança vai ditar muito sobre como será o seu cão no futuro e qualquer erro pode ser crucial.

 

POSTAGEMÉ habitual os filhotes serem separados da mãe por volta dos 40 dias de idade, ou até menos, assim que ocorre o desmame. O perigo está em achar essa prática normal.

Vamos entender o que ocorre com um filhote ao ser separado precocemente da sua família original.

Existe no mundo animal e no nosso também (para lembrarmos de que também somos animais) um processo denominado imprinting. Para cada espécie o tempo de imprinting é diferente para se estabelecer. Essa fase nada mais é do que a “estampagem” do ser em questão, ou seja, o tempo que o filhote demora para aprender que ele é um cão e como deve se comportar e agir.

O austríaco Konrad Lorenz, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina em 1973, foi quem descobriu e estudou sobre o imprinting. Pesquisando sobre gansos ele revelou que o imprinting ocorria em um período muito curto, no início da vida das aves, chamado de período crítico ou período sensível.

No mundo canino é nessa época que se consolida o entendimento sobre a hierarquia e principalmente sobre a comunicação com outros cães. O filhote aprenderá sobre aspectos sociais e psicológicos da sua espécie e isso só é possível com a sua matilha original.

Retirar o filhote muito cedo do convívio com sua família canina certamente afetará a oportunidade dele se desenvolver socialmente, pois o aprendizado da linguagem para comunicar com outros cães e a habilidade em posicionar na hierarquia do grupo ficará em níveis deficitários e como consequência disso esse animal terá grandes dificuldades de se socializar e estabelecer dentro de um grupo. 

Nesse início de vida, o cãozinho precisa de intenso contato com a mãe e irmãos, para dar inicio a formação da sua “personalidade”. É nesse período que o filhote tem a primeira oportunidade de aprendizado (a mais importante), que acontece na idade tenra do animal. No caso dos cães o período sensível ou crítico é relativamente curto, indo do 1º ao 4º mês de idade. Existem pesquisas que afirmam sobre um tempo mais extenso, porém, o que se tem hoje de concreto, são 4 meses de imprinting.

O aprendizado começa por meio de correções vindas da mãe e dos mais velhos. Essas habilidades adquiridas são importantíssimas para a convivência deste filhote na sua futura “matilha humana”. O filhote, já está com todo seu sistema nervoso formado e dará início ao primeiro conhecimento efetivo e funcional, o de como ser um cachorro. Pelas retificações dadas pela mãe e oportunidades de erros e acertos com os irmãos esse filhote estará evoluindo grandiosamente na escala de experiências essenciais para se tornar um adulto equilibrado.

Pronto para um imprinting bem conduzido? É fácil e simples, deixe o filhote ficar com a mãe e os irmãos até o 3º mês de idade. Agora, se durante o período de imprinting, o cãozinho for colocado somente na companhia de humanos e, além disso, ficar isolado do contato social com outros animais, ele reconhecerá somente as pessoas ao seu redor como sendo seu “semelhante”. Um filhote com essa janela de aprendizado fechada poderá ser agressivo com outros cães e com pessoas estranhas, além da apresentar dificuldades para aprender.

Portanto o ideal é sempre esperar um pouco mais antes de levar o filhote para casa e não esperar somente o final do desmame. Dessa forma o cão será maduro para superar a separação e irá interagir de forma coerente com todos, pois de certa forma já foi educado pela natureza.

Embora alguns dos efeitos do imprinting, mal conduzido, possam ser revertidos, leva tempo e muito trabalho. Um cão que não aprendeu habilidades sociais em idade precoce pode até ser socializado, mas isso requer muita paciência, esforço e técnica correta e mesmo assim não ser 100% reestabelecido.

Nós humanos temos muita dificuldade em educar e corrigir de forma correta um cão, afinal de contas somos espécies diferentes com linguagens diferentes, por isso deixe a natureza fazer a parte dela e não separe um filhote de sua mãe e irmãos precocemente.

 

A natureza agradece!

terça-feira, 2 de julho de 2013

CACHORRO MIMADO!!!

 

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Mimar o cachorro pode ser bom para você, mas não é para ele.

O cachorro é mesmo o melhor amigo do homem, porém algumas pessoas exageram nos mimos. Demonstrar carinho, afeto, amor, é importante e necessário para o relacionamento entre as duas espécies, agora, quando esse carinho extrapola as necessidades caninas e passa a suprir apenas as carências humanas o problema está instalado. O excesso faz mal ao cachorro, assim como faz mal a qualquer um.

Observo no meu dia-dia que a origem de muitos comportamentos “anormais” dos cães refletem a educação que estão recebendo dentro de casa. Os donos não fazem por mal, pelo contrário, a intenção deles é de fazer sempre o melhor para o seu cão, mas acabam pecando pelo excesso. Vejam esse caso que trabalhei:

Atendi um cão da raça Poodle de 2 anos, na época que morava em BH. A queixa do proprietário era que o cão não o obedecia na rua. Vendo por este lado é comum, muitos dos cães não obedecem seus donos na rua, porém quando avaliei o cãozinho percebi uma série de extravagancias vinda de seu tutor.

O cão de 2 anos, nunca tinha saído na rua antes, a não ser dentro do carro, “a rua é suja e o cão pode se contaminar”, afirmava o dono. O cão sequer pisava no chão sem ser com uso de sapatinhos, até mesmo dentro de casa.

O cão possuía milhares de roupas, coleiras, mordomias e mimos, mas não teve o principal que precisa para ser saudável e equilibrado. Não foi socializado, apresentava desvio de comportamento, estava com a saúde frágil e imunidade baixa, por não ter tido contato com o solo expunha dificuldades em se locomover, as almofadas das patas eram extremamente finas e continha muita dermatite entre os dedos.

Foi um trabalho delicado, junto com a veterinária na época, pois até engrossar as almofadas das patas e curar as dermatites levou tempo.

A agressividade do cão e desobediência foram trabalhadas de modo que o dono aprendeu a lidar com o cão de forma eficaz e natural. Passado 5 meses de reabilitação o cão ficou excelente e caminhando na rua perfeitamente. Lembro que o dono do Poodle até se emocionou por descobrir como é bom ter um cão, e não um cão fantasiado de gente.

É apenas um exemplo para ilustrar até onde pode chegar os excessos de mimos, que fique claro, estou debatendo sobre excessos, e não cuidados básicos, como veterinário, banhos, ração de boa qualidade, adestramento e até mesmo roupinha para inverno (esse último para algumas raças)...! Como diferenciar então, “excessos” de “cuidados” ? Muito simples! O excesso limita a vida do cão, não supre suas necessidades natas, afeta seu comportamento e saúde, o excesso satisfaz o dono e não o animal e os cuidados só favorecem o bichinho, promovem uma vida satisfatória e natural, assim como deve ser.

A causa principal das travessuras dos cães é a abordagem equivocada de seus donos, que os criam como se fossem gente. A forma de corrigir um cão e de se fazer entender é completamente diferente se comparado a uma criança. Mas muitos insistem em tratar o cachorro como um bebê. A partir daí o animal torna o centro das atenções, passa a não admitir a hipótese de ser contrariado, ou corrigido. Como resultado, algumas pessoas não conseguem ao menos acariciar mais os seus próprios cães.

