Sobre o Blog.

Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Compulsão por comida. Como resolver???

 

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Cães que comem muito rápido podem demonstrar algumas características de personalidade como: ansiedade, estresse, competitividade e até mesmo carência afetiva.

Além dessas alterações o cão pode apresentar também distúrbios neurológicos no centro da saciedade, definido como alterações hipotalâmicas. O hipotálamo fica bem no centro do cérebro e além de muitas de suas funções também regula a fome e a saciedade.

 

Figura:

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Por apresentarem a personalidade mais competitiva cães com esse distúrbio alimentar são possessivos com brinquedos e querem atenção e carinho do dono o tempo todo.

Se você considera a carência de seu animal exagerada, fique de olho!

Outro motivo que pode estar levando o seu cãozinho a comer em grande quantidade e muito rapidamente é a Polifagia. Esse distúrbio alimentar é conhecido como fome excessiva juntamente com a ingestão exagerada de alimento, ou seja, é quando o animal come compulsivamente. A polifagia pode ser um sinal revelador do diabetes, do hiperadrenocorticismo e de outras doenças endócrinas (o que deverá ser confirmado por um exame de sangue junto ao veterinário).

Geralmente os cães que desenvolvem qualquer problema comportamental, voltado para a alimentação, convivem com mais animais no mesmo ambiente e necessitam impor sua posição no grupo. Nesse caso o cão precisa competir o tempo todo para ganhar atenção e carinho. É muito difícil um cão onde o dono não possui outro animal de estimação desenvolver esse distúrbio, porém pode acontecer, mas em uma escala bem reduzida.

É importante frisar que qualquer dessas características não condiz com a normalidade de um cão. Mesmo quem convive com vários cachorros pode usufruir de uma ótima relação entre eles, sem competitividade, desde que saiba lidar e reestruturar sua matilha.

Cães com compulsão por comida possuem problemas comportamentais sérios podendo se estender para problemas de saúde como já foi exposto no texto. Por esses motivos o trabalho deve ser multidisciplinar, entre veterinários e adestradores comportamentais, para alcançar um resultado satisfatório.

Para esse comportamento ser amenizado e até mesmo revertido é preciso que o dono modifique algumas atitudes na rotina do animal. Passarei 3 dicas importantes para a melhora do quadro, porém é de suma importância o acompanhamento presencial de um adestrador comportamental nesse caso.

1- Primeiramente devem ser estabelecidos horários para as refeições. O cão com distúrbio alimentar comerá em média de 4 a 5 vezes ao dia, sempre nos mesmos horários. Com o passar do tempo reduz-se para 3 refeições e depois 2 ao dia (cães adultos sem distúrbio alimentar comem 2 vezes ao dia). Conforme a frequência das refeições for diminuindo a porção do alimento aumentará, seguindo sempre a quantidade indicada no verso da embalagem de ração. Após o cão terminar de se saciar o pote de ração deve ser retirado e reposto somente na próxima refeição. Cães com distúrbios alimentares devem comer mais vezes ao dia para evitar que fiquem com muita fome na hora da refeição. Quanto mais fome eles ficarem pior será o comportamento, por isso divida a porção da ração em várias refeições no decorrer dia.

2- Donos que possuem mais de um cachorro, sendo que um deles apresenta esse distúrbio alimentar, não deve colocar toda a ração para o cão comer de uma só vez, conforme ele for comendo vá colocando mais ração no comedouro (respeitando a porção recomendada para a refeição), assim ele come pausadamente e não tem tempo de invadir o pote do outro cão, com o tempo diminua gradualmente até colocar a ração de uma só vez.

3- Outra dica é utilizar comedouros próprios para cães que comem muito rápido, ou colocar comida dentro de brinquedos ocos ou ainda espalhar montes de ração para o cão demorar a comer. Assim ele brinca, exercita e alimenta ao mesmo tempo.

