Sobre o Blog.

Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Final de ano chegou...e agora????

 
Quem tem cachorro em casa sabe do que estou falando. Final de ano pode simbolizar festa e divertimento para muitos, mas para algumas pessoas que possuem cães com fobia de fogos de artificio não é um período tão festivo assim.
Primeiramente é importante informar que tanto cães como os gatos escutam muito mais do que nós humanos, portanto o som estrondoso dos fogos afetam seus ouvidos de forma considerável.
 
 
Alguns sinais do medo excessivo:
1. Hipersalivação = babar
2. Falta de apetite
3. Aumento da frequência cardíaca e respiratória = respiração ofegante
4. Fuga = procura se esconder
5. Tremores
6. Vômito
7. Diarreia
8. Agressividade
9. Pupilas dilatadas
10. Corpo rígido e tenso
Esses são somente alguns sinais, se o seu cãozinho apresenta pelo menos 4 desses itens perante uma situação temerosa seria interessante buscar ajuda de um especialista comportamental.
 
 
Algumas dicas para ajudar seu pet.
1. Feche bem as portas e janelas para seu animalzinho não fugir.
2. Forneça alimentos leves e em quantidade reduzida. O medo pode prejudicar a digestão do animal.
3. Prepare um espaço na casa onde ele possa ficar e se sentir seguro. De preferencia um local que ele já conheça e goste. Cães são animais de toca, quando encontram algum abrigo aconchegante se sentem mais tranquilos.
4. Pode deixar nesse local um som ambiente (volume baixo) a luz pode ficar acesa, ou meia luz se preferir.
5. Próximo a caminha do cãozinho coloque uma blusa com o cheiro do dono e brinquedos.
6. Faça carinho no seu cão e converse com ele. Porém tome cuidado para não acariciá-lo quando estiver com medo, essa atitude só reforçará ainda mais a fobia do cão. O ideal é ficar sentado com ele por algum tempo, pode tocá-lo passando segurança ao seu pet, mas nunca fale com voz muito aguda (como se fala com bebê) e nem o acaricie de mais (não pegue no colo), pois isso reflete a ele que você também está com medo.
7. Antes que o seu cão entre no estágio de medo extremo procure distraí-lo. Utilize de brincadeiras e petiscos (pedaços pequenos). O ideal é você mostrar ao cão que esse momento é bom e recompensador.
8. Jamais deixe seu cão preso à coleira. Principalmente se ele sofre de fobia. Existem casos de parada cardíaca e morte por medo e falta de um esconderijo, por isso a importância do item 2.
9. Tratamentos com florais, acupuntura, homeopatia surtem muito efeito em grande parte dos casos.
10. Existe no mercado um colete “calmante” para vestir no seu pet. Alguns clientes tiveram bons resultados, já outros não tiveram resposta significativa. Isso varia muito entre os cães.
11. Uma boa caminhada, horas antes das festas, ajuda muito. Durante o passeio são liberadas substâncias pelo cérebro responsáveis pelo bem estar e prazer promovendo um relaxamento de todo o organismo do cão, diminuindo seu nível de atividade e melhorando o tratamento.
12. É importante trabalhar a reabilitação comportamental durante todo o ano e não somente nos períodos festivos.
Lembrando que os cães observam muito seus donos, por isso mantenha sempre a calma passando segurança ao seu amiguinho, com uma postura tranquila e pensamento sereno.
Seguindo as dicas acima seu pet vai poder curtir o natal e ano novo muito mais feliz!
 
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

COPROFAGIA

 
O que é, por qual motivo ele ocorre e como tratá-lo.
 
Coprofagia nada mais é do que o cão adquirir o hábito de comer fezes.
Vários donos sofrem com esse comportamento, um tanto estranho, mas que em alguns casos é muito natural. Por exemplo, uma cadela que dá a luz come as fezes de seus filhotes para higienizá-los e deixa o ambiente limpo. Porém quando o cão é adulto e apresenta esse comportamento algo errado está acontecendo e contribuindo para tal.
A avaliação do cão é fundamental para descobrir o motivo da coprofagia.
É interessante verificar em quais momentos o cão se comporta dessa forma, se é quando está sozinho, na frente dos proprietários ou em ambas as situações.
A frequência do comportamento também deve ser analisada com critério.
Observar se o cão tem preferência por ingerir somente as próprias fezes ou a de outros cães da casa.
Importante também verificar o uso de medicamentos, especialmente aqueles que podem ter efeito sobre o apetite canino.
 