Esse tratamento traz como possíveis consequências a ansiedade, o estresse, alterações comportamentais, fragilidade imunológica e alguns distúrbios específicos, podendo evoluir para o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Os cães mimados não sabem lidar com frustrações e com perdas, se tornam agressivos, intolerantes e com questões complicadas de serem resolvidas. Mas acreditem, mudando a postura do dono, o cão acompanha e melhora o comportamento na maioria das vezes.

O mais difícil nesse trabalho é mostrar ao ser humano que o cão precisa ser tratado como cão (nessa hora muitos donos já rebateram: “Que absurdo falar que um cão deve ser tratado como um cão”!). Mas, sem trocadilhos, é a pura verdade, um cachorro possui necessidade como cachorro e não como gente. O cão quer se esfregar na grama, quer cheirar o xixi de outro cachorro, cheirar o traseiro de outro cachorro, quer correr, pisar na terra, fuçar algum canto, enfim...quer ser cão. E cá pra nós não tem coisa melhor do que isso!!!

Portanto, deixe seu cãozinho viver como é da natureza dele.

Se você conhece ou tem um cãozinho mimado, calma, não precisa apavorar! Tanto na parte física como psicológica existem métodos específicos para corrigir os maus hábitos, do cão e do dono também, assim as duas partes, humana e canina sempre saem ganhando.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

SÍNDROME DA DISFUNÇÃO COGNITIVA EM CÃES IDOSOS

 

 

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Quem tem um cãozinho idoso pode ter passado por essa fase onde o animal muda seu comportamento. Grande parte das pessoas não compreende esse fenômeno, na verdade fisiológico que acomete os cães de idade avançada.

A Síndrome da Disfunção Cognitiva em cães idoso (SDC) é a deterioração cerebral causada principalmente por problemas adjuntos à idade, em torno de 10/11 anos. As habilidades cognitivas do cão ficam prejudicadas ocasionando mudanças comportamentais muitas das vezes inesperadas pelo dono.

É importante frisar que um cão idoso vai sim diminuir sua atividade e preferir ficar mais quietinho, porém um cão com a SDC não possui esse processo normal de envelhecimento.

Existem cães com 10, 11 anos que brincam e se comportam como jovens, porém mesmo cães idosos que ficam mais reclusos mantem o humor e o relacionamento com o dono da mesma forma que antes. Já os cães com a síndrome mudam seu comportamento drasticamente pelo fato do grave processo degenerativo cerebral comprometendo suas funções cerebrais.

Imagens para melhor esclarecimento:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=392541990851812&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=392541994185145&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=392542074185137&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=392542004185144&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

Entenda o que ocorre com o cérebro do cão com SDC

1) Alterações de neurotransmissores, incluindo a Dopamina, sendo esta, envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição, sono e memória.

2) A produção de serotonina e adrenalina, responsáveis por sensações de bem-estar e prazer também é comprometida.

3) Ocorre de maneira exagerada o depósito de placas amiloides no córtex cerebral e no hipocampo. Essas placas amiloides são proteínas que matam os neurônios que estão ao seu redor. Foto: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=392542094185135&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

4) Níveis aumentados de monoamina oxidase B (MAOB) no cérebro. Essas enzimas são responsáveis pela degradação de neurotransmissores. Em níveis elevados causam déficits de transmissão nervosa.

5) Níveis aumentados de radicais livres que danificam as células sadias.

Sinais e sintomas da SDC:

1) Desorientação e confusão no seu ambiente. O cão fica perdido dentro da própria casa.

2) Vagueia sem rumo e fica com o olhar perdido

3) Olhar fixo para nada em especial

4) Acha com dificuldade as portas e saídas

5) Não reconhece as pessoas familiares

6) Não responde a estímulos antes agradáveis, nem ao seu próprio nome

7) Não exige atenção

8) Ao ser recepcionado não cumprimenta o familiar ou o recebe com pouco entusiasmado

9) Dorme mais durante o dia

10) Não responde ou altera o comportamento com os membros da família

11) Dorme menos durante a noite

12) Diminui drasticamente as atividades que antes lhe davam prazer

13) Perda do adestramento

14) Esquece onde deve dormir

15) Esquece o local correto de urinar ou defecar

16) Diminui a capacidade de aprendizagem

17) Late excessivamente

18) O cão fica cavando freneticamente a mobília da casa e passa a destruir objetos

19) Irrita-se com facilidade

20) Fica ofegante e inquieto a noite

21) Pode andar em círculos por várias vezes

Cães de raça grande ou gigante podem apresentar a SDC bem antes do que cães de raça menores por envelhecerem mais rápido. Veja a tabela de idade canina.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=365124960260182&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

Tratamento:

1) Após uma avaliação minuciosa e com o diagnostico em mãos o médico veterinário deve orientar o dono quanto a saúde física do cão.

2) Com relação a parte comportamental o dono deve se ater para alguns pontos principais, como:

a) Não exija muito do seu cãozinho

b) Use comandos básicos que ele já conheça

c) Procure deixar mais de um local para ele fazer suas necessidades

d) O alimente mais vezes ao dia, com comida especial para a idade

e) Aproveite quando ele estiver querendo interagir e o respeite quando ele preferir ficar mais quieto

f) Sempre o mantenha aquecido e em local protegido

g) E o mais importante, entenda que o seu cão precisa de cuidados, amor e carinho, jamais o abandone ou se irrite com ele. A idade chega para todos, mas o amor não acaba jamais!

terça-feira, 11 de junho de 2013

VOCÊ SABIA??? A importância do rabo na comunicação canina

 

 

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Você sabia que o rabo é fundamental para o cão se comunicar?

Pesquisa realizada na Universidade de Victoria, Columbia Britânica em 2008 enfatiza o impacto da amputação do rabo na comunicação canina. Usaram um cão robô que o rabo podia ser movimentado por controle remoto. Ao colocar o robô perto dos cães, os cientistas notaram que quando o rabo mecânico abanava os outros cães se aproximavam para interagir e quando o rabo se mantinha ereto os cães o evitavam. Após essa avaliação inicial os cientistas substituíram o rabo original por um amputado. Quando o robô foi solto os outros cães se aproximavam com cautela mesmo se o rabo estivesse parado ou em movimento.

Mesmo sendo um cão robô pode-se perceber que o movimento que o cão faz com o rabo é de suma importância para garantir sua intenção e expressar seu nível de satisfação.

Entenda os movimentos que seu cão faz com a cauda.

Alegre: a cauda balança junto com o traseiro do cão
Satisfeito: a cauda executa movimentos mais curtos e lentos
Confuso: a cauda balança em baixa velocidade
Excitado: a cauda fica ereta e vibra muito rapidamente
Atento: a cauda fica imóvel e erguida podendo também executar movimentos curtos e rapidos
Relaxado: a cauda fica pendente
Amedrontado: a cauda se posiciona entre as pernas, tapando o anus
Dominante: cauda erguida e ereta
Submisso: cauda entre as pernas ou movimentando rapidamente somente a ponta

Veja outras posturas e seus significados:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=388701257902552&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

Uma pesquisa, publicada na edição de 20 de março da revista Current Biology, referente ao movimento que os cães executam com o rabo desvendou algo muito curioso. Quando os cachorros reconhecem algo como positivo e satisfatório tendem a abanar a cauda para o lado direito e quando avistam algo desconhecido abanam para o lado esquerdo.