 

Figura:

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Importante frisar que esse é um problema físico e comportamental, portanto procure um médico veterinário e um adestrador comportamental para ajudar efetivamente no caso.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Emoções Caninas – PARTE III




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Finalizando a série de 3 artigos sobre Emoções caninas, hoje iremos falar sobre as linguagens utilizadas pelos cães para se expressarem. Relembrem os artigos anteriores:
Os cães demonstram suas vontades, anseios, desejos e sentimentos através de expressões faciais, verbais e corporais. Porém a forma como o fazem é muito diferente da nossa.
Com as imagens anexadas a seguir ficará mais fácil interpretar todos os sinais que os cães nos dão diariamente.
Compreendendo melhor a linguagem dos cães podemos educá-los de forma correta e coerente.
Expressões faciais de como os cães se demonstram ao serem submetidos a diversos desafios, podem ser vistas claramente na imagem abaixo.
Expressões vocais podem ser vistas no vídeo a seguir, onde o Zootecnista Alexandre Rossi explica um pouco sobre essa diferença nos latidos:
Para avaliar o latido é necessário observar o volume, a tonalidade, a duração, o número e a frequência de repetição. Latidos com intervalos longos de 15 segundos significa que o cão está pedindo algo, com intervalos médios de 3 segundos acompanhados de orelhas para trás o cão está comunicando que algo está acontecendo, por exemplo, se referindo a chegada de uma pessoa estranha. Latidos com intervalos muito curtos associados a rosnados e exposição dos dentes o cão está prestes a atacar. Latidos por medo o cão cola as orelhas na cabeça, mostram os dentes, esboçam um latido tremulo e eriçam o pelo.
Expressões corporais podem ser vistas nas fotos a seguir. Prestem muita atenção sempre em pontos chaves: orelhas, boca, rabo e se o cão desloca seu peso para frente ou para trás. As fotos são auto explicativas.
Agora mãos a obra e tente identificar todos esses sentimentos em seus cães. Com o tempo de prática você conhecerá mais sobre seu animal melhorando consideravelmente a ligação de afeto entre ambos.
Lembre-se que é mais fácil e saudável entender o seu cão e poder corresponder a ele do que torná-lo um humano.

sábado, 13 de abril de 2013

Primeiros passos do filhote em casa

 

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Toda mudança é sempre muito confusa para os filhotes. Eles estavam acostumados com a mãe e os irmãos por perto e também com um ambiente diferente. Por isso os primeiros dias são cruciais para manter o equilíbrio e a harmonia do seu novo cãozinho. Elaborei algumas dicas de como proceder nesse momento inicial com o filhote.

A transição do filhote para a nova casa e para a nova família deve ser tranquila e requer alguns cuidados para que no futuro não cause problemas.

 

 

Dicas preparatórias

1- Separe um cômodo onde seu cãozinho ficará inicialmente. Não é aconselhável ele ficar isolado e sem contato com as pessoas da casa e também não é bom ele ter acesso a casa toda, pois, eventualmente, pode comer algo inapropriado, ou fazer xixi onde não deve, portanto o ambiente precisa ser adequado para que ele tenha contato com as pessoas da família e também que ele possa ficar parcialmente restrito para não errar na educação do xixi.

2- Veja no link como ensinar o xixi e coco para seu cãozinho no local correto. http://adestradoradecaes.blogspot.com.br/2011/01/xixi-e-coco-no-local-correto.html

3- Essa área onde o cão ficará, inicialmente, não pode ter fios elétricos de fácil acesso, tapetes, plantas, objetos cortantes, produtos químicos ou objetos pequenos que ele possa engolir.

4- O treinamento do seu cão inicia imediatamente no momento em que você o pegou.

5- Evite dar bronca no filhote logo nos primeiros contatos, prefira ignorar os erros dele.

6- Pronuncie o nome do cão fazendo carinho e elogiando sempre.

 

 

Dicas iniciais

1- Toda mudança é estressante. Por isso libere um tempo ao filhote para ele se acostumar com o novo ambiente e com a família.

2- Procure ficar calmo e tranquilo, no início os filhotes dão mais trabalho, mas com paciência tudo se resolve.

3- Se o filhote possuía algum paninho com o cheiro da mãe e dos irmãos leve-o junto, pois o cheiro familiar acalma o cãozinho.

4- Diminua ao máximo o estresse do transporte do cão até sua casa. Veja se o ideal é coloca-lo numa caixa de transporte, ou com sinto de segurança próprio para cães de médio e grande porte.

