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Este Blog tem o intuito de informar sobre o incrível mundo canino. Aqui, todos encontrarão diversas dicas, postagens com fotos, conhecerão o meu trabalho, que é indivualizado e personalizado para cada cão, assim, compreenderão mais sobre o melhor amigo do homem.






Alguns Alunos.


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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Fobia de trovão, fogos de artifício e outros

 

cãozinho

Primeiramente vamos falar de fobia. A Fobia possui várias causas: traumas vividos pelo cão, onde ele associa um som, um movimento, uma pessoa ou um objeto ao trauma; pode se desenvolver por falta de socialização, cães superprotegidos e que não passam por experiências assistidas não sabem como agir e podem desenvolver o medo excessivo; e a fobia pode também estar ligada às atitudes que o próprio dono do cão toma perante a algumas situações, estimulando inconscientemente o medo e tornando o cão medroso e com baixa estima.
Os filhotes de uma mesma ninhada podem possuir temperamentos diferentes, claro que filhotes de pais equilibrados a chance de serem mais confiáveis é maior, porém cada indivíduo é diferente e particular. Existem os dominantes, os curiosos, os medrosos, os agressivos, isso numa mesma ninhada pode ocorrer. Se todos os filhotes forem expostos a uma mesma situação, cada um reagirá de uma forma diferente, e assim conseguimos separar e educar melhor cada um (Teste de Volhard). Pois um cãozinho que já nasce com um temperamento mais desconfiado e medroso, se passar por uma situação de estresse pode desenvolver um trauma enquanto o outro que é mais atirado não vai sequer se importar, pelo contrário vai aprender a agir.


Existem duas etapas na fase de desenvolvimento do cão que é chamada de Fase do medo 1 e fase do medo 2. A fase do medo 1 ocorre entre a 8ª até por volta da 11ª semana de vida. Períodos traumáticos nessa fase afetarão o cão pelo resto da vida, pois é a fase de maior desenvolvimento neuronal e quando o cão é mais vulnerável. Por isso é importante a socialização do cão, com barulhos, pessoas, animais e objetos, assim ele saberá que nada é ofensivo a ele. Com o tratamento de um cão traumatizado, que desenvolveu fobia adquirida nessa fase, poderá melhorar seu convívio, mas, talvez nunca esquecerá o trauma, apenas aprenderá a lidar com ele.

A segunda fase do medo se dá entre o 6º ao 14º mês de vida, é uma fase mais longa, porém não tão grave quanto a primeira. Nessa fase o cão começa a tornar-se dono do seu focinho, entra na puberdade e por conta de querer fazer novas descobertas, pode se ver frente a uma experiência nova onde não saiba como agir e sentir medo, mas não a ponto de traumatizar, apenas fica na dúvida e prefere recuar. Agora, é preciso tomar cuidado, pois o cão pode sim se traumatizar nessa fase e ser de difícil tratamento, porém o trauma não é permanente como na primeira fase. Vale ressaltar que mesmo existindo essas duas fases do medo, o cão pode sofrer algum acidente durante toda sua vida adulta e também ficar traumatizado.


Depois dessa breve explicação do que é a fobia, podemos enfatizar a que foi sugerido ao tópico, fobia de trovão, fogos de artifício e semelhantes.
Um cão com medo excessivo é capaz de tudo, entra em um estado de choque onde os sintomas variam e são nítidos, de fácil verificação como, tremores, corpo abaixado, rabo entre as pernas, podem hipersalivar, olhar fixo, olhos arregalados, podem se refugiar em algum canto, quando o medo é muito grande o esfíncter uretral e fecal se relaxam e o cão faz xixi ou evacua sem intenção, se tiver mais algum animal em casa esse pode virar alvo do cão traumatizado, ou até mesmo o dono, tentando pegar o cão pode ser mordido, enfim, são características variantes, como eu disse, e particulares de cada cão.
Constatada a fobia este cão deve ser tratado, de preferência pelo seu proprietário, recebendo orientações de um profissional. Como o cão e dono possuem um vínculo único, o profissional entra como coadjuvante, orientando e ensinando como o proprietário deve agir perante ás situações que o cão mais tem medo e fazendo com que o animal se foque no dono.

 

Primeiramente vou falar da postura humana. Como os cães nos analisam o tempo todo, nessa hora eles também verão como nos comportamos. Portanto sua postura deve ser firme, assertiva, calma, ombros e coluna bem alinhados, manter a respiração é muito importante, pois os cães observam muito o movimento do tórax, o nosso olhar deve ser sereno, e não devemos encarar o cão, (nenhum cão com medo deve ser encarado), não devemos demonstrar nem medo do barulho e nem dó do animal, pois isso só reforçará o mau habito dele, e nesse mesmo raciocínio evitar afagos e conversas com tom de voz infantil, tudo isso, feito de forma correta irá ter uma leitura bem simples para o cão, “meu dono é o líder, ele não tem medo”, lembrando que a liderança é executada durante todo o dia e não só nesse momento, assim o cão vai assimilar melhor. O cão irá perceber que o barulho nada causará a ele e passará a criar coragem, porém é de forma lenta e não é de um dia pro outro, pois se trata de uma nova adaptação e não um condicionamento.