Veja a imagem:

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O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) proíbe cirurgias mutiladoras com finalidades estéticas em animais. Por isso não corte o rabinho do seu cãozinho.

“Abanar o rabo é um gesto eminentemente social. De certa forma, ele desempenha as mesmas funções que um sorriso humano.” Stanley Coren

Pense nisso!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Qual o cão ideal para você?

 

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Cachorro não é como objeto, que se compra depois enjoa, joga fora ou deixa num canto, nem como carro, que se pode fazer um teste drive (para algumas pessoas são, infelizmente). Cães que são agitados de mais, calmos de mais, que latem demais ou nada latem vieram com defeito? Incomodam? E quando as pessoas querem um cão de guarda e percebem que ele não demonstrou essa “afinidade”? Devolvem e trocam por outro? É o que se ouve de alguns vendedores e o pior de tudo é que existe comprador que troca mesmo a “mercadoria”. Absurdo!

Optei por abranger esse tema para facilitar a vida das pessoas que querem um cão e que por falta de informação não conseguem se adequar corretamente a nova rotina com o recém-chegado na família, e também (principalmente) facilitar a vida dos cães que infelizmente tem todas as suas necessidades atávicas prejudicadas caso caiam nas mãos erradas, ou ainda, são abandonados.

Gosto de usar uma frase que define bem essa situação: o cão certo para a pessoa errada! Caso o seu cãozinho não estiver sendo como “sonhava”, contrate um bom adestrador comportamental e tudo entrará no eixo, ou pelo menos vai melhorar e muito.

Elaborei 6 itens que irão facilitar esse processo.

É importante antes de explanar os tópicos dizer que o cão é um indivíduo pensante e orgânico, ou seja, ele tem a sua personalidade própria, suas vontades, necessidades, e faz cocô e xixi, sim ele faz!!!

As pessoas ficam muito ansiosas, querendo que o cão aprenda todas as regras de uma só vez e não é bem assim. Por isso disponha de tempo para adaptá-lo a nova rotina, tenha paciência para que o seu cão entenda o que você quer dele, ele vai errar por isso antes de tudo saiba como educar corretamente, de forma a não prejudicar seu novo amigo.

Bom, vamos às dicas!

1- Macho ou fêmea? A maior diferença entre os dois é que macho, na maturidade, tende a fazer xixi em vários pontos (marcando território) e a fêmea entra no cio de 6 em 6 meses. Uma forma muito simples e recomendada é castrar os dois, garantindo o bem-estar do cão. Veja com o veterinário do seu pet sobre esse procedimento que além de abolir o estresse causado pelo cio, garante a prevenção de várias doenças hormonais.

2- Adulto ou filhote? Ambos passam pelo processo de adaptação ao novo ambiente, podendo durar dias ou semanas. Esse tempo é muito relativo e cães adultos como filhotes se enquadram muito bem. Os cães são indivíduos únicos, portanto não compare um com o outro, existem cães que se adaptam rapidamente e outros que demoram mais, de qualquer forma seja paciente e de tempo ao cãozinho para se enquadrar na nova rotina.

3- Aspectos físicos I: Porte (mini, pequeno, médio, grande ou gigante), é bom verificar o espaço que o cão terá para se locomover em seu ambiente. Quanto maior o espaço, maior pode ser o cão. Porém não se engane, existem cães pequenos que precisam de muito espaço e cães grandes que vivem bem em apartamento (nesse caso seria fundamental o cão sair diariamente para caminhar).

4- Aspectos físicos II: Pelagem (curto ou longo), sendo que pelos longos requerem banhos e escovações mais frequentes do que curtos. Orelhas, focinho, olhos… enfim, características mais superficiais, (particularmente esses são meros detalhes, mas tem gente que prefere cães de orelhas caídas, por exemplo). Se você tem tempo para escovar um cão peludo, ótimo! Se não, opte por um de pelo mais curto. Se você gosta de caminhar prefira um cão com focinho mais comprido, pois o cão com focinho muito curto tem dificuldade respiratória e requer atividade física baixa.

5- Função: Todo cão precisa interagir com a família, um cão jamais deve ficar privado de afeto e atenção simplesmente pelo conceito antigo de que cães de guarda não podem ser socializados. Cães não foram feitos para viver toda a sua vida, acorrentados e em canis, mas sim interagindo com todos da casa, vide a vida dos lobos, todos ficam juntos o tempo todo. Portanto se você quer um cão que seja também um auxiliar na guarda de sua casa lembre-se disso: adestramento + carinho + socialização, sempre!

6- Energia (esse é o  mais importante): Primeiro passo, como é a SUA energia: Alta, média ou baixa. “Mas o que isso quer dizer Marina????”….Muito simples…você gosta de sair pra correr, divertir, está sempre disposto = ALTA; ou tem dia que você não está muito animado, as vezes faz algum exercício sem compromisso = MÉDIA e por fim….você adora um sofá, televisão, dormir, ver filme em casa = BAIXA. Parece engraçado, mas é a forma mais didática que encontrei para exemplificar níveis de energia, já que isso vigora nos cães também. Algumas raças exigem mais gasto energético, caminhadas, corridas já outras somente uma voltinha na rua é suficiente. Lembrando que todo cachorro precisa caminhar, a diferença é que alguns necessitam mais e outros menos.

Esse item é o mais importantes, pois requer uma pesquisa minuciosa sobre o temperamento do cão (tanto dos SRD`s – sem raça definida, como os de raça) e também sobre as necessidades particulares da raça, ou seja, é um cão que requer exercício físico ou é um cão que não pode exagerar nas atividades. Conheça o cão que você deseja ter, conheça sobre as necessidades particulares dele e veja se você se encaixa na vida desse cão e não o contrário.

OBS.: Esses 6 itens são apenas para orientação e direcionar melhor as pessoas. Lembrando que o cão ideal é esse que está ai do seu lado, que te recebe sempre com alegria e que te faz companhia, o cão ideal é o fruto da sua criação. Portanto se ele apresenta algum comportamento que não te agrada, reflita e veja onde você falhou, se mesmo assim não conseguir entender o que houve contrate um adestrador comportamentalista para ajudar.

Cabe a cada um de nós termos a sensibilidade de buscar o futuro “melhor amigo” não com base em testes, tabelas, ou unicamente pela beleza física do cão, mas sim por AFINIDADE. Não é possível, entre os homens e também entre os animais, “selecionar” e “comprar” lealdade, fidelidade e amor. Isso vem com a empatia e com o tempo de intensa convivência.

Por fim, qual o cão ideal para você? Aquele que você ama, independente de tudo. Não existe perfeição, não existem donos perfeitos.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cães exigentes na hora de comer.


Quem nunca ouviu ou até mesmo falou: “Meu cachorro enjoa da ração e tenho que ficar sempre trocando.” Conheço muitos proprietários que relatam ter esse problema, estressando tanto o dono quanto o animal.

 

Postagem 90


As pessoas desconhecem a informação de que os pets não sentem necessidade de alterar o cardápio e nem é saudável para eles essas mudanças constantes. Trocar frequentemente o sabor e a marca da ração é um comportamento típico do dono, imaginando que seu cãozinho necessita sempre variar de ração.


