Sobre o Blog.

Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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sexta-feira, 19 de julho de 2013

SEU CÃO TE LEVA PARA PASSEAR?

 

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Seu cão fica muito agitado quando vocês saem para passear? Ele se excita excessivamente apenas pelo fato de você falar a palavra mágica; “vamos passear??” ? Ele fica todo eufórico quando te vê trocando de roupa e pegando a coleira? E quando saem pela rua, ele pula, puxa, late de tanta “alegria”?

Se você respondeu SIM para a maioria das perguntas, não se desespere, grande parte dos donos passam por isso também.

Primeiramente vamos entender os motivos que levam o cão a agir dessa forma.

Todo bom cachorro adora passear é nato deles esse interesse pela rua, pois podem cheirar odores diferentes, explorar ambientes novos, observar outras criaturas, o passeio para um cachorro é repleto de informações e aprendizado. Juntando a vontade acumulada de sentir todo esse prazer com a ansiedade em sair logo de casa o seu cãozinho está prestes a explodir de tanta emoção.

Quando as caminhadas passam a fazer parte da rotina do animal esse comportamento tende a diminuir e desaparecer, porém, existem cães que mesmo saindo todos os dias ainda ficam ansiosos, essa situação é o que chamamos de comportamento aprendido, o cão simplesmente aprendeu que ele precisa ficar nesse estado emocional para ganhar a recompensa, que seria passear!

 

Tudo está ficando mais claro na sua cabeça certo?

 

Veja bem essa situação e avalie se por acaso é familiar: Você pega a coleira, seu cachorro te olha e levanta do sofá com as orelhas em pé e rabo abanando, você se aproxima para colocar a coleira nele, seu cão abana o rabo mais forte ainda, sai correndo e latindo pela casa, depois de alguns minutos, muitos minutos por sinal, você consegue com dificuldade, colocar a coleira nele, então, ambos vão em direção a porta, seu cão em êxtase de alegria, aos pulos e latidos é o primeiro a sair para a rua, como uma bala, ou melhor, como se ele fosse te levar para passear, o que não é mentira, convenhamos, e assim segue o passeio, cansativo e totalmente errado. Conclusão: seu cão foi recompensado com a diversão de sair para passear por estar eufórico e ansioso.

 

Identificou com o caso não é verdade???

 

Bom, então vamos às dicas?

1- Reserve um tempo maior para educar o seu cão.

2- Não faça o exercício correndo e sem paciência, a sua calma e tranquilidade ajudam nesse processo.

3- Verifique se a coleira que está usando para o seu cão é a indicada para o porte dele.

4- Prepare-se para sair com seu cão, faça todo o processo de costume, trocando de roupa, calçando tênis, fazendo o mesmo ritual de sempre.

5- Notando qualquer alteração no cão, não fale, não toque e não olhe para ele, simplesmente mude para outra atividade, por exemplo; vá fazer algo na cozinha, no quarto, ou ver TV.

6- Assim que o cão tranquilizar pegue a coleira novamente e ignore qualquer artimanha do cachorro. Mantenha a calma, e espere ele se acalmar também.

7- Eu sei que já se passaram alguns minutos, por isso lembre-se da etapa 1- Reserve um tempo para educar o seu cão, essa demora no início é normal. A cada dia de exercício esse tempo gasto ficará mais curto e o cão entenderá o que você quer.

8- Coloque com tranquilidade a coleira no cão e se nesse momento ele se agitar novamente, espere mais um pouco.

9- Pense que é um exercício de paciência para você mesmo.

10- Após colocar a coleira no cão vão em direção à porta e só abra quando o cão estiver se acomodado.

11- Saia com o cão e não permita que ele puxe a guia, inicie a caminhada com passadas mais rápidas.

12- Se mesmo assim o cão estiver puxando muito, pare, espere ele se acalmar e continue a caminhar.

13- Ao voltar para casa só abra a porta se o cão estiver calmo.

14- Procure não falar muito com ele durante o exercício, faça mais expressões corporais e faciais.

15- Repita esse procedimento todos os dias.... Siiiiiim todos os dias, dessa forma o seu cãozinho vai aprender e entender o exercício. Caso você execute esse treino hoje e volte a repeti-lo daqui 15 dias, o seu cão não conseguirá memorizar o aprendizado. Portanto esteja disposto a ensiná-lo.

Com as sequencias de repetições o seu cão tende a associar o comportamento calmo com a consequência de sair de casa para passear e passará a repetir mais esse desempenho.

Lembrando que a presença de um adestrador é fundamental para auxiliar em casos mais complicados.

