Não é de se espantar quando alguém diz “Meu cachorro é tão inteligente que só falta falar”. Bom, eu ainda completaria, falta falar não, ele já fala!!! Porém a forma como os cães se comunicam é bem diferente da nossa. Usamos principalmente a linguagem verbal, também empregamos a linguagem corporal, mas em uma quantidade muito inferior, agora já nossos amiguinhos de 4 patas usam e abusam de todo seu corpo para expressarem o que querem.
Até a pouco tempo a ciência dividia totalmente a vida humana do resto do mundo animal. Com o avanço das pesquisas a ciência moderna já confirma que a diferença entre as nossas faculdades mentais e a dos outros animais não é de tipo e sim de grau. Essa conclusão foi fundamentada em pesquisas entre várias espécies de animais.
Charles Darwin, a frente do seu tempo, já tinha uma noção modernista sobre como a ciência deveria analisar os seres vivos. “Os animais abaixo da escala evolutiva possuem inteligência e sentimentos, porem em níveis distintos. Vamos nos impressionar com os animais por possuírem tamanha inteligência e por se assemelharem a raça humana por também sentirem emoções”.
Cada espécie tem sua habilidade, tem sua destreza, mas isso não compete dizer que não são inteligentes. Os animais são sim dotados de raciocínio, cada um do seu jeito e com sua capacidade.
O próprio estudo do cérebro, que é muito bem organizado nos mamíferos e também nas aves, nos dá indícios de que os animais possuem todas as características compatíveis com o que a gente chama de funções cognitivas.
A facilidade que os cães tem de mapearem o ambiente é impressionante. Eles gravam cada detalhe e conseguem criar atalhos para acessar mais rápido o destino. Esse processo se dá juntamente com a capacidade de memorização e raciocínio, sendo este assunto de grande discussão no campo cientifico.
Outro ponto interessante é a versatilidade que os cães possuem em aprender observando outros cães e também os humanos. Os cães selecionam o que lhes é conveniente repetir e o que não é tudo por observação.
Vou dar outro exemplo sobre a capacidade olfativa dos cães. Veja que interessante.
Para os humanos uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro ela é um território de caça. Para um leopardo uma rosa não significa nada. Agora para um cachorro a rosa pode ter mil significados principalmente se outro cão fez xixi ali, ou se foi tocada pelo seu dono. “Enquanto somo seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho” diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com açúcar. Já um cão da raça Beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a 2 piscinas olímpicas.
Assustado com a capacidade de um pequeno Beagle?
Isso se deve ao fato dos cães possuírem um nariz extremamente sensível, com alta capacidade em captar moléculas de cheiro espalhadas no ar, conjunto com uma área cerebral extremamente grande para interpretar, memorizar e responder a cada cheiro absorvido. A área do cérebro do cão responsável por todo esse processo olfativo é 40x maior do que se comparada a humana. Não seria isso uma super inteligência?
Nós humanos ficamos bem atrás se comparados aos cães nesse quesito.
Pesquisas que fundamentam essa tese revelando toda capacidade intelectual dos animais e também sobre suas emoções proporcionou à ciência moderna concluir que os animais são seres extremamente especiais.
E não acaba por aqui, em breve publicarei um artigo sobre as emoções caninas. Aguardem!
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