Quando o dono troca a ração o cão certamente vai se interessar mais pela novidade do sabor e cheiro. Esse período dura alguns dias e semanas podendo fazer o cão comer mais do que estava acostumado. Porém depois desse tempo o cão volta a comer normalmente a mesma quantidade de antes, causando a ilusão que enjoou da ração.


Já na primeira mudança de ração o dono estará condicionando o cão a sempre exigir algo novo como recompensa para esse comportamento de não comer a ração antiga. Com o passar do tempo esses cachorro ficará muito exigente e seletivo.


Nesse caso qual atitude tomar?
1- Primeiramente o dono deve entender e reconhecer que o cão criou esse hábito seletivo pela forma como foi educado.
2- Não ceder se o cão se recusar a comer a ração.
3- Ter paciência com o cão para ele se adaptar a nova rotina.
4- Oferecer alimentos com palatabilidade alta, utilizar de rações fabricadas com fontes nobres, ou seja, bem nutritivas.
5- Colocar a vasilha de refeição do seu cão longe de onde ele faz suas necessidades.
6- Manter uma rotina fixa de horários para as refeições. Cães adultos comem 2 vezes ao dia. Após oferecer comida ao cão é ideal esperar 20 minutos para retirar o comedouro, mesmo se houver sobras, retornando com ele somente na próxima refeição. Deixar a ração exposta faz com que ela perca sua palatabilidade e nutrientes.
7- Se em 20 minutos seu cão não comeu nada, ou comeu pouco, não diga nada e simplesmente retire a ração retornando somente no próximo horário de refeição. Em alguns dias ele irá entender sobre a rotina de horários.
8- Jamais obrigue o cão a comer. Coloque o pote de ração para ele e não fique falando e insistindo com o cão. Essa insistência só piora o quadro.
9- Uma dica interessante é molhar sua mão na água e misturar a ração com sua mão molhada. Pelo fato do seu cheiro ficar na comida o cão sentirá mais atraído.
10- Espere o cão terminar de comer para dar carinho e atenção a ele.
11- No decorrer do dia, não ofereça petiscos, biscoitos, ou qualquer outra guloseima para seu cão, nesse período de treino.
12- Procure caminhar com seu cão para que ele se canse e sinta mais necessidade de repor as energias.
13- E o mais importante de tudo, tenha paciência e tolerância. Não caia nas armadilhas do seu cãozinho pedindo petiscos.

 


Seguindo corretamente as dicas certamente seu cão irá melhorar muito.
Qualquer dificuldade entre em contato com um adestrador que trabalhe na área comportamental para dar um suporte maior.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Compulsão por comida. Como resolver???

 

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Cães que comem muito rápido podem demonstrar algumas características de personalidade como: ansiedade, estresse, competitividade e até mesmo carência afetiva.

Além dessas alterações o cão pode apresentar também distúrbios neurológicos no centro da saciedade, definido como alterações hipotalâmicas. O hipotálamo fica bem no centro do cérebro e além de muitas de suas funções também regula a fome e a saciedade.

 

Figura:

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Por apresentarem a personalidade mais competitiva cães com esse distúrbio alimentar são possessivos com brinquedos e querem atenção e carinho do dono o tempo todo.

Se você considera a carência de seu animal exagerada, fique de olho!

Outro motivo que pode estar levando o seu cãozinho a comer em grande quantidade e muito rapidamente é a Polifagia. Esse distúrbio alimentar é conhecido como fome excessiva juntamente com a ingestão exagerada de alimento, ou seja, é quando o animal come compulsivamente. A polifagia pode ser um sinal revelador do diabetes, do hiperadrenocorticismo e de outras doenças endócrinas (o que deverá ser confirmado por um exame de sangue junto ao veterinário).

Geralmente os cães que desenvolvem qualquer problema comportamental, voltado para a alimentação, convivem com mais animais no mesmo ambiente e necessitam impor sua posição no grupo. Nesse caso o cão precisa competir o tempo todo para ganhar atenção e carinho. É muito difícil um cão onde o dono não possui outro animal de estimação desenvolver esse distúrbio, porém pode acontecer, mas em uma escala bem reduzida.

É importante frisar que qualquer dessas características não condiz com a normalidade de um cão. Mesmo quem convive com vários cachorros pode usufruir de uma ótima relação entre eles, sem competitividade, desde que saiba lidar e reestruturar sua matilha.

Cães com compulsão por comida possuem problemas comportamentais sérios podendo se estender para problemas de saúde como já foi exposto no texto. Por esses motivos o trabalho deve ser multidisciplinar, entre veterinários e adestradores comportamentais, para alcançar um resultado satisfatório.

Para esse comportamento ser amenizado e até mesmo revertido é preciso que o dono modifique algumas atitudes na rotina do animal. Passarei 3 dicas importantes para a melhora do quadro, porém é de suma importância o acompanhamento presencial de um adestrador comportamental nesse caso.

1- Primeiramente devem ser estabelecidos horários para as refeições. O cão com distúrbio alimentar comerá em média de 4 a 5 vezes ao dia, sempre nos mesmos horários. Com o passar do tempo reduz-se para 3 refeições e depois 2 ao dia (cães adultos sem distúrbio alimentar comem 2 vezes ao dia). Conforme a frequência das refeições for diminuindo a porção do alimento aumentará, seguindo sempre a quantidade indicada no verso da embalagem de ração. Após o cão terminar de se saciar o pote de ração deve ser retirado e reposto somente na próxima refeição. Cães com distúrbios alimentares devem comer mais vezes ao dia para evitar que fiquem com muita fome na hora da refeição. Quanto mais fome eles ficarem pior será o comportamento, por isso divida a porção da ração em várias refeições no decorrer dia.

2- Donos que possuem mais de um cachorro, sendo que um deles apresenta esse distúrbio alimentar, não deve colocar toda a ração para o cão comer de uma só vez, conforme ele for comendo vá colocando mais ração no comedouro (respeitando a porção recomendada para a refeição), assim ele come pausadamente e não tem tempo de invadir o pote do outro cão, com o tempo diminua gradualmente até colocar a ração de uma só vez.

3- Outra dica é utilizar comedouros próprios para cães que comem muito rápido, ou colocar comida dentro de brinquedos ocos ou ainda espalhar montes de ração para o cão demorar a comer. Assim ele brinca, exercita e alimenta ao mesmo tempo.