 

Mais dicas de passeio acesse:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=365494440223234&set=a.379769868795691.1073741833.359954727443872&type=3&theater

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quando devo separar um filhote da sua mãe?

 

 

“Eu quero um filhotinho desmamado e novinho!” É normal escutar essa frase.
Levar um filhote para sua casa é uma das etapas mais importantes na educação e socialização do cãozinho. Essa mudança vai ditar muito sobre como será o seu cão no futuro e qualquer erro pode ser crucial.

 

POSTAGEMÉ habitual os filhotes serem separados da mãe por volta dos 40 dias de idade, ou até menos, assim que ocorre o desmame. O perigo está em achar essa prática normal.

Vamos entender o que ocorre com um filhote ao ser separado precocemente da sua família original.

Existe no mundo animal e no nosso também (para lembrarmos de que também somos animais) um processo denominado imprinting. Para cada espécie o tempo de imprinting é diferente para se estabelecer. Essa fase nada mais é do que a “estampagem” do ser em questão, ou seja, o tempo que o filhote demora para aprender que ele é um cão e como deve se comportar e agir.

O austríaco Konrad Lorenz, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina em 1973, foi quem descobriu e estudou sobre o imprinting. Pesquisando sobre gansos ele revelou que o imprinting ocorria em um período muito curto, no início da vida das aves, chamado de período crítico ou período sensível.

No mundo canino é nessa época que se consolida o entendimento sobre a hierarquia e principalmente sobre a comunicação com outros cães. O filhote aprenderá sobre aspectos sociais e psicológicos da sua espécie e isso só é possível com a sua matilha original.

Retirar o filhote muito cedo do convívio com sua família canina certamente afetará a oportunidade dele se desenvolver socialmente, pois o aprendizado da linguagem para comunicar com outros cães e a habilidade em posicionar na hierarquia do grupo ficará em níveis deficitários e como consequência disso esse animal terá grandes dificuldades de se socializar e estabelecer dentro de um grupo. 

Nesse início de vida, o cãozinho precisa de intenso contato com a mãe e irmãos, para dar inicio a formação da sua “personalidade”. É nesse período que o filhote tem a primeira oportunidade de aprendizado (a mais importante), que acontece na idade tenra do animal. No caso dos cães o período sensível ou crítico é relativamente curto, indo do 1º ao 4º mês de idade. Existem pesquisas que afirmam sobre um tempo mais extenso, porém, o que se tem hoje de concreto, são 4 meses de imprinting.

O aprendizado começa por meio de correções vindas da mãe e dos mais velhos. Essas habilidades adquiridas são importantíssimas para a convivência deste filhote na sua futura “matilha humana”. O filhote, já está com todo seu sistema nervoso formado e dará início ao primeiro conhecimento efetivo e funcional, o de como ser um cachorro. Pelas retificações dadas pela mãe e oportunidades de erros e acertos com os irmãos esse filhote estará evoluindo grandiosamente na escala de experiências essenciais para se tornar um adulto equilibrado.

Pronto para um imprinting bem conduzido? É fácil e simples, deixe o filhote ficar com a mãe e os irmãos até o 3º mês de idade. Agora, se durante o período de imprinting, o cãozinho for colocado somente na companhia de humanos e, além disso, ficar isolado do contato social com outros animais, ele reconhecerá somente as pessoas ao seu redor como sendo seu “semelhante”. Um filhote com essa janela de aprendizado fechada poderá ser agressivo com outros cães e com pessoas estranhas, além da apresentar dificuldades para aprender.

Portanto o ideal é sempre esperar um pouco mais antes de levar o filhote para casa e não esperar somente o final do desmame. Dessa forma o cão será maduro para superar a separação e irá interagir de forma coerente com todos, pois de certa forma já foi educado pela natureza.

Embora alguns dos efeitos do imprinting, mal conduzido, possam ser revertidos, leva tempo e muito trabalho. Um cão que não aprendeu habilidades sociais em idade precoce pode até ser socializado, mas isso requer muita paciência, esforço e técnica correta e mesmo assim não ser 100% reestabelecido.

Nós humanos temos muita dificuldade em educar e corrigir de forma correta um cão, afinal de contas somos espécies diferentes com linguagens diferentes, por isso deixe a natureza fazer a parte dela e não separe um filhote de sua mãe e irmãos precocemente.

 

A natureza agradece!

terça-feira, 2 de julho de 2013

CACHORRO MIMADO!!!

 

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Mimar o cachorro pode ser bom para você, mas não é para ele.