5- Assim que chegar com seu filhote em casa o coloque na área onde ele ficará e permaneça um bom tempo com ele nesse ambiente.

6- Evite contato com muitas pessoas estranhas nos primeiros dias. É importante inicialmente manter uma relação mais forte com as pessoas que irão conviver com o cão. Depois de alguns dias pode iniciar o processo de socialização do cão, apresentando-o para outros animais, pessoas estranhas, crianças, sons, objetos, tudo de forma muito calma e sem causar medo ou susto no filhote. Importante nesse período não expor o filhote a cães não vacinados.

7- Não mude a ração e nem horários de refeição bruscamente. Faça isso gradualmente para evitar que seu filhote tenha alguma disfunção gástrica. Coloque um pouco da nova ração junto com a que ele já estava acostumado e aos poucos vá aumentando a quantidade da nova e diminuindo da antiga.

8- A partir do primeiro dia o cão ficará um tempo com a família e também, por um curto período, sozinho. É importante não colocar o cão para ficar sozinho após uma bronca, jamais fazer isso. Caso o cãozinho chore ao ser confinado não deve liberá-lo imediatamente, pois ele aprenderá que chorando consegue o que quer. Espere ele se acalmar para ir vê-lo. É bom deixar brinquedos e ossinhos (comprados em pet shop) para ele roer e de distrair. Assim o filhote acostuma a ficar sozinho de forma correta e sem estresse.

9- Discipline o que pode e o que não pode fazer. Lembre-se que seu cão irá crescer, portanto se permitir que ele pule em você enquanto é filhote ele fará quando adulto.

10- Após o término da vacinação seu cão poderá sair na rua. Faça passeios diários com ele.

11- Mantenha sempre a mesma rotina para o cão.

12- Qualquer problema comportamental que você não compreenda peça o auxílio de um adestrador comportamental.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Emoções Caninas – PARTE II

 
 