 

Figura:

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Importante frisar que esse é um problema físico e comportamental, portanto procure um médico veterinário e um adestrador comportamental para ajudar efetivamente no caso.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Emoções Caninas – PARTE III




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Finalizando a série de 3 artigos sobre Emoções caninas, hoje iremos falar sobre as linguagens utilizadas pelos cães para se expressarem. Relembrem os artigos anteriores:
Os cães demonstram suas vontades, anseios, desejos e sentimentos através de expressões faciais, verbais e corporais. Porém a forma como o fazem é muito diferente da nossa.
Com as imagens anexadas a seguir ficará mais fácil interpretar todos os sinais que os cães nos dão diariamente.
Compreendendo melhor a linguagem dos cães podemos educá-los de forma correta e coerente.
Expressões faciais de como os cães se demonstram ao serem submetidos a diversos desafios, podem ser vistas claramente na imagem abaixo.
Expressões vocais podem ser vistas no vídeo a seguir, onde o Zootecnista Alexandre Rossi explica um pouco sobre essa diferença nos latidos:
Para avaliar o latido é necessário observar o volume, a tonalidade, a duração, o número e a frequência de repetição. Latidos com intervalos longos de 15 segundos significa que o cão está pedindo algo, com intervalos médios de 3 segundos acompanhados de orelhas para trás o cão está comunicando que algo está acontecendo, por exemplo, se referindo a chegada de uma pessoa estranha. Latidos com intervalos muito curtos associados a rosnados e exposição dos dentes o cão está prestes a atacar. Latidos por medo o cão cola as orelhas na cabeça, mostram os dentes, esboçam um latido tremulo e eriçam o pelo.
Expressões corporais podem ser vistas nas fotos a seguir. Prestem muita atenção sempre em pontos chaves: orelhas, boca, rabo e se o cão desloca seu peso para frente ou para trás. As fotos são auto explicativas.
Agora mãos a obra e tente identificar todos esses sentimentos em seus cães. Com o tempo de prática você conhecerá mais sobre seu animal melhorando consideravelmente a ligação de afeto entre ambos.
Lembre-se que é mais fácil e saudável entender o seu cão e poder corresponder a ele do que torná-lo um humano.

sábado, 13 de abril de 2013

Primeiros passos do filhote em casa

 

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Toda mudança é sempre muito confusa para os filhotes. Eles estavam acostumados com a mãe e os irmãos por perto e também com um ambiente diferente. Por isso os primeiros dias são cruciais para manter o equilíbrio e a harmonia do seu novo cãozinho. Elaborei algumas dicas de como proceder nesse momento inicial com o filhote.

A transição do filhote para a nova casa e para a nova família deve ser tranquila e requer alguns cuidados para que no futuro não cause problemas.

 

 

Dicas preparatórias

1- Separe um cômodo onde seu cãozinho ficará inicialmente. Não é aconselhável ele ficar isolado e sem contato com as pessoas da casa e também não é bom ele ter acesso a casa toda, pois, eventualmente, pode comer algo inapropriado, ou fazer xixi onde não deve, portanto o ambiente precisa ser adequado para que ele tenha contato com as pessoas da família e também que ele possa ficar parcialmente restrito para não errar na educação do xixi.

2- Veja no link como ensinar o xixi e coco para seu cãozinho no local correto. http://adestradoradecaes.blogspot.com.br/2011/01/xixi-e-coco-no-local-correto.html

3- Essa área onde o cão ficará, inicialmente, não pode ter fios elétricos de fácil acesso, tapetes, plantas, objetos cortantes, produtos químicos ou objetos pequenos que ele possa engolir.

4- O treinamento do seu cão inicia imediatamente no momento em que você o pegou.

5- Evite dar bronca no filhote logo nos primeiros contatos, prefira ignorar os erros dele.

6- Pronuncie o nome do cão fazendo carinho e elogiando sempre.

 

 

Dicas iniciais

1- Toda mudança é estressante. Por isso libere um tempo ao filhote para ele se acostumar com o novo ambiente e com a família.

2- Procure ficar calmo e tranquilo, no início os filhotes dão mais trabalho, mas com paciência tudo se resolve.

3- Se o filhote possuía algum paninho com o cheiro da mãe e dos irmãos leve-o junto, pois o cheiro familiar acalma o cãozinho.

4- Diminua ao máximo o estresse do transporte do cão até sua casa. Veja se o ideal é coloca-lo numa caixa de transporte, ou com sinto de segurança próprio para cães de médio e grande porte.

5- Assim que chegar com seu filhote em casa o coloque na área onde ele ficará e permaneça um bom tempo com ele nesse ambiente.

6- Evite contato com muitas pessoas estranhas nos primeiros dias. É importante inicialmente manter uma relação mais forte com as pessoas que irão conviver com o cão. Depois de alguns dias pode iniciar o processo de socialização do cão, apresentando-o para outros animais, pessoas estranhas, crianças, sons, objetos, tudo de forma muito calma e sem causar medo ou susto no filhote. Importante nesse período não expor o filhote a cães não vacinados.

7- Não mude a ração e nem horários de refeição bruscamente. Faça isso gradualmente para evitar que seu filhote tenha alguma disfunção gástrica. Coloque um pouco da nova ração junto com a que ele já estava acostumado e aos poucos vá aumentando a quantidade da nova e diminuindo da antiga.

8- A partir do primeiro dia o cão ficará um tempo com a família e também, por um curto período, sozinho. É importante não colocar o cão para ficar sozinho após uma bronca, jamais fazer isso. Caso o cãozinho chore ao ser confinado não deve liberá-lo imediatamente, pois ele aprenderá que chorando consegue o que quer. Espere ele se acalmar para ir vê-lo. É bom deixar brinquedos e ossinhos (comprados em pet shop) para ele roer e de distrair. Assim o filhote acostuma a ficar sozinho de forma correta e sem estresse.

9- Discipline o que pode e o que não pode fazer. Lembre-se que seu cão irá crescer, portanto se permitir que ele pule em você enquanto é filhote ele fará quando adulto.

10- Após o término da vacinação seu cão poderá sair na rua. Faça passeios diários com ele.

11- Mantenha sempre a mesma rotina para o cão.

12- Qualquer problema comportamental que você não compreenda peça o auxílio de um adestrador comportamental.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Emoções Caninas – PARTE II

 
 