Seguem algumas prováveis causas físicas.
1. Distúrbios gastrointestinais como deficiência na absorção dos nutrientes pelo organismo do cão podem levar à coprofagia. A má absorção gera fezes com alta quantidade de ingredientes não digeridos, o que as torna palatáveis aos cães.
2. Cães com verminoses podem sofrer de deficiência nutricional, que leva à possibilidade de ingestão das fezes como fator compensador.
3. A subalimentação, ou seja, uma alimentação pobre em nutrientes necessários para a perfeita saúde do cão, também é uma hipótese para surgimento da coprofagia.
Considerando que as causas da coprofagia podem ser orgânicas é importante que sejam feitos exames físicos e clínicos.
Descartadas as hipóteses de distúrbios patológicos ou nutricionais a coprofagia será diagnosticada como problema comportamental. Enumerei abaixo várias possibilidades para o surgimento da coprofagia para esse caso.
1. Cães que vivem confinados em áreas pequenas, onde os espaços para alimentação descanso e banheiro estão muito próximos.
2. Cães que ficam muito sozinhos e sem atenção podem desenvolver esse hábito para aliviar o estresse.
3. Cães podem comer as próprias fezes (ou de outros animais) para chamar a atenção do proprietário.
4. O cão pode estar brincando com as próprias fezes. Cães que não tem acesso a distrações mentais e possuem um baixo nível de atividade física, tendem a procurar outras ocupações.
5. A piora do quadro muitas vezes pode ser observada quando os proprietários preocupam-se em demasia com o recolhimento das fezes. Desta forma, do ponto de vista do cão, as fezes acabam sendo vistas como algo muito valorizado pelo dono, ou seja, um objeto que vale a pena ser “mexido”.
6. Cães que levaram muita bronca, quando erravam o lugar de fazerem suas necessidades podem com o intuito de esconder as fezes, comê-las, para não serem repreendidos.
7. Cães muito ansiosos ou compulsivos podem apresentar comportamento coprofágico.
 
Como ajudar seu cãozinho.
1. Primeiramente, o cão deve ser ensinado a fazer as necessidades num local determinado, que será seu “banheiro”.
2. Estes treinos devem ser feitos com a utilização de recompensas valorizadas pelo cão, que rapidamente aprenderá o local onde deve se aliviar e que fazer as necessidades tem uma consequência imediata e prazerosa.
3. Neste momento, sem que o cão perceba, jogar algo amargo e não tóxico nas fezes (produtos encontrado em Pet Shop), assim as fezes deixam de ser atrativas. Pode deixar o cão cheirar as fezes e a urina. Assim que o cão evitar as fezes irá receber o petisco, ou carinho.
4. Após estes procedimentos recolhem-se as fezes e urina calmamente preferencialmente longe da visão do cão (chame-o calmamente para outro cômodo da casa), assim esta atitude, de recolher as fezes, não será vista como uma competição com o dono.
5. Manter o “banheiro” longe do local de descanso e dos potes de alimentação, preferencialmente em lados opostos.
6. O enriquecimento do ambiente com objetos e brinquedos que mantenham o cão ocupado também auxilia na estimulação mental para que tenha menor probabilidade de se interessar pelas fezes.
7. Atividade física regular auxilia muito no tratamento, já que o cão terá um gasto de energia maior com outra atividade, ficando cansado e relaxado, lembrando sempre de respeitar os limites físicos do animal.
8. Além disso, existem alguns medicamentos (coprovet) que podem ser prescritos pelo veterinário, que tornam as fezes amargas, sendo um coadjuvante no tratamento. Administração de Probiótico também ajuda muito a absorver melhor os nutrientes da ração.
9. Não se deve dar bronca no cão quando este defecar em locais que não sejam seu “banheiro”, para que este não passe a associar o ato de defecar com uma consequência ruim, o que pode levá-lo a não querer fazer na frente dos donos e a comer as fezes para esconde-las, aumentando mais a ansiedade do animal.
10. Por fim, separe horários para as refeições. No máximo 3 vezes ao dia. Assim o cão comerá uma quantidade maior de ração em espaço de tempo maior, diminuindo a frequência de fezes. Um detalhe importante marque o tempo entre a refeição e a evacuação do animal, assim você já pode ficar atento para corrigi-lo.
 
De qualquer forma, o comportamento coprofágico deve ser encarado como algo possível de solução, mas que demanda bastante empenho e paciência para tanto.





































terça-feira, 30 de outubro de 2012

MEU CÃO SABE QUE FEZ ARTE!

 

 

             

                      A antropomorfização é o fenômeno que nos leva a caracterizar sentimentos humanos nos comportamento dos nossos cães.

             cãozinho 2 Muitas pessoas veem no comportamento dos seus animais uma culpabilidade pelas suas ações erradas. Essa forma de se comunicar com o cão é extremamente prejudicial a ele.

 

Vou dar um exemplo clássico:

Normalmente as pessoas adquirem seus cães dando muita atenção nos primeiros dias e quando a rotina de trabalho volta ao normal o cão é deixado sozinho. 

Essa mudança deixa o animal confuso podendo ser traumática para ele que não entende porque está só.

Durante esse tempo, o cachorro vai tentar encontrar algo para se distrair, e normalmente investiga o ambiente que o rodeia através da boca e dos dentes, roendo e explorando.

Durante o dia, também terá necessidades fisiológicas e escolherá locais de maior absorção, como o seu tapete mais caro para fazer xixi!!!