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Dando continuidade ao artigo, Emoções Caninas - parte I (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=364559376983407&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater) iremos falar hoje sobre a fisiologia e anatomia das emoções.
O cérebro dos mamíferos é muito parecido em sua estrutura. O que muda na verdade é o tamanho das áreas respectivas a certas aptidões, mas a forma básica é praticamente a mesma. (Figura: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=366463856792959&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater)
O sistema nervoso central humano evoluiu grandiosamente no decorrer de sua extensão histórica. Os outros mamíferos não tiveram esse pico evolutivo intenso, porém podemos observar claramente como os cães, no decorrer do período de domesticação, evoluíram “sentimentalmente” para adaptar à vida social humana.
No centro do cérebro dos mamíferos existe uma estrutura denominada de sistema límbico. O sistema límbico é composto de áreas cerebrais dentre elas o hipotálamo, as amigdalas e a hipófise que são responsáveis por diversas funções principalmente relacionadas às emoções. Todas as experiências vividas pelo cão ao longo de sua vida ficam armazenadas e codificadas como boas ou ruins nessas estruturas citadas. Automaticamente quando o animal revive essas situações são liberados compostos hormonais que fazem o organismo reagir a determinada experiência, ou seja, a emoção. (Figura: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=366464380126240&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater)
Por exemplo, quando o cão passa por algum trauma e revive essa mesma experiência é liberada em sua corrente sanguínea, a adrenalina e o cortisol que são alguns dos hormônios do estresse, fazendo com que o cão demonstre medo, aumentando a frequência cardíaca e respiratória, dilatando as pupilas, provocando sudorese nas patas e mais uma série de expressões corporais que veremos com mais detalhes na 3ª parte do artigo.
As endorfinas são liberadas na corrente sanguínea quando o cão se encontra relaxado e feliz, esse mesmo processo ocorre no organismo humano produzindo expressões relativas ao bem estar.
O hormônio chamado de ocitocina é conhecido como o hormônio do amor e é liberado em grande escala no organismo da mulher na hora do parto. No mundo canino ocorre da mesma forma, esse hormônio é liberado para a corrente sanguínea da cadela e torna-se notório todo o carinho que ela tem por sua ninhada.
A emoção é, portanto, uma reação fisiológica conjunto com uma resposta comportamental. As emoções geram posturas corporais e mimicas faciais específicas e isso não muda no mundo canino. Observem na imagem (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=366464560126222&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=1&theater) como os cães se mostram fisicamente perante diversos sentimentos. As expressões faciais mudam drasticamente entre uma sensação e outra. Como Darwin diria “Emoções opostas geram posturas opostas passando informações precisas da intenção do animal”.
No cérebro humano essas reações químicas ocorrem da mesma forma a diferença está na interpretação dessas emoções pelo córtex cerebral frontal.
Trocando em miúdos, os cães tem sim sentimentos, a interpretação deles é que deve ser feita de forma diferente da humana. Isso é simples de explicar, basicamente por que somos espécies diferentes e isso gera uma forma única de perceber e sentir. Por exemplo, o sorriso para nós humanos é uma demonstração de afeição e de reconhecimento de alguém, mas no mundo canino mostrar os dentes não é nem um pouco amigável, pelo contrário, é o início de alguma divergência séria ou submissão (dependendo do resto da postura corporal a intenção do cão muda). A mesma representação facial para emoções diferentes em espécies diferentes. Aqui faço uma observação, existem cães que esboçam um “sorriso”. Isso ocorre por aprendizagem de mimetismo, ou seja, os cães que fazem isso simplesmente aprenderam que imitando essa feição humana agradam o dono, seria outro ponto evolutivo.
Nós humanos temos um aparato imenso de codificações de emoções, sentimos inveja, ciúme, medo, frustração, ódio, cobiça e mais milhões de sentimentos misturados. Os cães são diferentes no sentido de reagir e interpretar sobre cada emoção. Por exemplo, quando vemos algum carro de última geração, podemos sentir cobiça, inveja ou simplesmente admirar do veículo. Já os cães não sentem nada disso quando encontram outro cachorro usando uma coleira importada. O dono afirmando que seu cãozinho cheirou a coleira do outro por que gostou da marca está praticando o antropomorfismo citado no início do artigo anterior (Emoções Caninas – parte I). A verdade é que o cão está simplesmente buscando informações sobre o outro animal através do odor impregnado na coleira.
Nós humanos temos a tendência de adicionar sentimentos aos cães que para eles não tem muito sentido. Fazemos a nossa interpretação e podemos nos equivocar muito quanto a isso. Foi feita uma pesquisa que comprova essa afirmação. Em uma sala o pesquisador pedia para o dono colocar um petisco em cima da mesa e dar o comando para o cão não pegar a guloseima, e logo depois o dono deveria sair da sala. O pesquisador retirava a comida assim que o dono saia da sala e dizia a ele que o cão havia pegado o petisco. Quando o dono entrava novamente, já sabendo que o cão tinha “errado”, se mostrava com a fisionomia e postura de repreensão (mesmo que muito sutilmente) e o cão por sua vez se expressava submisso para evitar a bronca e não por se sentir culpado, afinal de contas ele não tinha feito nada de errado. Dando continuidade ao experimento quando o cão comia o petisco e o pesquisador falava para o dono que seu animal tinha se comportado bem, o dono entrava na sala mais relaxado e o cão se mostrava amistoso a ele, mesmo tendo desobedecido a ordem. Assim os pesquisadores puderam verificar o quanto os cães são ligados na nossa linguagem corporal, eles reagem de acordo como nós demonstramos.
Dessa forma para entender como seu cãozinho pensa e sente basta observá-lo mais e nunca esquecer que o cão, sendo espécie diferente da humana, possui necessidades distintas e formas únicas de agir.
Já está mais do que provado que os cães sentem e possuem suas emoções, não menos do que nós, apenas de um jeito diferente.
Para finalizar a série Emoções Caninas a última parte será sobre as expressões da linguagem corporal, todos aprenderão como interpretar o que seu cão está sentindo e desejando.

















sábado, 6 de abril de 2013

Você sabia que os cães precisam se cheirar para se conhecerem?

 

 

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Muitos donos de cães acham feio ou de mau gosto um cão cheirar o traseiro de outro cachorro e até impedem os animais de agirem assim, pois saiba que é fundamental para o bom convívio entre os cães esse tipo de recepção.

Nos humanos cumprimentamos nossos amigos e familiares com um abraço, beijo, aperto de mão, já os cães cumprimentam se cheirando.