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Dando continuidade ao artigo, Emoções Caninas - parte I (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=364559376983407&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater) iremos falar hoje sobre a fisiologia e anatomia das emoções.
O cérebro dos mamíferos é muito parecido em sua estrutura. O que muda na verdade é o tamanho das áreas respectivas a certas aptidões, mas a forma básica é praticamente a mesma. (Figura: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=366463856792959&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater)
O sistema nervoso central humano evoluiu grandiosamente no decorrer de sua extensão histórica. Os outros mamíferos não tiveram esse pico evolutivo intenso, porém podemos observar claramente como os cães, no decorrer do período de domesticação, evoluíram “sentimentalmente” para adaptar à vida social humana.
No centro do cérebro dos mamíferos existe uma estrutura denominada de sistema límbico. O sistema límbico é composto de áreas cerebrais dentre elas o hipotálamo, as amigdalas e a hipófise que são responsáveis por diversas funções principalmente relacionadas às emoções. Todas as experiências vividas pelo cão ao longo de sua vida ficam armazenadas e codificadas como boas ou ruins nessas estruturas citadas. Automaticamente quando o animal revive essas situações são liberados compostos hormonais que fazem o organismo reagir a determinada experiência, ou seja, a emoção. (Figura: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=366464380126240&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater)
Por exemplo, quando o cão passa por algum trauma e revive essa mesma experiência é liberada em sua corrente sanguínea, a adrenalina e o cortisol que são alguns dos hormônios do estresse, fazendo com que o cão demonstre medo, aumentando a frequência cardíaca e respiratória, dilatando as pupilas, provocando sudorese nas patas e mais uma série de expressões corporais que veremos com mais detalhes na 3ª parte do artigo.
As endorfinas são liberadas na corrente sanguínea quando o cão se encontra relaxado e feliz, esse mesmo processo ocorre no organismo humano produzindo expressões relativas ao bem estar.
O hormônio chamado de ocitocina é conhecido como o hormônio do amor e é liberado em grande escala no organismo da mulher na hora do parto. No mundo canino ocorre da mesma forma, esse hormônio é liberado para a corrente sanguínea da cadela e torna-se notório todo o carinho que ela tem por sua ninhada.
A emoção é, portanto, uma reação fisiológica conjunto com uma resposta comportamental. As emoções geram posturas corporais e mimicas faciais específicas e isso não muda no mundo canino. Observem na imagem (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=366464560126222&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater) como os cães se mostram fisicamente perante diversos sentimentos. As expressões faciais mudam drasticamente entre uma sensação e outra. Como Darwin diria “Emoções opostas geram posturas opostas passando informações precisas da intenção do animal”.
No cérebro humano essas reações químicas ocorrem da mesma forma a diferença está na interpretação dessas emoções pelo córtex cerebral frontal.
Trocando em miúdos, os cães tem sim sentimentos, a interpretação deles é que deve ser feita de forma diferente da humana. Isso é simples de explicar, basicamente por que somos espécies diferentes e isso gera uma forma única de perceber e sentir. Por exemplo, o sorriso para nós humanos é uma demonstração de afeição e de reconhecimento de alguém, mas no mundo canino mostrar os dentes não é nem um pouco amigável, pelo contrário, é o início de alguma divergência séria ou submissão (dependendo do resto da postura corporal a intenção do cão muda). A mesma representação facial para emoções diferentes em espécies diferentes. Aqui faço uma observação, existem cães que esboçam um “sorriso”. Isso ocorre por aprendizagem de mimetismo, ou seja, os cães que fazem isso simplesmente aprenderam que imitando essa feição humana agradam o dono, seria outro ponto evolutivo.
Nós humanos temos um aparato imenso de codificações de emoções, sentimos inveja, ciúme, medo, frustração, ódio, cobiça e mais milhões de sentimentos misturados. Os cães são diferentes no sentido de reagir e interpretar sobre cada emoção. Por exemplo, quando vemos algum carro de última geração, podemos sentir cobiça, inveja ou simplesmente admirar do veículo. Já os cães não sentem nada disso quando encontram outro cachorro usando uma coleira importada. O dono afirmando que seu cãozinho cheirou a coleira do outro por que gostou da marca está praticando o antropomorfismo citado no início do artigo anterior (Emoções Caninas – parte I). A verdade é que o cão está simplesmente buscando informações sobre o outro animal através do odor impregnado na coleira.
Nós humanos temos a tendência de adicionar sentimentos aos cães que para eles não tem muito sentido. Fazemos a nossa interpretação e podemos nos equivocar muito quanto a isso. Foi feita uma pesquisa que comprova essa afirmação. Em uma sala o pesquisador pedia para o dono colocar um petisco em cima da mesa e dar o comando para o cão não pegar a guloseima, e logo depois o dono deveria sair da sala. O pesquisador retirava a comida assim que o dono saia da sala e dizia a ele que o cão havia pegado o petisco. Quando o dono entrava novamente, já sabendo que o cão tinha “errado”, se mostrava com a fisionomia e postura de repreensão (mesmo que muito sutilmente) e o cão por sua vez se expressava submisso para evitar a bronca e não por se sentir culpado, afinal de contas ele não tinha feito nada de errado. Dando continuidade ao experimento quando o cão comia o petisco e o pesquisador falava para o dono que seu animal tinha se comportado bem, o dono entrava na sala mais relaxado e o cão se mostrava amistoso a ele, mesmo tendo desobedecido a ordem. Assim os pesquisadores puderam verificar o quanto os cães são ligados na nossa linguagem corporal, eles reagem de acordo como nós demonstramos.
Dessa forma para entender como seu cãozinho pensa e sente basta observá-lo mais e nunca esquecer que o cão, sendo espécie diferente da humana, possui necessidades distintas e formas únicas de agir.
Já está mais do que provado que os cães sentem e possuem suas emoções, não menos do que nós, apenas de um jeito diferente.
Para finalizar a série Emoções Caninas a última parte será sobre as expressões da linguagem corporal, todos aprenderão como interpretar o que seu cão está sentindo e desejando.

















sábado, 6 de abril de 2013

Você sabia que os cães precisam se cheirar para se conhecerem?

 

 

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Muitos donos de cães acham feio ou de mau gosto um cão cheirar o traseiro de outro cachorro e até impedem os animais de agirem assim, pois saiba que é fundamental para o bom convívio entre os cães esse tipo de recepção.

Nos humanos cumprimentamos nossos amigos e familiares com um abraço, beijo, aperto de mão, já os cães cumprimentam se cheirando.

 

 

Entenda agora a importância dessa comunicação canina.

- Os cães tem o sentido do olfato muito apurado e pelo odor também se comunicam.

- Cada cão possui um cheiro diferente e peculiar e não é só isso, ao se expressarem os cães exalam cheiros específicos.

- Cães dominantes expõe um cheiro diferente o mesmo ocorre com cães com medo, submissos, amistosos.

- Existem 2 locais onde o cheiro é mais forte, na região anal e na região próxima as orelhas.

- Os cães também farejam o prepúcio e a vulva captando odores provenientes da urina e sobre o período de cio nas fêmeas (feromônio).

- No ânus do cão existem glândulas que secretam odores refletindo sobre o seu estado emocional imediato.

- Nesses sacos anais está estampado o cheiro característico daquele cão, como a sua identidade e o que ele deseja naquele momento.

- Machos tendem a farejar primeiro os sacos anais e as fêmeas preferem cheirar a cabeça inicialmente.

 

Por esses motivos, no mundo canino, o cheiro é o primeiro objetivo que um cão busca no outro. Assim sendo, deixe seu cãozinho cheirar a vontade, ele só está sendo muito bem educado com o outro cão como também aprendendo sobre comunicação e socialização!!!

Saiba mais sobre o faro canino, acesse:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=360821964023815&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=3&theater

terça-feira, 2 de abril de 2013

Emoções caninas - PARTE I

 
 