Quando o dono finalmente chega a casa, o cachorro corre para recebê-lo, feliz, por reaver sua família. O dono, por sua vez observa o espetáculo medonho que o espera; tapetes com xixi, fezes por todo o lado, móveis roídos, lixo revirado. O dono, imediatamente, começa o escândalo de gritos e castigos ao cachorro e resolve fechá-lo em um cômodo sozinho (isso por que o cão já passou horas sozinho) acreditando que castigou o animal pelos erros cometidos durante sua ausência.

No dia seguinte o mesmo ritual se repete. O cão é deixado só, volta a ter os mesmos comportamentos e o dono volta a enlouquecer quando chega em casa, punindo novamente o cão pelo seu “mau comportamento”.

Ao terceiro dia deste ciclo horrível, quando o dono retorna para casa, a primeira coisa que vê é o cão cabisbaixo. Muitos se escondem debaixo de mesas ou sofás, outros oferecem a barriga ao dono, outros urinam. Estes comportamentos são imediatamente interpretados como culpa pelo dono.

 

Quem nunca falou ou escutou essas expressões:

“Meu cachorro já sabe que fez coisa errada”, “Ele tem que saber, senão porque é que viria com aquele ar de culpa, quando entro em casa?” ou “Meu cão esconde debaixo da mesa depois que faz arte.”.

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Simplesmente o que seu cão está tentando fazer são sinais de apaziguamento, ou seja, o seu cão aprendeu que após você se ausentar por um longo período ao chegar em casa irá castigá-lo.

Os sinais de apaziguamento englobam comportamentos como: urinar, virar a barriga para o ar, lamber os lábios, caminhar com o corpo rente ao chão, virar a cabeça, baixar a cabeça, esconder-se e colocar o rabo entre as pernas, esses são sinais que os cães enviam para comunicar calma e evitar confrontos.

Esses sinais não significam, de modo nenhum, que o cãozinho sabe que fez alguma arte e, aliás, o pobre cão não fez nada de mal, ele apenas se comportou como um cachorro, ele precisou fazer suas necessidades fisiológicas e fez, porque ninguém estava em casa para levá-lo à rua, ou lhe indicar o local adequado. Ele roeu os sapatos novos, porque foram deixados no chão, tem o odor do dono, e o cachorro gosta de roer para passar o tempo ocioso (tal como nós gostamos de ver TV para passar o tempo), por isso é importante brinquedos para ele se distrair.

Se o cão soubesse que está sendo repreendido pelas bagunças que fez, bastaria ser corrigido uma única vez para aprender a não repetir a façanha, de forma a evitar novos castigos no futuro, correto???????????

Tudo o que você faz ao seu cachorro se o castigar quando chegar em casa, por algo que ele fez há algumas horas atrás, é ensiná-lo que você é imprevisível, e que pode puní-lo incondicionalmente, sem motivo aparente. O cão perde a confiança no dono, fica com medo e acuado.

Os cães detestam brigas, poupe o seu companheiro dessas situações, que não são em nada benéficas.

Foque-se em ensinar a seu cão o que ele pode fazer. Lembre-se de que a memória canina é diferente da nossa, o cão precisa ser corrigido ou elogiado assim que realiza uma tarefa, passado esse tempo ele já não relaciona mais o motivo do agrado ou da bronca ao ato cometido.

Quando o cãozinho estiver só, restrinja os locais a que ele tem acesso em casa. Se o cachorro não tiver acesso ao sofá não vai roê-lo, se os sapatos não forem deixados no chão não serão destruídos e separe um local com jornal ou tapete higiênico para que ele faça suas necessidades fisiológicas. 

Retire os tapetes do chão, ou outros tipos de objetos, que possam ser alvos dos dentinhos do seu cachorro. Deixe vários brinquedos recheados de ração para ele se ocupar e poder roer a vontade. Assim que ele aprender o que pode e o que não pode poderá ficar livre em casa na sua ausência.

Prepare tudo para que o seu cachorro tenha excelentes oportunidades de fazer aquilo que você quer.

Acima de tudo, chegue em casa e ofereça um bom tempo de atenção e carinho para seu cão. Ele passou um dia inteiro à sua espera, e o que mais quer é estar contigo e partilhar a alegria de lhe ter como dono.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cão novo na família….e agora???

As pessoas ficam perdidas quando adquirem um novo cãozinho e já possuem outro em casa. Elaborei um passo a passo bem simples, mas de muita utilidade, para que haja harmonia na matilha. Lembrando que a castração ajuda muito nesse aspecto comportamental nos períodos de cio.

 

 

Passo I

Apresentação:

1- Num primeiro momento se preferir deixá-los separados; ou porque o cão novo é muito filhote, ou porque o mais velho já tem um histórico de agressividade é importante apresentar o cheiro inicialmente – afinal de contas é o mais interessante para os cães. Coloque na caminha do mais velho um paninho com o cheiro do mais novo. Assim o cão vai acostumando com aquele novo cheiro e ao conhecer o novo amigo vai se familiarizar mais rápido.

2- É ideal que a apresentação seja feita em ambiente neutro – na rua – por exemplo. Nesse caso precisa-se de uma outra pessoa para ajudar. Saia para passear com o cão mais velho e em determinado ponto, já combinado, encontre com o cão mais novo. Deixe que se cheirem (jamais coloque um cão para conhecer outro frente a frente, apresente o traseiro do cão mais novo para o mais velho, assim é uma forma de aliviar o estresse inicial) e voltem caminhando juntos para casa.

