Sobre o Blog.

Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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terça-feira, 2 de abril de 2013

Emoções caninas - PARTE I

 
 
Figura1
 
 
Além da inteligência canina, como foi descrito na postagem anterior as emoções também são foco de estudo.
Seria absurdo afirmar que os cães não possuem sentimento, mas em contra partida temos que tomar cuidado para não antropomorfizar essa relação.
Primeiramente vamos entender o que seria antropomorfizar. Esse termo nada mais é do que atribuir sentimentos e características humanas aos animais. Um exemplo disso são pessoas que afirmam que seus cães são egoístas com brinquedos, ou ainda que o cão se sente culpado ao logo do dia por algum erro cometido.
Os cães reagem a todas essas situações que para nós são denominadas como egoísmo e culpa, porém no mundo canino a definição é completamente diferente. Eles possuem a capacidade de pensar e sentir, entretanto a forma como é analisado e interpretado esse mecanismo sentimental é diferente do humano.
Os cães não são egoístas, eles são territorialista, definem muito bem isso numa matilha equilibrada. Demarcam exatamente o que é seu e isso não difere dos cãezinhos que vivem em nossas casas. Mas por influencias externas, esse cão pode ter desenvolvido uma personalidade possessiva e não permitir que ninguém se aproxime do seu brinquedo. Portanto “humanamente” falando ele pode sim ser egoísta, mas a verdade dos fatos é que esse cãozinho precisa de um adestrador comportamental para mostrar que excesso de territorialíssimo é prejudicial para o convívio social dele.
O mesmo ocorre quando se fala de culpa, quem nunca ouviu ou falou? “Cheguei em casa e meu cão se escondeu, sabia que tinha feito arte”. Seu cão realmente sabe que será repreendido, mas não relaciona a punição com o fato de ter roído o pé da mesa por exemplo. Pelo condicionamento diário representado por meio da linguagem corporal e verbal do humano o cão compreende exatamente o que seu dono deseja fazer e para fugir do castigo se mostra submisso e não culpado. As correções para serem efetivas devem ser feitas imediatamente quando o cão erra, passado algum tempo ele já não liga a punição com o erro cometido.
Esse assunto referente a culpa é muito amplo, portanto farei uma postagem exclusiva para tratar desse assunto em breve!
Existem 2 tipos de emoções. As emoções primárias (afeição, alegria, medo, tristeza, surpresa, nojo e raiva) não precisam ser aprendidas, elas fazem parte do homem e promovem expressões faciais universais e as emoções secundárias (ciúme, culpa, empatia, orgulho, vergonha, pesar, embaraço) que são aprendidas ao logo da vida social, cada pessoa reage de uma forma, podendo até nunca senti-las, são emoções mais complexas, pois precisa que o individuo tenha consciência de si próprio e do outro.
É fato que os cães possuem claramente as emoções primárias, a dúvida seria se os cães evoluíram a tal ponto de desenvolverem emoções secundárias, ou seja, mais complexas. Pesquisas realizadas com várias espécies, incluindo os canídeos, propuseram averiguar qual a capacidade sentimental dos animais. Muitos pesquisadores concluíram que sim, os cães expressam emoções secundárias, por demonstrarem compaixão, gratidão e desapontamento.
Particularmente em meus estudos percebo que com a domesticação os cães ganharam muito mais aptidões nesse sentido. A capacidade que um cão tem de observar a face humana é única e uma das melhores, superando até mesmo os chimpanzés. Por essa ligação tão íntima os cães passaram a aprender como reagir a determinados sentimentos novos que lhes foram apresentados. O cão pode não se reconhecer frente a um espelho, mas as demais demonstrações de superioridade e complexidade sentimental são suficientes para afirmar que ele está em processo de evolução juntamente com as sensações mais ímpares.
Quando digo que o cão não se reconhece frente a um espelho é pelo fato de que as pesquisas sobre a capacidade dos animais terem consciência de si próprios são feitas dessa forma. Avaliaram-se várias espécies de animais diante de um espelho, cada animal com uma mancha na testa e os únicos que notaram que aquela mancha não fazia parte do seu corpo foram os elefantes e os chimpanzés. Detalhe interessante e fundamental é que para um cão a identidade de tudo está no odor, e uma imagem no espelho não tem cheiro, portanto para o cão também não terá grande significado o que ele estará vendo refletido, no máximo ficará curioso no início, pensando ser outro da mesma espécie, mas logo perderá o interesse por não conseguir interagir e identificar aquele cão, já que não tem cheiro algum.
O cão não é um animal incapaz de sentir simplesmente por não se reconhecer se espelho. Existem vários exemplos para ilustrar que os cães sabem quem são e a que matilha pertencem. Vemos nos noticiários casos de cães que defendem seus donos de ataques de pessoas e até de outros cães, isso ocorre pela capacidade que o cão tem de manter suas relações interpessoais. Outro exemplo muito interessante foi de uma pesquisa feita com fotos de pessoas que os cães conheciam. Em uma tela aparecia o rosto de uma pessoa conhecida pelo cão e ele demonstrava por meio de sua linguagem corporal (olhar, respiração, balanço da cauda, dentre outros) que reconheceu aquele rosto, fizeram a mesma pesquisa, porém colocando fotos de cães e a mesma reação esses animais tiveram demonstrando se reconhecerem como espécie. Em contrapartida quando surgia na tela um rosto desconhecido o cão se mostrava alerta ou sem reação.
 
Nessa foto uma breve ilustração de mais pesquisas a respeito das emoções caninas:
Figura2
Outro exemplo de emoção secundária aprendida seria a ansiedade. Hoje em dia o número que cães ansiosos aumentaram drasticamente. A ansiedade nada mais é do que uma mistura de sentimento, como o medo, a insegurança e a precipitação de fatos e esses últimos também são emoções secundárias. Um cão ansioso sente medo de tudo que é novo, se torna inseguro no dia-dia e sempre espera que algo está prestes a acontecer, dessa modo ele extravasa sobre várias formas, tanto destruindo objetos na casa como se auto mutilando, em casos mais graves.
Antigamente não se viam cães ansiosos, cães com transtornos obsessivos, com fobias, com desvios de temperamento. Os cães estão absorvendo pela convivência humana o lado negativo da evolução.
Simplificando e para fechar esse primeiro artigo, os cães são muito objetivos, não perdem tempo floreando sentimentos extras e questionando possibilidades. Eles sentem, simples assim! Basta sabermos interpretar suas expressões na linguagem canina e não na linguagem humana.
Somos espécies diferentes, com linguagens diferentes, mas ambas capazes de sentir. Portanto não humanize seu cãozinho, tente entender o que realmente ele está demonstrando e querendo, assim você conseguirá atender o desejo dele e estabelecer um vinculo muito mais saudável e harmonioso.
 
Emoções caninas – parte II
Os cães demonstram seus sentimentos o tempo todos através da linguagem corporal e esse assunto será nosso próximo artigo sobre sentimentos caninos. Aguardem!

























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