Figura1
 
 
Além da inteligência canina, como foi descrito na postagem anterior as emoções também são foco de estudo.
Seria absurdo afirmar que os cães não possuem sentimento, mas em contra partida temos que tomar cuidado para não antropomorfizar essa relação.
Primeiramente vamos entender o que seria antropomorfizar. Esse termo nada mais é do que atribuir sentimentos e características humanas aos animais. Um exemplo disso são pessoas que afirmam que seus cães são egoístas com brinquedos, ou ainda que o cão se sente culpado ao logo do dia por algum erro cometido.
Os cães reagem a todas essas situações que para nós são denominadas como egoísmo e culpa, porém no mundo canino a definição é completamente diferente. Eles possuem a capacidade de pensar e sentir, entretanto a forma como é analisado e interpretado esse mecanismo sentimental é diferente do humano.
Os cães não são egoístas, eles são territorialista, definem muito bem isso numa matilha equilibrada. Demarcam exatamente o que é seu e isso não difere dos cãezinhos que vivem em nossas casas. Mas por influencias externas, esse cão pode ter desenvolvido uma personalidade possessiva e não permitir que ninguém se aproxime do seu brinquedo. Portanto “humanamente” falando ele pode sim ser egoísta, mas a verdade dos fatos é que esse cãozinho precisa de um adestrador comportamental para mostrar que excesso de territorialíssimo é prejudicial para o convívio social dele.
O mesmo ocorre quando se fala de culpa, quem nunca ouviu ou falou? “Cheguei em casa e meu cão se escondeu, sabia que tinha feito arte”. Seu cão realmente sabe que será repreendido, mas não relaciona a punição com o fato de ter roído o pé da mesa por exemplo. Pelo condicionamento diário representado por meio da linguagem corporal e verbal do humano o cão compreende exatamente o que seu dono deseja fazer e para fugir do castigo se mostra submisso e não culpado. As correções para serem efetivas devem ser feitas imediatamente quando o cão erra, passado algum tempo ele já não liga a punição com o erro cometido.
Esse assunto referente a culpa é muito amplo, portanto farei uma postagem exclusiva para tratar desse assunto em breve!
Existem 2 tipos de emoções. As emoções primárias (afeição, alegria, medo, tristeza, surpresa, nojo e raiva) não precisam ser aprendidas, elas fazem parte do homem e promovem expressões faciais universais e as emoções secundárias (ciúme, culpa, empatia, orgulho, vergonha, pesar, embaraço) que são aprendidas ao logo da vida social, cada pessoa reage de uma forma, podendo até nunca senti-las, são emoções mais complexas, pois precisa que o individuo tenha consciência de si próprio e do outro.
É fato que os cães possuem claramente as emoções primárias, a dúvida seria se os cães evoluíram a tal ponto de desenvolverem emoções secundárias, ou seja, mais complexas. Pesquisas realizadas com várias espécies, incluindo os canídeos, propuseram averiguar qual a capacidade sentimental dos animais. Muitos pesquisadores concluíram que sim, os cães expressam emoções secundárias, por demonstrarem compaixão, gratidão e desapontamento.
Particularmente em meus estudos percebo que com a domesticação os cães ganharam muito mais aptidões nesse sentido. A capacidade que um cão tem de observar a face humana é única e uma das melhores, superando até mesmo os chimpanzés. Por essa ligação tão íntima os cães passaram a aprender como reagir a determinados sentimentos novos que lhes foram apresentados. O cão pode não se reconhecer frente a um espelho, mas as demais demonstrações de superioridade e complexidade sentimental são suficientes para afirmar que ele está em processo de evolução juntamente com as sensações mais ímpares.
Quando digo que o cão não se reconhece frente a um espelho é pelo fato de que as pesquisas sobre a capacidade dos animais terem consciência de si próprios são feitas dessa forma. Avaliaram-se várias espécies de animais diante de um espelho, cada animal com uma mancha na testa e os únicos que notaram que aquela mancha não fazia parte do seu corpo foram os elefantes e os chimpanzés. Detalhe interessante e fundamental é que para um cão a identidade de tudo está no odor, e uma imagem no espelho não tem cheiro, portanto para o cão também não terá grande significado o que ele estará vendo refletido, no máximo ficará curioso no início, pensando ser outro da mesma espécie, mas logo perderá o interesse por não conseguir interagir e identificar aquele cão, já que não tem cheiro algum.
O cão não é um animal incapaz de sentir simplesmente por não se reconhecer se espelho. Existem vários exemplos para ilustrar que os cães sabem quem são e a que matilha pertencem. Vemos nos noticiários casos de cães que defendem seus donos de ataques de pessoas e até de outros cães, isso ocorre pela capacidade que o cão tem de manter suas relações interpessoais. Outro exemplo muito interessante foi de uma pesquisa feita com fotos de pessoas que os cães conheciam. Em uma tela aparecia o rosto de uma pessoa conhecida pelo cão e ele demonstrava por meio de sua linguagem corporal (olhar, respiração, balanço da cauda, dentre outros) que reconheceu aquele rosto, fizeram a mesma pesquisa, porém colocando fotos de cães e a mesma reação esses animais tiveram demonstrando se reconhecerem como espécie. Em contrapartida quando surgia na tela um rosto desconhecido o cão se mostrava alerta ou sem reação.
 
Nessa foto uma breve ilustração de mais pesquisas a respeito das emoções caninas:
Figura2
Outro exemplo de emoção secundária aprendida seria a ansiedade. Hoje em dia o número que cães ansiosos aumentaram drasticamente. A ansiedade nada mais é do que uma mistura de sentimento, como o medo, a insegurança e a precipitação de fatos e esses últimos também são emoções secundárias. Um cão ansioso sente medo de tudo que é novo, se torna inseguro no dia-dia e sempre espera que algo está prestes a acontecer, dessa modo ele extravasa sobre várias formas, tanto destruindo objetos na casa como se auto mutilando, em casos mais graves.
Antigamente não se viam cães ansiosos, cães com transtornos obsessivos, com fobias, com desvios de temperamento. Os cães estão absorvendo pela convivência humana o lado negativo da evolução.
Simplificando e para fechar esse primeiro artigo, os cães são muito objetivos, não perdem tempo floreando sentimentos extras e questionando possibilidades. Eles sentem, simples assim! Basta sabermos interpretar suas expressões na linguagem canina e não na linguagem humana.
Somos espécies diferentes, com linguagens diferentes, mas ambas capazes de sentir. Portanto não humanize seu cãozinho, tente entender o que realmente ele está demonstrando e querendo, assim você conseguirá atender o desejo dele e estabelecer um vinculo muito mais saudável e harmonioso.
 
Emoções caninas – parte II
Os cães demonstram seus sentimentos o tempo todos através da linguagem corporal e esse assunto será nosso próximo artigo sobre sentimentos caninos. Aguardem!

























sexta-feira, 29 de março de 2013

Torção gástrica: saiba o que é e como prevenir

 

Esse assunto é importante tanto para informar os donos dos cães que estão em aula de adestramento como também o público em geral.

 

 

Figura2 (3)

 

A torção gástrica acomete mais as raças de médio e grande porte. Esses cães possuem a cavidade abdominal maior, permitindo que o estômago fique mais solto facilitando sua torção.

O cão que ingerir grande quantidade de alimento de uma só vez e logo após beber muita água pode favorecer a torção gástrica. A ração incha na presença da água provocando o aumento exagerado do estômago e produção de gazes, dificultando ainda mais a digestão.

Qualquer movimento realizado pelo cão durante o processo digestivo pode fazer com que o estômago, dilatado e pesado, se movimente dentro da cavidade abdominal e torça sobre seu próprio eixo.

Quando ocorre a torção gástrica as vias que serviriam para o animal vomitar também ficam obstruídas dilatando ainda mais o estômago. O sangue que chega a todo aparelho digestivo fica congestionado e o coração junto com outros órgãos entram em falência.

 

 

A torção gástrica pode matar o cão em apenas 3 horas e o índice de óbito é muito alto, em torno de 60% dos cães não sobrevivem. Por esse motivo se você perceber algum desses sintomas procure atendimento veterinário imediatamente!

- Inchaço anormal do abdômen
- Dificuldade para respirar
- Salivação excessiva
- Ânsia de vômito sem que o cão consiga vomitar
- Palidez da mucosa (olhos e boca)
- Inquietação seguida de apatia
- Perda de consciência
- Batimento cardíaco acelerado

 

 

Para evitar que a torção gástrica ocorra com seu cão mude alguns hábitos simples.

- Alimente o cão no mínimo 2 vezes ao dia.

- Coloque a porção recomendada pelo fabricante da ração (veja no verso do pacote a quantidade ideal para o seu cão).