 

 

Entenda agora a importância dessa comunicação canina.

- Os cães tem o sentido do olfato muito apurado e pelo odor também se comunicam.

- Cada cão possui um cheiro diferente e peculiar e não é só isso, ao se expressarem os cães exalam cheiros específicos.

- Cães dominantes expõe um cheiro diferente o mesmo ocorre com cães com medo, submissos, amistosos.

- Existem 2 locais onde o cheiro é mais forte, na região anal e na região próxima as orelhas.

- Os cães também farejam o prepúcio e a vulva captando odores provenientes da urina e sobre o período de cio nas fêmeas (feromônio).

- No ânus do cão existem glândulas que secretam odores refletindo sobre o seu estado emocional imediato.

- Nesses sacos anais está estampado o cheiro característico daquele cão, como a sua identidade e o que ele deseja naquele momento.

- Machos tendem a farejar primeiro os sacos anais e as fêmeas preferem cheirar a cabeça inicialmente.

 

Por esses motivos, no mundo canino, o cheiro é o primeiro objetivo que um cão busca no outro. Assim sendo, deixe seu cãozinho cheirar a vontade, ele só está sendo muito bem educado com o outro cão como também aprendendo sobre comunicação e socialização!!!

Saiba mais sobre o faro canino, acesse:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=360821964023815&set=a.359963864109625.1073741828.359954727443872&type=3&theater

terça-feira, 2 de abril de 2013

Emoções caninas - PARTE I

 
 
Figura1
 
 
Além da inteligência canina, como foi descrito na postagem anterior as emoções também são foco de estudo.
Seria absurdo afirmar que os cães não possuem sentimento, mas em contra partida temos que tomar cuidado para não antropomorfizar essa relação.
Primeiramente vamos entender o que seria antropomorfizar. Esse termo nada mais é do que atribuir sentimentos e características humanas aos animais. Um exemplo disso são pessoas que afirmam que seus cães são egoístas com brinquedos, ou ainda que o cão se sente culpado ao logo do dia por algum erro cometido.
Os cães reagem a todas essas situações que para nós são denominadas como egoísmo e culpa, porém no mundo canino a definição é completamente diferente. Eles possuem a capacidade de pensar e sentir, entretanto a forma como é analisado e interpretado esse mecanismo sentimental é diferente do humano.
Os cães não são egoístas, eles são territorialista, definem muito bem isso numa matilha equilibrada. Demarcam exatamente o que é seu e isso não difere dos cãezinhos que vivem em nossas casas. Mas por influencias externas, esse cão pode ter desenvolvido uma personalidade possessiva e não permitir que ninguém se aproxime do seu brinquedo. Portanto “humanamente” falando ele pode sim ser egoísta, mas a verdade dos fatos é que esse cãozinho precisa de um adestrador comportamental para mostrar que excesso de territorialíssimo é prejudicial para o convívio social dele.
O mesmo ocorre quando se fala de culpa, quem nunca ouviu ou falou? “Cheguei em casa e meu cão se escondeu, sabia que tinha feito arte”. Seu cão realmente sabe que será repreendido, mas não relaciona a punição com o fato de ter roído o pé da mesa por exemplo. Pelo condicionamento diário representado por meio da linguagem corporal e verbal do humano o cão compreende exatamente o que seu dono deseja fazer e para fugir do castigo se mostra submisso e não culpado. As correções para serem efetivas devem ser feitas imediatamente quando o cão erra, passado algum tempo ele já não liga a punição com o erro cometido.
Esse assunto referente a culpa é muito amplo, portanto farei uma postagem exclusiva para tratar desse assunto em breve!
Existem 2 tipos de emoções. As emoções primárias (afeição, alegria, medo, tristeza, surpresa, nojo e raiva) não precisam ser aprendidas, elas fazem parte do homem e promovem expressões faciais universais e as emoções secundárias (ciúme, culpa, empatia, orgulho, vergonha, pesar, embaraço) que são aprendidas ao logo da vida social, cada pessoa reage de uma forma, podendo até nunca senti-las, são emoções mais complexas, pois precisa que o individuo tenha consciência de si próprio e do outro.
É fato que os cães possuem claramente as emoções primárias, a dúvida seria se os cães evoluíram a tal ponto de desenvolverem emoções secundárias, ou seja, mais complexas. Pesquisas realizadas com várias espécies, incluindo os canídeos, propuseram averiguar qual a capacidade sentimental dos animais. Muitos pesquisadores concluíram que sim, os cães expressam emoções secundárias, por demonstrarem compaixão, gratidão e desapontamento.
Particularmente em meus estudos percebo que com a domesticação os cães ganharam muito mais aptidões nesse sentido. A capacidade que um cão tem de observar a face humana é única e uma das melhores, superando até mesmo os chimpanzés. Por essa ligação tão íntima os cães passaram a aprender como reagir a determinados sentimentos novos que lhes foram apresentados. O cão pode não se reconhecer frente a um espelho, mas as demais demonstrações de superioridade e complexidade sentimental são suficientes para afirmar que ele está em processo de evolução juntamente com as sensações mais ímpares.
Quando digo que o cão não se reconhece frente a um espelho é pelo fato de que as pesquisas sobre a capacidade dos animais terem consciência de si próprios são feitas dessa forma. Avaliaram-se várias espécies de animais diante de um espelho, cada animal com uma mancha na testa e os únicos que notaram que aquela mancha não fazia parte do seu corpo foram os elefantes e os chimpanzés. Detalhe interessante e fundamental é que para um cão a identidade de tudo está no odor, e uma imagem no espelho não tem cheiro, portanto para o cão também não terá grande significado o que ele estará vendo refletido, no máximo ficará curioso no início, pensando ser outro da mesma espécie, mas logo perderá o interesse por não conseguir interagir e identificar aquele cão, já que não tem cheiro algum.
O cão não é um animal incapaz de sentir simplesmente por não se reconhecer se espelho. Existem vários exemplos para ilustrar que os cães sabem quem são e a que matilha pertencem. Vemos nos noticiários casos de cães que defendem seus donos de ataques de pessoas e até de outros cães, isso ocorre pela capacidade que o cão tem de manter suas relações interpessoais. Outro exemplo muito interessante foi de uma pesquisa feita com fotos de pessoas que os cães conheciam. Em uma tela aparecia o rosto de uma pessoa conhecida pelo cão e ele demonstrava por meio de sua linguagem corporal (olhar, respiração, balanço da cauda, dentre outros) que reconheceu aquele rosto, fizeram a mesma pesquisa, porém colocando fotos de cães e a mesma reação esses animais tiveram demonstrando se reconhecerem como espécie. Em contrapartida quando surgia na tela um rosto desconhecido o cão se mostrava alerta ou sem reação.
 