3- Quem entra primeiro em casa é o cão veterano e logo em seguida o novato.

OBS: Esse primeiro estágio é importantíssimo para ficar fixado na cabecinha deles o sentimento de matilha e agregação de um novo membro.

4- Permita que os cães se cheirem e se conheçam mais intimamente. Se o mais velho rosnar para o mais novo, deixe! Não interfira! É dessa forma que eles se comunicam e que o cão mais antigo mostra sua dominância e seu território. É importantíssimo esse tipo de comportamento. Observe como cada um se comporta e muito importante, mantenha sua energia calma.

OBS.: A maioria das pessoas não permitem que o cão mais velho corrija o mais novo, superprotegendo o recém-chegado, mimando-o e dando a ele mais atenção. Isso é um erro fatal. É preciso deixar eles se entenderem para o bando ficar equilibrado. Quando se tem mais de um cachorro o ideal é fazer esse exercício com o mais dominante primeiro e ir pegando um por um na apresentação até deixar todos juntos. Sem estresse e com muita calma. Se caso sentir muito receio procure um profissional para ajudar nesse primeiro contato.

 

 

Passo II

Exercício da comida:

1- Separe os potes com ração e deixe sobre uma bancada, ou cadeira por exemplo. Segure o pote do cão mais velho espere ele se acalmar e de a ração logo em seguida.

2- Espere o cão iniciar a refeição e faça o mesmo exercício com o mais novo. Deixando uma distancia de um metro e meio a dois metros, pelo menos, entre as vasilhas – no início.

3- Após eles comerem pode retirar as vasilhas.

OBS: Se o mais novo for tentar comer na vasilha do mais velho deixe e observe. Se o veterano corrigir o novato ótimo!!! Se ele não corrigiu você pode pegar o cão mais novo e mostrar que não é correto esse tipo de atitude.

 

 

Passo III

Exercício do passeio:

1- É o mesmo exercício da Apresentação, porém os dois cães saem juntos de casa, passando pela porta o mais velho primeiro e depois o mais novo.

OBS.: Se você já colocou os cães juntos e não teve a oportunidade de fazer a Apresentação deles conforme colocado anteriormente, você pode iniciar nesse passo – Exercício do passeio.

Situação especial:

Caso os cães foram apresentados de forma errada e estão brigando, deve-se fazer primeiramente o exercício do passeio e o da comida após meia hora. Deixe-os interagir por alguns minutos, retirando qualquer objeto que possa simbolizar disputa. Antes que eles briguem, ou que já imagine qualquer tipo de estresse, separe-os, deixando descansar e volte a repetir o exercício do passeio dentro de 2 horas no máximo, deixando-os soltos por mais tempo que no início.

É importante nesse caso que o dono dos cães entenda como funciona uma matilha, sendo importante um cão corrigir o outro e que não deve legitimar somente o novato. Normalmente essas brigas ocorrem por que os donos impediram essas correções.

 

 

Passo IV

Carinho e atenção

1- Sempre priorize os cães que já vivem na casa, para evitar qualquer tipo de disputa. Depois que a matilha já estiver equilibrada a ordem do carinho não importa mais.

2- É quase 100% de chance das pessoas ofertarem mais atenção e carinho ao novato. Fazendo com que o cão mais velho necessite intensificar sua posição de líder podendo ficar mais agressivo em suas atitudes. Por isso é importante deixar o cão líder da casa mais seguro e confiante.

3- Tudo para o cão veterano deve ser primeiro e logo em seguida ao novato.

4- Mostre ao cão mais velho que a presença do novo amigo é agradável, dando mais atenção a ele na companhia do recém-chegado.

5- Aos poucos a igualdade vai prevalecer e essa ordem já não terá mais tanta necessidade de ser seguida a risca. Porém sempre seja justo, tratando igualmente a todos sem superproteger nenhum deles.

 

 

Passo V

Conheça o seu cão

1- Antes de adquirir um novo cão perceba como é o seu amigo. Se é mais agitado, dominante, calmo, idoso, jovem, macho, fêmea, grande, pequeno...enfim...todas as características físicas e psicológicas.

2- Isso ajuda muito, pois é ideal que se escolha, no caso de pessoas que tem pouca experiência com mais de um cachorro, um cão de sexo diferente. É muito raro existir brigas entre cães de sexo oposto.

3- Depois avalie as características psicológicas do novato e veja se irá combinar com o cão que já possui. Se o seu cão é muito agitado opte por um cão mais calmo, se seu cão é mais dominante prefira os submissos, se seu cão é idoso é ideal que apresente a ele um cão mais tranquilo. Enfim...personalidades que irão se complementar.

OBS.: Essas dicas são para pessoas que não tem tanta experiência com cães, para facilitar a convivência entre eles. Caso a pessoa saiba como lidar com 2 cães dominantes, por exemplo, não tem problema algum.

 

 

E por fim, CASTRE seus amiguinhos para fechar com chave de ouro!!!!