- Não deixe água à disposição do cão logo após que ele se alimentar.

- Jamais saia para caminhar com o seu cão depois que ele comer. Espere de 2 a 3 horas depois da refeição para fazer qualquer tipo de exercício.

Aulas de adestramento devem ocorrer fora dos horários de refeição dos cães justamente para prevenir intercorrências como a torção gástrica.

Alimente o cão no mínimo 2 vezes ao dia ou quantas vezes forem necessárias para que ele coma pequenas porções.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Você sabia que o uso errado da focinheira pode causar sérios danos a seu animal?

 

Por isso vamos conhecer qual modelo de focinheira é o mais correto.

Essa dica é fundamental para assegurar a saúde e bem estar do seu cão durante o passeio.

 

Primeiramente é importante entender como funciona o mecanismo de troca de calor corpóreo nos cães.

Nós humanos suamos para manter nossa temperatura corporal em níveis fisiológicos. Assim que a temperatura aumenta nosso corpo produz suor para esfriar a pele e não deixar com que entremos em hipertermia, ou seja, aumento excessivo da temperatura corporal.

Os cães não transpiram como nós humanos e a troca de calor com o ambiente é feito através da boca e da língua, por isso os cães ficam de boca aberta e língua para fora quando estão com calor. Esse processo ocorre para equilibrar a temperatura do corpo, promovendo assim o resfriamento evitando a hipertermia.

 

Ao caminhar com seu cão a temperatura corporal dele irá aumentar pela atividade física e ele ficará com a boca aberta para manter a temperatura dentro dos padrões fisiológicos. Se for colocada uma focinheira errada, ou seja, uma focinheira que fecha por completo a boca do animal você está colocando a vida dele em risco. Como o cão está com a boca amordaçada e não consegue se resfriar ele entra em hipertermia (aumento excessivo da temperatura corporal) podendo perder a consciência por alguns instantes (desmaiar) ou até mesmo ir a óbito se não for socorrido da forma correta.

Caso o cão desmaie a primeira atitude a ser tomada é de retirar a focinheira do cão, colocar panos molhados sobre o corpo dele (é totalmente contra indicado jogar água fria direto no corpo do animal) e ventilar bem até que ele retome a consciência.

A focinheira correta para ser usada no passeio é a que possui formato de cesta. Essa focinheira além de proteger e ventilar o focinho do cachorro permite que o cão fique com a boca aberta.

Existem no mercado pet vários tamanhos de focinheira para diversos comprimentos de focinho. Ela deve ficar bem adaptada e confortável no focinho do seu cão, sem apertar.

Os modelos de focinheira do tipo mordaça, que fecham por completo a boca do cão, são usados somente em procedimentos veterinários.

Por isso, ao virem alguém andando com cachorro usando focinheira errada passem a dica adiante, é uma vida que será salva com uma simples mudança de conduta.

 

 

Figura2

segunda-feira, 25 de março de 2013

Seu filhote morde muito???

 

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Quem nunca teve um filhote e se perguntou: O que faço para ele parar de morder?

Todos os filhotes mordem tanto para brincar quanto para aliviar o incomodo que o nascimento e troca dos dentes provocam na gengiva.

Observando uma ninhada de cães é notório como os filhotes gostam de brincar mordendo e assim eles também irão fazer conosco. Nessa brincadeira de filhote a hierarquia da ninhada já começa a ser estabelecida.

O segundo motivos pelo qual os filhotes mordem tanto é por estarem passando pela fase de nascimento e troca de dentes. Essa fase é passageira, ocorre por volta do 4º mês ao 6º mês de idade do cão. Assim que termina a troca dos dentes o estresse físico também acaba.

De qualquer forma se o filhote não for educado corretamente ele irá aprender que consegue tudo o que deseja mordendo se tornando um adulto mordedor, ou seja, morde tanto para brincar como para exigir o que quer.

Por esses motivos deve-se corrigir o cãozinho da forma correta para que ele não torne um adulto que morde por qualquer motivo.

Segue abaixo como se proceder nesse caso. É fundamental oferecer a seu filhote formas para dele se distrair e se aliviar do incomodo que o nascimento dos dentes provoca.

 

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Dicas de como ajudar o seu pet a passar melhor por essa fase.

 

1- Deixe a disposição de seu filhote brinquedinhos de borracha dura para que ele possa morder e coçar a gengiva sem arrancar pedaços do brinquedo.

2- Faça rodízios de brinquedos. De 2 em 2 dias mude os brinquedos, tirando os que estavam com o cãozinho e dando os que estavam guardados para ele. Assim o filhote sempre ficará interessado pelo brinquedo “novo”.

3- Uma dica valiosa: deixe os brinquedos guardados sempre no mesmo lugar e evite lavá-los para que o cheiro do cão não saia do objeto.

4- Outra opção são brinquedos que ele possa comer, como ossinhos e palitinhos. Eles adoram!

5- Existe no mercado pet uma novidade em artigos para os cães, os brinquedos inteligentes. Alguns desses brinquedos são ocos para serem recheados com petisco. Os cães de qualquer idade adoram e se distraem muito.

6- Como a gengiva do filhote o incomoda muito nessa fase é interessante congelar pedaços de maçã, pera ou cenoura. Assim ele se alivia com o geladinho e degusta a fruta no final.

 

Como corrigir o filhotetumblr_ma9m4szVp31rg1qy4o1_500

 

1- Jamais bata ou esfregue o focinho do seu cão se o pegar fazendo qualquer coisa errada.

2- Nessa fase evite deixar a disposição objetos valiosos ao alcance do filhote.

3- Procure não deixar o filhote sozinho. Supervisionando fica mais fácil de corrigi-lo

4- Filhotes adoram morder sapatos, além de satisfazer a necessidade de morder tem o cheiro do dono, o que deixa o filhote mais atraído pelo utensílio. Dessa forma procure não deixar sapatos no chão até o cãozinho estar devidamente educado.

5- Ao ver o filhote mordendo algo que não pode atraia a atenção dele para outra atividade e retire sem que ele veja o objeto que estava abocanhando.

6- Se perceber que seu filhote prefere morder algo que é impossível tirar do acesso dele, por exemplo, o pé da cadeira, sofá ou mesa, é aconselhável comprar, no pet shop, repelente próprio para cães. Passe o produto onde você não quer que seu cãozinho morda. Detalhe importante, passe o produto sem que o cão veja.

7- Se o seu filhote gosta de morder a sua mão você poderá fazer 2 exercícios com ele que são essenciais para essa fase.

1- Todas as vezes que o filhote te morder você simplesmente irá ignorá-lo e sair de perto dele. Assim, perdendo a sua atenção ele irá entender que não deve brincar dessa forma.

2- Assim que seu filhote te morder você pode afastá-lo usando a sua outra mão. Jamais tire a mão que o filhote estava mordendo de perto dele. Essa atitude é normal das pessoas e só ensina o cão a forma como ele deve fazer para te afastar. O correto é empurrá-lo com a mão contrária a que ele estava mordendo.

8- Por fim, tenha paciência ao educar seu cãozinho. Ele está em processo de adaptação e precisa de tempo para entender o que pode e o que não pode fazer.

 

Labrador filhote

 

Qualquer dificuldade ou dúvida quanto ao comportamento do seu filhote, contate um adestrador comportamental para estar ajudando nessa fase.

ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!

ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!