O que se pode fazer com o cão no momento que iniciar uma chuva muito forte, por exemplo. Não espere vir o barulho do trovão, primeiro pensamento que devemos ter é de não deixá-lo entrar no modo histérico, sempre devemos agir antes do cérebro concentrar no estado paranoico. Como? Chamando a atenção do cão para nós, a forma que fará isso vai depender de cada cão, aconselho usar o que ele mais gosta, tanto de brincadeiras, como de petiscos (cães com medo não comem, mas antes disso acontecer pode focá-lo em algo que goste de beliscar).

 

Como a sequência do desenvolvimento dos sentidos num cão é, focinho, olhos, ouvidos, então tente sempre algo que ele possa cheirar primeiro, pois o faro ganha dos ouvidos e ele se interessará mais rápido. Converse pouco com o cão de forma verbal, mas utilize a técnica da conversa mental para acalmá-lo, pode parecer estranho, mas os cães preferem esse tipo de conversa. Nossa percepção é falha nesse ponto, mas quando imaginamos um bom diálogo, nossa expressão facial também acompanha e faz mímicas sutis, mas muito mais importantes do que a vocalização. O cão observando tudo isso, irá se acalmar e o mais importante focar em você que estará transpondo energia calma e assertiva com esse diálogo.


Com o tempo o cão irá associar a chuva com algo positivo, um momento de interação com o dono e não dará mais confiança para os barulhos. Agora caso o cão entre no estado de choque, não insista, apenas sente-se em algum lugar que o cão pense ser inseguro (cães são animais de toca, eles normalmente escondem debaixo de móveis, ou encolhem-se em algum canto, portanto sentar no meio da sala, por exemplo, para o cão é um lugar inseguro) e converse mentalmente com ele, não o encare, respire fundo, faça movimentos suaves, nunca bruscos, pode-se andar de forma firme, passando o máximo de segurança que conseguir, mostrando que você não se importa com barulhos, raios, ou o que for, mantendo a postura que descrevi antes.


Se o cão se aproximar, ótimo, deixe que ele fique perto, mas não afague ou converse, pois ele pode entender que é correto sentir medo, apenas permita ele ficar com você, nessa hora mostre mais seu semblante calmo e converse mentalmente com ele, podem tentar uma caminhada ou uma brincadeira, mas para isso é preciso sentir que o cão irá corresponder. Se o cão se soltar, aproveite para massageá-lo, relaxando os músculos, tocando em pontos que ele mais gosta.

A regra é a mesma para quem possui mais cães, porém muda o foco do cão, sempre um inicia a histeria, e esse deve ser o primeiro a ser tratado, e assim por diante, seguindo a ordem de atenção para cada cão. Sempre trazendo o foco de todos os cães para você. Fica mais difícil quando se tem mais cães, mas em muitos casos, tratando os que demonstram mais medo os outros acompanham.


Existem alguns CD’s com sons de foguete, trovões e outros, que podem ser utilizados para dessensibilizar o cão. Sempre iniciando num volume bem baixo, porém técnicas de dessensibilização é necessário também um profissional ao lado para acompanhar todo o comportamento do cão. A postura do dono perante as situações não foge as regras ditas acima. Pois algo feito errado pode piorar o estado do cão, ou regredi-lo.

cãozinho 2
Então é sempre bom ficar de olho. Existem outros meios de dessensibilização nesse caso, mas só devem ser feitos por profissionais experientes em psicologia canina.
Se mesmo assim, aplicando toda a técnica, percebendo que o cão não melhora deve-se fazer uma avaliação veterinária, de preferência junto com o profissional comportamentalista, para serem feitos exames específicos, certificando sobre qualquer outra intercorrência e promovendo um resultado satisfatório para o cãozinho.

3 comentários:

  1. E quem quiser ver um caso tratado pelo Cesar Millan, veja aqui:

    http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=34389459&tid=5548061396593382511&kw=medo+de+barulho

    E aqui também:

    http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=34389459&tid=5441811993113760879&kw=medo+de+barulho

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  2. Estou pensando em gravar uns sons de homens conversando, gritando, pra dessensibilizar minha cachorra, e se essa pessoa tem a voz bem grossa,ai ferrou kkkkk, ela fica assustada e latindo e pra relaxar so saindo do lugar em que ela estiver...

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  3. É sempre bom socializar sempre o animal, desde filhote. Porém isso pode ser feito depois de adulto com ótimos resultados.

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ADESTRAR É TUDO DE BOM!!!!

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