 

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

COMO ESTRUTURAR UM PASSEIO COM SEU CÃO!

 

Elaborei algumas dicas para que o passeio com seu cachorro fique mais fácil e divertido, tanto para você quanto para seu pet.

 

 

1- Nunca saia com o cão quando ele estiver agitado e eufórico para passear. O ideal é esperar o cão acalmar e só depois colocar a coleira e sair de casa. Seja paciente e faça esse exercício de esperar todas as vezes que forem caminhar.

 

2- Ao sair não permita que o cão seja o primeiro a passar pelo portão, o ideal é saírem juntos. Caso o cão puxe e saia primeiro é ideal que volte ao ponto de início para sairem novamente.

 

3- Deixe sempre o enforcador no alto do pescoço, assim cães de médio e grande porte não irão puxar muito a guia. Mas lembre-se que o enforcador não é para enforcar, deve ficar frouxo.

 

4- Cães de pequeno porte não usam enforcador, devem usar uma coleira chamada de peitoral americana. Essa coleira permite que se façam correções efetivas ao cão, caso ele puxe.

 

5- Se caso o cão estiver puxando muito no passeio você tem 2 opções:

     1- Parar de caminhar e esperar o cão se aproximar de você reiniciando assim o passeio.

     2- Mudar de direção todas as vezes que o cão passar a sua frente.

Obs.: Com essas dicas o cão vai aprender a te seguir e andar junto.

 

6- Marque um tempo de 10 minutos de caminhada e 5 minutos para o cão cheirar, fazer xixi, investigar o local. É importante o cão ter o seu momento de liberdade na caminhada, e para ele o que mais interessa é cheirar e explorar o ambiente, por isso divida o passeio nesse momento mais relax.

 

7- O tempo de caminhada vai depender do dono e do cachorro. Mas em média são 3 tempos de 10minutos (caminhada) e 3 tempos de 5 minutos (descanso). Essa caminhada é o que chamamos de caminhada estruturada.

 

8- Ao voltar para casa deve-se seguir o mesmo processo da saída. Entre com o cão calmo e ao seu lado.

 

 

Importante: Cães de grande porte não podem se alimentar nem antes e nem depois da caminhada. O ideal é um intervalo de no mínimo uma hora entre a refeição e o passeio para se evitar a torção gástrica.

 

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CÃO IDEAL

 

Cão ideal

O cão ideal é aquele que nasce com 4 patas e um focinho molhado,

O cão ideal é aquele que te lambe de manhã e transmite lealdade,

O cão ideal é aquele que te recebe todos os dias com muita saudade,

O cão ideal é o seu cão, que você escolheu, independente da idade.

É muito gratificante quando vou avaliar filhotes e tenho o prazer de conhecer um cão nobre e equilibrado. Semana passada fui avaliar uma ninhada de Rottweilers. Precisei me concentrar ao máximo, pois quem me conhece sabe, que sou apaixonada por essa raça e filhote é tudo de bom. Depois da avaliação é claro que beijei focinho por focinho e apertei um por um.

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Primeiramente conversando e conhecendo a dona da linda Nikita, pude ter certeza de que se tratava de um cão excepcional. Nikita é super dócil, carinhosa e gentil, menos se alguém pular o muro ou entrar sozinho...(afinal de contas é um belo cão de guarda). Ela me permitiu segurar seus filhotes com muita tranquilidade, não se preocupou nem ficou tensa. Avaliei todos detalhadamente e estão no padrão tanto físico, quanto o mais importante, temperamental. Faço aqui uma observação; esse tipo de avaliação só deve ser feito por profissional capacitado, pois exige uma abordagem específica.

Estou falando sobre isso para chegar ao ponto principal da nossa conversa, a EDUCAÇÃO. Esse fato todo de Nikita ser esse cão exemplar se deve a educação que ela tem. Nikita desde filhote foi muito bem socializada, passeia todos os dias gastando energia, e sua dona lhe oferece carinho e disciplina. Um detalhe de suma importância é que a bela Rottweiler fica solta pela casa toda e isso é fundamental.

Fico muito feliz quando vejo situações como essa!!!!! Uma Rottweiler que não me conhecia permitir que toque seus filhotes tranquilamente e ao mesmo tempo se demonstra a frente de alguma situação onde ela precisa expor uma energia mais forte, como por exemplo se alguém invadir a casa.

Os cães, incluindo os de guarda, devem ser socializados e permitidos de conviver com todas as pessoas, crianças e animais da casa e de fora, só assim ele saberá qual situação é uma real ameaça, se tornando um verdadeiro cão equilibrado.

O mito de que cão de guarda deve viver isolado e preso a uma corrente precisa ser quebrado o quanto antes, pois a maioria dos ataques se dá pelo fato do animal não ser socializado adequadamente e muito menos educado da forma correta. O principal erro é dos donos é de quererem blindar a casa com um cachorro...erro fatal!!!! Um cão ajuda a proteger sim, mas ele não deve perder a vida por ninguém. Antes de qualquer coisa o dono precisa gostar da raça de cachorro que está adquirindo e saber que tem um longo processo de educação pela frente, pois comprar um cão somente para trabalhar como guarda não é a melhor coisa a se fazer. Ame o cachorro antes de qualquer coisa.