O cachorro é mesmo o melhor amigo do homem, porém algumas pessoas exageram nos mimos. Demonstrar carinho, afeto, amor, é importante e necessário para o relacionamento entre as duas espécies, agora, quando esse carinho extrapola as necessidades caninas e passa a suprir apenas as carências humanas o problema está instalado. O excesso faz mal ao cachorro, assim como faz mal a qualquer um.

Observo no meu dia-dia que a origem de muitos comportamentos “anormais” dos cães refletem a educação que estão recebendo dentro de casa. Os donos não fazem por mal, pelo contrário, a intenção deles é de fazer sempre o melhor para o seu cão, mas acabam pecando pelo excesso. Vejam esse caso que trabalhei:

Atendi um cão da raça Poodle de 2 anos, na época que morava em BH. A queixa do proprietário era que o cão não o obedecia na rua. Vendo por este lado é comum, muitos dos cães não obedecem seus donos na rua, porém quando avaliei o cãozinho percebi uma série de extravagancias vinda de seu tutor.

O cão de 2 anos, nunca tinha saído na rua antes, a não ser dentro do carro, “a rua é suja e o cão pode se contaminar”, afirmava o dono. O cão sequer pisava no chão sem ser com uso de sapatinhos, até mesmo dentro de casa.

O cão possuía milhares de roupas, coleiras, mordomias e mimos, mas não teve o principal que precisa para ser saudável e equilibrado. Não foi socializado, apresentava desvio de comportamento, estava com a saúde frágil e imunidade baixa, por não ter tido contato com o solo expunha dificuldades em se locomover, as almofadas das patas eram extremamente finas e continha muita dermatite entre os dedos.

Foi um trabalho delicado, junto com a veterinária na época, pois até engrossar as almofadas das patas e curar as dermatites levou tempo.

A agressividade do cão e desobediência foram trabalhadas de modo que o dono aprendeu a lidar com o cão de forma eficaz e natural. Passado 5 meses de reabilitação o cão ficou excelente e caminhando na rua perfeitamente. Lembro que o dono do Poodle até se emocionou por descobrir como é bom ter um cão, e não um cão fantasiado de gente.

É apenas um exemplo para ilustrar até onde pode chegar os excessos de mimos, que fique claro, estou debatendo sobre excessos, e não cuidados básicos, como veterinário, banhos, ração de boa qualidade, adestramento e até mesmo roupinha para inverno (esse último para algumas raças)...! Como diferenciar então, “excessos” de “cuidados” ? Muito simples! O excesso limita a vida do cão, não supre suas necessidades natas, afeta seu comportamento e saúde, o excesso satisfaz o dono e não o animal e os cuidados só favorecem o bichinho, promovem uma vida satisfatória e natural, assim como deve ser.

A causa principal das travessuras dos cães é a abordagem equivocada de seus donos, que os criam como se fossem gente. A forma de corrigir um cão e de se fazer entender é completamente diferente se comparado a uma criança. Mas muitos insistem em tratar o cachorro como um bebê. A partir daí o animal torna o centro das atenções, passa a não admitir a hipótese de ser contrariado, ou corrigido. Como resultado, algumas pessoas não conseguem ao menos acariciar mais os seus próprios cães.

Esse tratamento traz como possíveis consequências a ansiedade, o estresse, alterações comportamentais, fragilidade imunológica e alguns distúrbios específicos, podendo evoluir para o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Os cães mimados não sabem lidar com frustrações e com perdas, se tornam agressivos, intolerantes e com questões complicadas de serem resolvidas. Mas acreditem, mudando a postura do dono, o cão acompanha e melhora o comportamento na maioria das vezes.

O mais difícil nesse trabalho é mostrar ao ser humano que o cão precisa ser tratado como cão (nessa hora muitos donos já rebateram: “Que absurdo falar que um cão deve ser tratado como um cão”!). Mas, sem trocadilhos, é a pura verdade, um cachorro possui necessidade como cachorro e não como gente. O cão quer se esfregar na grama, quer cheirar o xixi de outro cachorro, cheirar o traseiro de outro cachorro, quer correr, pisar na terra, fuçar algum canto, enfim...quer ser cão. E cá pra nós não tem coisa melhor do que isso!!!

Portanto, deixe seu cãozinho viver como é da natureza dele.

Se você conhece ou tem um cãozinho mimado, calma, não precisa apavorar! Tanto na parte física como psicológica existem métodos específicos para corrigir os maus hábitos, do cão e do dono também, assim as duas partes, humana e canina sempre saem ganhando.

ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!

ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!