Nessa foto uma breve ilustração de mais pesquisas a respeito das emoções caninas:
Figura2
Outro exemplo de emoção secundária aprendida seria a ansiedade. Hoje em dia o número que cães ansiosos aumentaram drasticamente. A ansiedade nada mais é do que uma mistura de sentimento, como o medo, a insegurança e a precipitação de fatos e esses últimos também são emoções secundárias. Um cão ansioso sente medo de tudo que é novo, se torna inseguro no dia-dia e sempre espera que algo está prestes a acontecer, dessa modo ele extravasa sobre várias formas, tanto destruindo objetos na casa como se auto mutilando, em casos mais graves.
Antigamente não se viam cães ansiosos, cães com transtornos obsessivos, com fobias, com desvios de temperamento. Os cães estão absorvendo pela convivência humana o lado negativo da evolução.
Simplificando e para fechar esse primeiro artigo, os cães são muito objetivos, não perdem tempo floreando sentimentos extras e questionando possibilidades. Eles sentem, simples assim! Basta sabermos interpretar suas expressões na linguagem canina e não na linguagem humana.
Somos espécies diferentes, com linguagens diferentes, mas ambas capazes de sentir. Portanto não humanize seu cãozinho, tente entender o que realmente ele está demonstrando e querendo, assim você conseguirá atender o desejo dele e estabelecer um vinculo muito mais saudável e harmonioso.
 
Emoções caninas – parte II
Os cães demonstram seus sentimentos o tempo todos através da linguagem corporal e esse assunto será nosso próximo artigo sobre sentimentos caninos. Aguardem!

























ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!

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