 

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) em cães

 
 
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou distúrbio obsessivo-compulsivo (DOC) é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou para a própria pessoa; normalmente trata-se de ideias exageradas e irracionais  manias e "rituais" que são incontroláveis. (Wikipédia)
 
          O TOC ocorre pelo decréscimo do neurotransmissor chamado de serotonina, hormônio responsável pelo bem estar do indivíduo. Da mesma forma que em humanos nos cães ocorre essa baixa hormonal considerável o que leva ao transtorno compulsivo ou ao agravamento dele. TOC se manifesta sob a forma de alterações comportamentais.
          Recebendo a mesma denominação anteriormente citada.
         O ambiente em que o cão vive e sua relação com o dono pode afetá-los profundamente, desenvolvendo distúrbios de comportamento permanentes. Os comportamentos compulsivos são muito difíceis de serem tratados, uma vez estabelecidos. Porém com um bom profissional orientando e trabalhando a psicologia comportamental do cão esse problema tente a diminuir e muito.
          Os cães estressados podem ficar repetindo o mesmo comportamento várias horas por dia, sem parar, mesmo que a causa original do estresse não esteja mais presente. Pode chegar até ao que chamamos desordem compulsiva, conhecida em humanos como TOC, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo, onde o cão realiza o comportamento enquanto estiver acordado, só parando ao adormecer. Alguns lambem uma parte do corpo, outros andam em círculos, ou latem no mesmo tom e volume sem parar.
          A maioria dos casos de cães com Transtorno Obsessivo Compulsivo apresentavam os mesmos históricos ocasionadores de estresse acentuado. Infelizmente, pode acontecer que a raiz do problema esteja na condição de vida imposta pelo dono. Todos esses itens a seguir são apenas alguns dos motivos que proporcionam ao cão a tendência de se entediar e desenvolver hábitos destrutivos.
1- A vida do cão não pode ser um eterno competir com outros cães, pessoas, crianças, seja por comida ou atenção dono.
2- Cães contidos na corrente por longos períodos, longe do convívio com as pessoas não se socializam.
3- Cães que não tem diversão, que ficam muito tempo sozinhos.
4- Cães que saem pouco na rua e ao saírem para passear são impedidos de realizarem atividades típicas e necessárias dos cães, como cheirar outro cão. Podendo gerar um desequilíbrio enorme no animal.
5- Cães que vivem somente com seres humanos afastados de seus semelhantes estão mais aptos a desenvolverem problemas comportamentais.
6- Cães são sensíveis a relacionamentos instáveis, mudanças no grupo social e em alterações em sua própria posição social.
7- Cães que vivem em constante confinamento e sem qualquer estímulo. O espaço onde o cão vive deve oferecer conforto, segurança, higiene.
         
          O importante é identificar se o animal está manifestando algum comportamento compatível com estresse e tentar eliminar a fonte do problema. Desviar sua atenção com uma brincadeira bem interativa é uma boa opção, mas existem casos onde o cão precisa de passar por uma reabilitação comportamental.
          Para garantir a qualidade de vida do animal o ideal é proporcionar exercício físico e mental, colocar a disposição brinquedos e praticar atividades de interação entre dono e cão e cão e outro cão. A maneira correta para os donos prevenirem o estresse é criar uma rotina saudável para o animal. Cães que gastam energia são mais equilibrados.
          É necessário descobrir aptidões natas do seu animal, para ajudá-lo com mais efetividade. Cães que gostam de farejar, outros de corre, outros adoram uma caminhada, outros de nadar, enfim, atividades lúdicas e prazerosas.
          Você já se perguntou se seu cão é feliz??? Temos o privilegio de usufruir da melhor companhia que existe, a de um cachorro, porém não podemos esquecer de suprir as necessidades dele como animal. Feito isso tanto o dono como o cão estarão em plena sintonia.
 
“Os animais podem nos ensinar muito sobre os seus verdadeiros sentimentos basta apenas ter sensibilidade para deciframos suas atitudes.”
 
- Alguns vídeos que ilustram o TOC em cães -
























segunda-feira, 14 de maio de 2012

PROJETO MELHOR AMIGO

 

           Muitos já devem ter visto na TV ou em outro meio de comunicação a utilização de cães para auxiliar no processo terapêutico de pessoas internadas, de crianças e idosos. Esse trabalho é mundialmente conhecido como TAA – Terapia Assistida por Animais. A TAA consiste na interação do paciente com o animal treinado, dentro de hospitais, asilos, APAES, de forma a alegrar e permitir que ambos curtam um momento de carinho e lazer.            

              Existem provas científicas que a presença dos bichos favorece a saúde humana, a socialização das crianças, a aceleração no tratamento e a diminuição da dor. Dados mais impressionantes mostram que o batimento cardíaco e a pressão arterial diminuem bem como a liberação de substancias na corrente sanguínea que promovem o bem estar.

             Quando comecei a minha carreira de adestradora comportamental tinha esse sonho de treinar cães para essa finalidade. Após anos de "projeto no papel" hoje estamos apresentando a Ponte Nova o PROJETO MELHOR AMIGO. Esse projeto é inovador e com grande potencial de crescimento.

        

 

PROJETO MELHOR AMIGO

 

                  Os cães do projeto foram avaliados passaram pelo processo de seleção e treinamento até se tornarem cães terapeutas. Vele ressaltar que esses cães participam de uma rigorosa rotina veterinária garantindo a eficácia do trabalho.
                Sendo assim nossos cães estão totalmente preparados para irem até hospitais, APAES, asilos, creches e diversos outros locais para auxiliarem no tratamento e entretenimento dos pacientes, crianças e idosos.

           Cléo (Labrador preto), Leka (Labrador amarelo) e Simba (Golden Retriever), são 3 lindos cães treinados para realizarem esse trabalho em Ponte Nova. Eles irão a todos os locais que solicitarem a nossa visita juntamente comigo e com seus tutores. Os cães irão interagir com as pessoas e pacientes, poderão ser tocados, irão fazer performances de adestramento, enfim, trabalhar da forma que o local permitir.

Já foram feitas 2 visitas a Creche Marcos Rodrigues Pereira, segue abaixo a foto de Leka e Cléo com as crianças.

 

 

O Projeto Melhor Amigo é totalmente voluntário e só foi realizado porque pude contar com o apoio de uma equipe comprometida, apaixonada por cães e preocupada com o bem estar das pessoas.

Quero agradecer a Josi e a Gabriela donas da Leka e Cléo pelo imenso carinho e dedicação ao projeto, sem vocês o PROJETO MELHOR AMIGO não iria sair do papel.

Agradeço também ao Mário proprietário da loja Casa do Pescador que patrocinou nossas camisetas e as faixas de identificação dos cães, integralmente. Obrigada pelo apoio.
Em breve estaremos colocando os novos patrocinadores do projeto.

 

 

"Os cães promovem o sorriso, e sorrir alivia dor, tristeza, e trás a paz interior.”

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quinta-feira, 29 de março de 2012

LIÇÃO DE VIDA!

Muitos se esquecem do quanto uma longa caminhada é importante para seu cão. Você seria feliz fechado entre quatro paredes o dia todo? Pois vejam que lindo o que esse dono fez pelo seu cão...com todas dificuldades, mesmo assim, o cão era feliz!!!!!

 

Sandy era uma cadela da raça Collie, muito amada pelo seu tutor, sua amiga de todos os momentos. Enfrentaram juntos um tumor ósseo que acometeu a saúde de Sandy, impossibilitando-a de andar e correr. Com paciência e carinho, seu tutor passou a levá-la para passear de carro, recarregando as energias com a brisa em seus rostos. Estes momentos foram gravados e agora formam uma homenagem para esta amiga que se foi em Março de 2010. Confira!

 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Latidos excessivos: como resolver?

Aprenda como amenizar o problema.

 

 

Inicialmente preciso dizer que latir é uma condição natural do cão, é uma das suas formas de comunicação, portanto abolir esse ato é impossível. Latidos excessivos que são o problema, tanto para o dono, vizinhos e também para o próprio cão.

Normalmente esse hábito está ligado a estresse, ansiedade, medo, ociosidade, insegurança e vários outros conflitos internos no cão.

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             Nessas situações muitas vezes é culpa do próprio dono que, para fazer o cão parar de latir, acaba cedendo e dando o que cão quer. Assim, o animal logo percebe que quando late seu problema é imediatamente resolvido e, inconscientemente, os proprietários acabam ‘treinando’ o cão para latir excessivamente sempre que quiser alguma coisa.

             O primeiro passo para resolver o problema é, sem dúvida, descobrir a causa dos latidos em excesso para posteriormente iniciar o tratamento. O trabalho de reabilitação só será bem sucedido se a causa do problema for pesquisada e se houver muita cooperação do dono do cão.

             Alguns cães latem demais para chamar a atenção, pedir carinho, proteger o território (quando existe algo perigoso ou estranho por perto), por ciúmes, excesso de estímulos, condicionamento (latir quando tocam a campainha, por exemplo), tédio, solidão e, até mesmo, depressão.

             Identificada a causa, é hora de por em prática algumas dicas para ensinar o cão a latir menos:

1- Se possível, elimine a fonte que estimula os latidos do cão: Se seu cão late muito quando vê pessoas, coloque uma barreira visual entre ele e a área externa isso até a reabilitação comportamental fazer efeito.

2- Faça com que sua saída e chegada em casa seja algo natural para o cão: Não faça “festa” com o cão imediatamente quando retornar para casa. Ignore-o a princípio e passada a euforia faça carinho e lhe dê atenção.

3- Não dê atenção ao cão até que ele pare de latir: Espere que silencie e se acalme e somente então faça o que ele quer.

4- Para que o cão não fique entediado com o silêncio, experimente deixar o rádio ligado quando você sai de casa: Hoje em dia existem no mercado pet CDs com músicas que relaxam e acalmam os cães.

5- Crie situações em que seu cão latiria em excesso (como, por exemplo, o toque do telefone ou da campainha): Repreenda-o imediatamente pelo mau comportamento e não esqueça de agradá-lo com um petisco ou carinho sempre que fizer algo correto.

6- Preste atenção a outras formas de comunicação utilizadas pelo cão: Quando esses sinais aparecem, atenda-o, assim ele aprenderá que não precisa latir para conseguir seu carinho e atenção.

7- Ensine ao cão o comando “quieto”: Sempre que o animal latir por mais de três vezes seguidas, o dono pode dar o comando “quieto” e assim que o cão começar a obedecer o comando recompense-o.

8- Exercite o animal diariamente com passeios e brincadeiras: Além de ajudá-lo a gastar as energias acumuladas durante o dia, as atividades físicas ajudam a combater e aliviar o estresse, além de trazerem inúmeros benefícios à saúde do cão.

Todas essas dicas são importantes, porém a ultima, sobre a caminhada é de longe a mais importante. Durante o passeio seu cão estará em plena sintonia com você, sentirá cheiros, barulhos, verá coisas diferentes. Isso o deixará extremamente relaxado e certamente os latidos excessivos irão diminuir.

Foto Blog

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mimar o cachorro pode ser bom para você, mas não é para ele.

O cachorro é mesmo o melhor amigo do homem, porém muitas pessoas exageram nos mimos com seus pet’s. Demonstrar carinho, afeto, amor, é importante e necessário para o bom relacionamento das duas espécies, agora, quando esse carinho extrapola as necessidades caninas e passa a suprir carências humanas o problema está instalado. O excesso faz mal ao cachorro, assim como faz mal a qualquer um.

 

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“Valéria Olívia, professora do curso de medicina veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista), explica que o “mau comportamento” dos cachorros, em geral, é resultado da forma como eles são tratados por seus proprietários”.

Particularmente concordo com a afirmação da veterinária. Os donos não fazem por mal, pelo contrário, a intenção deles é de fazer o melhor para o seu cão. Mas acabam pecando pelo excesso. Vejam esse caso:

Atendi um cão da raça Poodle de 2 anos, na época que morava em BH. A queixa do proprietário era que o cão não o obedecia na rua. Vendo por este lado é comum, muitos cães não obedecem seus donos na rua, porém quando avaliei o cãozinho percebi uma série de extravagancias vinda de seu tutor.

O cão de 2 anos, nunca tinha saído na rua antes, a não ser dentro do carro, “a rua é suja e o cão pode se contaminar”, afirmava o dono. O cão nunca tinha pisado no chão sem ser com uso de sapatinhos, até mesmo dentro de casa.

O cão possuía milhares de roupas, coleiras, mordomias e mimos, mas não teve o principal que precisaria para ser saudável e equilibrado. Não foi socializado, apresentava desvio de temperamento, estava com a saúde frágil, por nunca ter tido contato com o solo apresentava dificuldades em se locomover, as almofadas das patas era extremamente finas e apresentava dermatites entre os dedos.

Foi um trabalho complicado, junto com a veterinária na época, pois até engrossar as almofadas das patas e curar as dermatites levou tempo.

A agressividade do cão e desobediência foram trabalhadas de forma que o dono aprendesse a lidar com o cãozinho. Passado 5 meses de reabilitação o cão ficou bem, feliz, e caminhando na rua perfeitamente. Lembro que o dono do Poodle até se emocionou por descobrir como é bom ter um cão, e não um cão fantasiado de gente.

 

 

É apenas um exemplo para ilustrar até onde pode chegar os excessos de mimos, que fique claro, estou discutindo sobre excessos, e não cuidados básicos, como veterinário, banhos, boa ração, até mesmo roupinha para inverno...! Como diferenciar então, “excesso” de “cuidados”. Muito simples, o excesso limita a vida do cão, não supre suas carências natas, afeta seu comportamento e saúde, o excesso satisfaz o dono e não o animal e os cuidados só favorecem o bichinho.

A causa principal das travessuras dos cães é a abordagem equivocada de seus donos, que os criam como se fossem gente. Quando o animal é o centro das atenções, passa a não admitir a hipótese de se contrariado, ou corrigido. Como resultado, algumas pessoas se tornam escravas dos bichos.

Esse tratamento traz como possíveis consequências a ansiedade, o estresse, alterações comportamentais e alguns distúrbios específicos, podendo evoluir para o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Os cães mimados não sabem lidar com frustrações e com perdas, se tornam agressivos, dominantes e com questões complicadas de se resolver. Mas acreditem, mudando a postura do dono, o cão acompanha e melhora o comportamento na maioria das vezes. O mais difícil é mostrar ao ser humano que o cão precisa ser tratado como cão e que ele tem necessidades como cachorro e não como gente.

Se você conhece ou tem um cãozinho mimado, calma, não precisa apavorar! Tanto na parte física como psicológica existem métodos específicos para corrigir os maus hábitos, do cão e do dono também, assim as duas partes, humana e canina saem ganhando.

 

 

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ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!

ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!